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Semanas depois

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Semanas depois...

Estou neste momento dentro do carro do meu pai, estamos a caminho de um almoço na casa da minha sogra. Confesso que estou nervosa, sogras costumam ser difíceis. Mas pelo que Dueny mostra, ela não me odeia e que eu adiei bastante esse encontro.

- Desse jeito vai amassar o bolo.

- Estou nervosa - suspirei.

- Já teve sogras antes?

- Sim, apenas duas e elas amam os filhos mais do que o saudável - disse fazendo uma careta.

- Não entendi.

- Algumas mães solos, quando tem filhos homens depositam todo o afeto no filho homem. O tratam como se fosse marido, muita das vezes é inconsciente. Querem os filhos somente pra elas, o monopolizam de forma assustadora. O que dificulta a vida das noras, os mimam demais. O último, nem mesmo sabia onde ficava os talheres da casa. Pois a mãe além de colocar a comida no prato, não o deixava entrar na cozinha para pegar água.

- Como conheceu ele?

- Em um barzinho, pai, até a unha dele a mãe quem cortava - demos risada - É triste mas a realidade. E o senhor?

- O que tem eu?

- Namoradas? Ficantes?

Ele suspirou.

- Quendo quero, pago para ter alguém.

- Isso é triste pai.

- Na vida que levou, de muitas viagens. Poucas mulheres querem um relacionamento comigo, olha o pai de merda que fui! Imagina namorado ou marido.

Com cuidado para não amassar o bolo me virei levemente, o que o cinto permitiu.

- Pai, durante meus 28 o senhor não deixou de ligar um único dia. Estava lá, mesmo de longe, vou meus dentes caírem. Minhas primeiras palavras, me encorajou quando não queria mandar de bicicleta - minha voz ficou embargada - Sempre fez questão que minha tia manda-se todos os meus trabalhos do dias dos pais, mesmo longe senhor Ronero, foi melhor do que muitos que moram na mesma casa e cidade. E quero que o senhor saiba que eu te amo demais, mesmo que meu namoro com Dueny não dê certo - respirei profundamente - Eu não irei embora, por que agora somos eu e o senhor. Pra sempre.

Ele parou o carro e vi aquele homem tarcituro, respirar fundo e engolir o choro. Soltou o cinto e me abraçou, senti as lágrimas em minha cabeça.

- Não pode dizer isso enquanto estou dirigindo, filha! Me perdoa por abandonar você meu amor - a voz dele saiu tão quebrada que me fez chorar também.

- Papai, vamos chegar feios no almoço!

Brinquei e ele se afastou beijando minha testa, limpando as lágrimas rápido para que eu não as veja. Mas eu vi e achei a coisa mais linda, do romance entre ele e minha genitora. O único que me ama é ele.

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