EMÍ

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Já se passaram alguns dias, Emí tem se sentido melhor, mesmo que por muitas vezes fique triste e confusa, algumas coisas começaram a entrar em seu devido lugar.

Emí teve uma conversa difícil com Vini, a princípio ele não queria atendê-la, mas de tanto insistir acabou sedendo, Emí acabou tendo a iniciativa mais uma vez de pedir desculpas, concordando que ele tinha motivos para ficar tão enfurecido, nenhum homem gosta de ver sua namorada usando uma blusa tão decotada, ela realmente achava que poderia ter trocado, aquela briga poderia ter sido evitada se ela tivesse entendido seus motivos antes, "ele só queria cuidar de mim."

Sua consulta com a psicóloga também não tinha sido nada mal, em uma sala aconchegante, com uma poltrona linda cor de rosa, quadros com frases que serviam para motivar, "nunca desista dos seus sonhos",  "brilhe, sorria e sonhe".

Emí recebe uma mensagem, é de Lívia.

"OI, COMO VOCÊ ESTÁ? ESTOU COM SAUDADES, PODEMOS NOS VER ?"

"OI, CLARO !"

"PASSO NA SUA CASA ÀS 18h. BJS!"

[...]

— Emí, isso é ridículo, você precisa terminar com esse cara, sinceramente, eu não consigo entender o porquê está fazendo isso. — Lívia está sentada no sofá de Emí, com as pernas cruzadas em cima do sofá e tomando uma taça de vinho.

— Eu errei!

— Que merda Emí, não vou mais falar nada. Chega! — Lívia passa a mão na testa, em sinal de reprovação. — Vamos mudar de assunto, você conhece aquele cantor, August, super famoso, que é coreano?

— Não sei, acho que já ouvi falar. — Emí responde, e toma um gole em seu café.

Emí está sentada no chão, com sua roupa mais confortável, um moletom surrado e um rabo de cavalo.

— O que houve com esse tal August ?

— Parece que ele nasceu aqui no Brasil, ninguém sabia disso, e pior, o pai dele parece estar morrendo, não se fala de outra coisa nas redes sociais.

— Nossa, que barra!

— Ao que parece, August não está ligando muito para isso, todos estão esperando ele se pronunciar, mas até agora ele não deu nenhum depoimento.

— Nossa, que cara sem coração, é o pai dele.

— Sim, ele deveria estar desesperado. — Lívia fala com uma cara de espanto.

— Gente famosa é assim, só liga para dinheiro. São todos iguais. — Emí não parece está dando muita importância para aquela notícia.

— O que a psicóloga falou ? — Lívia pergunta, interessasa na primeira sessão de terapia da sua amiga.

— Nada demais, só me pediu para fazer um diário, voltei a ter doze anos. — Emí dá um sorriso, com um pouco de descrença, um  pouco de reprovação.

— Não custa tentar amiga.

— É, parece que eu não tenho muitas escolhas.

[...]

No dia seguinte, Emí está sentada na praça próximo a sua casa, o céu está lindo, um dia fresco, com uma brisa suave, que bate nos cabelos longos de Emí, e faz com que ela lembre que ainda tem um desafio, precisa iniciar seu diário, e que após alguns dias pensado e repensando sobre sua vida, percebe que é a primeira vez que ela tem vontade de escrever, Emí procurou uma caneta em sua bolsa, mas ela não tem nenhuma, "Droga! Como vou fazer para escrever?", Emília pega seu celular, já que não pode escrever,  tenta se distrair de alguma forma , quando ela abre sua rede social, percebe que o que Lívia havia falado no dia anterior era verdade, havia muitos vídeos de um homem asiático, com olhos bem puxados, cabelos muito pretos como a noite, seus olhos também refletiam a noite, pareciam tristes, angustiados. Quando Emí tem ao que parece ser uma brilhante idéia, "Vou usar ao direct dele para fazer um rascunho, ainda posso iniciar meu diário agora", animada Emí inicia seu diário.

"GAROTO TRISTE,  SEI QUE VOCÊ NUNCA VAI LER, BOM ESPERO MESMO QUE VOCÊ NUNCA LEIA, ESTOU USANDO SUA CAIXA DE MENSAGEM PARA ESCREVER COMO ME SINTO, JURO QUE SERÁ SÓ DESSA VEZ, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO QUE VOCÊ ESTÁ DO OUTRO LADO DO MUNDO, QUE VOCÊ TEM MUITAS FÃS E QUE ESSAS MENINAS DEVEM ESCREVER MUITO PARA VOCÊ, ESSE TEXTO SERÁ INVISÍVEL.

MEU NOME É EMÍLIA BUENO, E HOJE MAU SEI EXPLICAR QUEM EU REALMENTE SOU....."

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