Prologue

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Os dias eram monótonos e cansativos em Porto Real

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Os dias eram monótonos e cansativos em Porto Real. Rhaella Targaryen frequentemente se mantinha sozinha em seu quarto, absorta em seus pensamentos. Quando não estava confinada em seus aposentos, ela costumava caminhar pelo castelo com um livro na mão, perdendo-se nas histórias e nos conhecimentos que eles continham. Outras vezes, encontrava liberdade e alívio voando em seu dragão, sentindo o vento e a vastidão do céu.

Rhaella também passava tempo treinando esgrima com seu irmão Aemond e o Sor Criston Cole, embora não gostasse muito desse último. A interação com Criston era uma obrigação, uma parte das expectativas colocadas sobre ela, mas nunca lhe trouxe o mesmo prazer que voar ou ler.

A relação de Rhaella com sua mãe, Alicent, era tensa e distante. Alicent parecia incapaz de entender ou aceitar a natureza gentil e introspectiva de sua filha. Em contraste, Rhaella tinha uma conexão muito mais forte e afetuosa com seu pai, Rei Viserys, e com sua irmã Helaena. Esses laços familiares proporcionavam-lhe algum conforto e sensação de pertencimento.

Rhaella sentia uma profunda saudade dos tempos em que Rhaenyra e seus filhos viviam no castelo. A presença de Rhaenyra trazia alegria e vitalidade à vida de Rhaella, e a jovem Targaryen lembrava com carinho dos momentos passados com seus sobrinhos. Entre eles, Jacarys Velaryon ocupava um lugar especial em seu coração. Ele sempre foi seu melhor amigo na infância, e juntos compartilhavam aventuras e segredos. Estavam sempre lado a lado, rindo, brincando e explorando os cantos e recantos de Porto Real.

As memórias desses dias felizes eram um refúgio para Rhaella, uma lembrança constante de tempos mais simples e cheios de amor. Agora, com a distância física e emocional que se impusera entre eles, ela ansiava por esses momentos e pelas pessoas que os tornavam especiais.

Nesse momento, Rhaella Targaryen estava voando em seu dragão, Dāezar, retornando do norte até sua casa em Porto Real. Ela havia sido enviada em uma missão pelo seu pai, o Rei Viserys, para negociar com senhores do norte em assuntos de importância para o reino e para ela mesma. A missão em si não era o problema; Rhaella, apesar de sua juventude, possuía uma capacidade natural para a diplomacia e sabia lidar com as negociações.

O vento frio do norte ainda estava presente ao redor dela, mas Rhaella sentia a liberdade e a serenidade que apenas o voo em seu dragão podia proporcionar. O mundo abaixo parecia pequeno e distante, os problemas da terra insignificantes em comparação com a vastidão do céu e a sensação de poder absoluto ao montar Dāezar. O dragão era não apenas um meio de transporte, mas um amigo leal e um símbolo de sua independência.

No entanto, enquanto se aproximava de Porto Real, um peso começou a se acumular em seu coração. Ela sabia que, ao chegar, teria de enfrentar a inevitável repreensão de sua mãe, Alicent.
Rhaella desejava poder evitar esses confrontos. Ela sabia que sua mãe só estava preocupada com sua segurança, mas também sentia que Alicent não conseguia ver a força e a habilidade que ela possuía. Voar não era apenas um risco; era uma expressão de quem ela era, uma Targaryen, com o sangue do dragão. E cada vez que era criticada por isso, sentia uma parte de si mesma ser subjugada.

Rhaella estava quase cogitando a proposta dos Starks de se casar com Cregan Stark, um homem gentil e amigo próximo dela. Essa possibilidade oferecia a promessa de um futuro longe das garras opressivas de sua mãe, Alicent. Cregan não era apenas um homem de honra e respeito, mas também alguém que compreendia e apreciava a verdadeira essência de Rhaella já que já passou um tempo no norte e foi muito bem tratada. O pensamento de se unir a ele trouxe um sopro de esperança à sua vida, marcada pelas constantes críticas e limitações impostas por sua mãe.

Foi com essa esperança que Rhaella havia viajado para o Norte. Sua missão, oficialmente, era negociar em nome de seu pai, mas ela também carregava consigo uma questão pessoal: a possibilidade de discutir um casamento com o pai de Cregan, Lorde Rickon Stark. Embora nada estivesse confirmado, a ideia de um casamento com Cregan representava uma saída, uma rota de fuga para uma vida de liberdade e independência, longe dos constantes atritos com Alicent.

Durante sua estadia no Norte, Rhaella se encontrou várias vezes com Cregan, a garota sentia que, ao lado de Cregan, poderia encontrar um parceiro que a apoiaria em suas aspirações e respeitaria sua necessidade de liberdade.

Os encontros com Lorde Rickon foram igualmente produtivos. Ele se mostrou receptivo à ideia do casamento, reconhecendo os benefícios de uma aliança mais forte entre o Norte e a coroa. No entanto, Lorde Rickon também deixou claro que a decisão final deveria ser de Rhaella e Cregan. Ele não pressionaria seu filho nem ela a tomar uma decisão impulsiva; a escolha deveria ser baseada em confiança mútua e no desejo genuíno de ambos.

A aproximação do castelo trouxe um misto de sentimentos, mas Rhaella respirou fundo, fortalecendo-se. Ela não podia mudar quem era ou o que amava. O dragão pousou suavemente no pátio do castelo, e Rhaella desceu, pronta para enfrentar o que viesse, com a determinação de sempre ser verdadeira consigo mesma, independentemente das críticas e preocupações que a aguardavam.

LOML • Jacaerys VelaryonOnde histórias criam vida. Descubra agora