Capítulo-3

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Lívia.

Depois de um dia de estudos com aulas do tamanho da trilogia do poderoso chefão, finalmente estou indo em direção a Nanda que teve um grupo de estudos sobre economia ou algo assim com seus colegas de turma.
Uma das coisas mais insuportáveis no mundo é matemática, sempre tratei como um mal necessário o que não tornava algo fácil.
Tendo que atravessar o campus inteiro praticamente, eu me via quase correndo. Até me chocar com um corpo, quando ergui meus olhos fitei olhos azuis e rosto pálido era Mason. Ele era um homem de porte médio, não era alto e nem tão forte mas tinha um tom de prepotência e arrogância palpável.
- Desculpa, Lívia? Não é mesmo.
- Sim Lívia de Melo, é um prazer- disse estendendo a mão em comprimento, Mason a olhou por um tempo considerável par minha mão estendida pensei em recolher, mas para minha surpresa e desgosto ele a apertou de leve.
- Mason Carter, um prazer igualmente. Lola falou que você e sua amiga vão comparecer na nossa pequena reunião. Fico feliz em ter a companhia de ambas.
- A sim! Lola mandou a localização para Nanda, nós vamos depois daqui.
- Estamos indo agora, gostariam de vir com agente?
- Não a necessidade, vamos no carro da Nanda, nos encontramos lá. Com licença vou buscar ela.
Virando as costa e indo até a biblioteca, um frio varre-o os meu ossos e um calafrio se estendeu por todo o meu corpo, algo nesse Mason não bom.

.....

- Você está paranoica Liv.- Resmungou Nanda checando o GPS no carro, já estamos na estrada que nos leva até a cabana de Mason da Floresta Blackwood.
- Por favor, é uma festinha.
Algo no em meio peito aperta cada vez mais, uma voz avisa que deveríamos dar a volta com o carro direto para a delegacia mais próxima.
- Ele é estranho, não sei Nanda estou com um mal pressentimento. - suspiro forte e dou de ombros- mas não deve ser nada. Me desculpa eu sei que significa muito pra você, prometo não atrapalhar.
- Você não atrapalha Liv, eu chamei você não só por ser minha amiga mas também por ser uma pessoa polida e interessante.
- Tá bom gata, não precisa puxar o meu saco eu vou relaxar e tentar prestar atenção nas pessoas eu juro. - estendo o meu minguinho para um juramento verdadeiro. Nanda aceita, e da uma leve risada.
Eu amo a Nanda e por ela vou aturar essas pessoas por quase dois dia inteiros, eu vou sorrir e balançar a cabeça não será tão ruim assim. Estamos a uns vinte minutos de chegar o que só apertava mais ainda meu coração. Nanda parecia cada vez mais animada cantando alto bitch better have my money, o que me fazia sorrir.
Viramos a direita em uma estrada de terra, em meio à floresta praticamente, não teríamos visto ela se não fosse o GPS.
Depois de uns vinte minutos nessa estrada de terra nos deparamos com uma cabana grande, que já estava com dois carros estacionados. Era uma cabana feita de madeira rústica, tinha uma varanda ampla além de dois andares, uma cabana bem luxuosa. Desembarcamos e pegamos já nossas bolças, apenas duas mochilas, cada uma com a sua própria, ficaremos o sábado inteiro e metade do domingo. Passaria rápido, ainda bem.
Quando nos aproximando da cabana vemos a porta abrir e vemos a Lola acompanhada de outros homens, o tal Mason e o seu grupinho particular.
-Oi garotas.- disse Lola animada. O que me fez abrir um sorriso forçado.
- Olá, gente.- Exclamou Nanda tão empolgado quanto a loira. - Lola, essa é Liv amiga que eu falei.
- Oi- cumprimentei educada.- Bela casa.
- Obrigada Liv.- falou Mason- faço questão de eu mesmo levar vocês a seus quartos e apresentar a casa a vocês.
- Não tão rápido Mason vamos fazer as devidas apresentações.- Exclamou um ruivo de olhos verdes com deboche.- Eu sou George Griffin.
- Eu sou Cole Davis.- Disse o rapaz de camiseta colorida, olhos castanhos como os cabelos, bem cortados. - Esse é o Carlos Nunes.- apontou para o mais alto de todos eles, tinha a pele dourada e os cabelos encaracolados e escuros.
- É latino-americano também Carlos?- perguntou Nanda.
- Não, eu nasci na América meus pais são latinos.
- Entendo- murmurei- desculpe a indelicadeza nos somos brasileiras, sempre ficamos empolgadas por encontrar outro latino. Principalmente estudando na The University of Chicago.
- Claro querida, nos entendemos.- disse Stuart, eu conhecia ele porque já tínhamos conversado uma ou duas vezes pois ele cursava teatro, e foi em busca de dicas sobre as peças de Shakespeare.
- lembro de você Liv, você me deu ótimas dicas sobre Shakespeare.
De alguma forma Stuart Campbell me parecia uma boa pessoa, Gostei dele de imediato.
- Você também é do teatro?- perguntou o Victor Lewis, o namorado de Lola.
- Não, eu curso história. Pretendo me especializar em História da arte.
- Interessante.- murmurou Mason.- E você Nanda?
- eu faço administração, junto com o Victor.
- Sim e verdade, me desculpe.
- Vamos entrar, não queremos deixar vocês plantadas na varanda.- gracejou Cole.
De todos o menos receptivo era Carlos, ele parecia ter muita raiva de tudo. Estou tentando não me levar pela primeira impressão, mas está difícil parecem todos roteirizados de certa forma. Menos Stuart.
Depois dos primeiros comprimentos Mason fez sinal para nos seguirmos ele.
A casa era tão luxuosa quando parecia, a sala era ampla e tinha uma decoração rústica como a casa tudo em madeira escura e mogno, a escada levava para o andar de cima.
- Espero que não se importem de dividir um quarto.- falou Mason de forma amigável.
- Não, nem um pouco eu e Liv estamos acostumadas.
- Bem vou deixar vocês a sós, para deixar as suas coisas e se acomodarem, nos estaremos lá em baixo ma sala de estar, esperamos vocês.
- Obrigada.- Nanda agradeceu.
Entramos no quarto e nos deparamos com duas camas de solteiros, um quanto bem aconchegante com janelas grandes e curtinhas brancas. Colocando a minha mochila na cama fui ver lá fora e notei que a casa estava no meio de Blackwood, só tinha a estrada de terra , estrada essa bem escondido, além de ser uns vinte minutos de carro até a via principal, que deveria dobrar o tempo a pé.

.....

Depois de nos acomodar descemos para nós juntar aos outros, quando chegamos a sala eles estavam estranhamente quietos.
- Sentem.- Chamou Lola.
Nanda foi e se sentou em uma poltrona e eu fui e me sentei em um sofá, ao lado dela e ao lado de Cole, Mason me olhava profundamente o que causava um desconforto ruim. Ele parecia um lagarto, olhos frios, de um ser que não possuía sangue quente nas veias.
- Não vai vir mais ninguém?- Perguntei.
- Não seremos só nos querida.- disse Cole colocando sua mão em minha perna. Olhando para o homem ao meu lado eu percebi que ele era um idiota, talvez seja pelo copo sempre cheio de whisky na mão, ou a forma que sorria, um idiota completo.
- Pensei que fosse uma festa.- comentou Nanda.
- Mas é uma festa.- explicou Victor- uma festa particular.
Nervosa me remexi na cadeira, todos pareciam predadores esperando para atacar a presa.
- Quer uma bebida.- perguntou Cole quase um sussurro em meu ouvido o que me fez ficar apreensiva.
- Não, obrigada.- respondi rápido, não estava gostando da aproximação dessas pessoas eles seguiam encarando e não puxavam nenhum papo.
- Não bebe, Liv?- perguntou Cole.
- Não sou acostumada.
Quando olhei para Nanda vi ela aceitando um copo de vinho de Mason, Nanda bebeu um longo gole como se ela estivesse assustada tanto quanto eu.
Me virei novamente para me dar de cara com um sorriso sombrio de Cole, uma mão cutucou meu ombro, quando olhei para cima me deparei com olhos debochados de George, quando voltei a olhar para Nanda, ela estava claramente desesperada. Uma pancada na cabeça me atontou, levei a mão a testa e vi sangue nos dedos.
- Não bateu como deveria George.- reclamou Mason.
Ele se levantou e deu outra pancada em mim me levando a cair no chão, quando olhei para frente me deparei com Carlos arrastando Nanda pelos cabelos e ela gritando, até a escuridão tomar todos os meus sentidos.

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