Capítulo 21

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Hanna Muller

Richard estava encharcado, com o olhar pesado e com certeza doente.

Hanna: Richard, o que aconteceu? - pergunto preocupada

Richard: Hanna, não sai do Palmeiras por favor - mal consegue falar

Hanna: Richard...

Richard estava quase caindo. Ele parecia estar com febre e estava todo molhado. Com muita dificuldade, consegui ajudá-lo a se mover até o sofá. 

Hanna: Cara, porque veio nessa chuva ? - digo preocupada

Richard: Hanna... eu...tive medo, medo de te perder pra sempre, de nunca mais ver esses teus olhos que me transmitia paz, esse seu sorriso que ilumina o dia de todos, eu não consigo mais viver longe de você, depois daquele beijo, eu fiquei com medo, sempre que me aproximo demais de alguém, elas vão embora, e eu não iria aceitar te ver indo embora, então me afastei, me perdoe, por favor - diz desabafando

Hanna: Você não deveria ter ficado com medo, eu nunca me afastaria de você, na real, eu só queria ficar mais perto ainda, mas ver você frio e distante de mim, me quebrou, Richard.

Richard: me perdoe... - diz com os olhos marejados

Eu apenas o abracei

Eu nunca tinha visto o Richard tão sentimental. Seus olhos transmitiam uma sinceridade genuína enquanto ele enfrentava a chuva para me confessar tudo isso. Em meio à tempestade, percebi o quão vulnerável ele estava. Eu me preocupei. Por um momento, temi que algo pudesse acontecer com ele. Mas, ao mesmo tempo, senti uma onda de gratidão por tê-lo em minha vida.

É Richard, você me faz um bem enorme, mesmo nos momentos mais inesperados 

Hanna: Vem, você precisa tomar um banho, se continuar com essas roupas encharcadas vai piorar.

Richard: Você vai me dar banho? - pergunta com um sorriso malicioso formando em seus lábios

Porra, que saudades eu tava disso.

Hanna: Posso pensar no seu caso, colombiano. - digo rindo e o ajudando a ir até o banheiro.

Ajudei Richard a entrar no banheiro, e seus olhos me encararam com uma expressão de piedade, como se estivessem implorando por ajuda.

Ele mal conseguia se manter de pé, e a febre estava claramente piorando.
No entanto, uma hesitação se apoderou de mim. 

Richard: Juro que não tô na malícia, vascaína. Eu só realmente não vou conseguir tomar banho só.

Hanna: Tudo bem, Richard.

Comecei a ajudar Richard a tirar as roupas encharcadas, deixando-o apenas de cueca. A cada momento que passava, sua condição parecia piorar. Nossos olhares se encontraram, e concordamos que um banho seria necessário para ajudá-lo a se sentir melhor. Mas havia uma condição: ele teria que ficar de cueca. Com cuidado, o ajudei a entrar no chuveiro. Enquanto passava o sabão em seu corpo, pude sentir a textura de seus músculos sob minha mão. Cada movimento era feito com delicadeza, mas eu não pude deixar de notar a força que ele mantinha mesmo naquele estado frágil.

Entreguei o sabão a Richard para que ele podesse terminar o banho, e fui atrás de um conjunto moletom e alguma cueca, que surpreendentemente eu tinha, pois comprava pra fazer de short de academia, achei uma que provavelmente caberia nele, e um conjunto moletom que era duas vezes o meu tamanho, que comprei pra compor look.

Quando olhei para porta, Richard estava lá, escorado, apenas de toalha, E QUE PUTA VISÃO EM.

Richard: pode me ajudar a me trocar? - pergunta com beicinho

Hanna: Vem, colombiano - digo com um leve sorriso

Richard: Por que você tem cueca e roupa masculina? - pergunta com cara de bravo.

Hanna: Porque uso cueca como short de academia e roupa masculina pra compôr look. - digo simples

Richard: Hum, acho bom. - diz estreitando os olhos

Hanna: Vou me virar, coloque logo a cueca - digo me virando

Richard: Pode olhar, eu deixo - diz rindo

Hanna: Não enche, Richard. - digo abrindo um sorriso

Richard: Pronto, agora me ajuda com o moletom - diz me fazendo virar para ele

Eu o ajudei a colocar o moletom, e durante esse momento nossos olhares se encontraram. Uma sensação forte de desejo pulsava em meu peito, e podia sentir que ele compartilhava do mesmo sentimento. No entanto, sabíamos que não era o momento certo. Ele estava doente, precisando de cuidados, e isso era a prioridade. Terminei de ajudá-lo e o orientei a deitar na cama, garantindo que ele estivesse o mais confortável possível.

União Sinistra • Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora