Capítulo 9

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 Hanna Muller

Algumas horas se passaram desde o ocorrido, já era por volta das 1:30 da madrugada, eu resolvi ir tomar um ar,  do lado de fora da casa de Veiga, assim que saí da casa, me sentir sendo observada, e de repente em meio a escuridão da madrugada, um cara alto, com um rosto jovial veio em minha direção.

Cara misterioso: Oi gatinha, o que faz aqui sozinha? - pergunta com um olhar indecifrável

Hanna: Só estou tomando um ar - digo simples

O cara começou a se aproximar muito, me deixando um pouco assustada, de repente ele pegou no meu braço e me puxou pra perto dele, me apertando para que eu não saísse.

O aperto do cara misterioso me prendia, uma sensação de pavor me invadia enquanto eu lutava em vão para me libertar. Minhas lágrimas eram testemunhas silenciosas do terror que tomava conta de mim. Eu me debatia, mas suas mãos eram como garras, segurando-me com uma força opressiva.

O momento parecia se estender infinitamente enquanto ele se aproximava, seus lábios prestes a tocar os meus. O desespero me dominava, eu não tinha forças para resistir. Mas então, um golpe súbito interrompeu o horror iminente.

Alguém o empurrou, derrubando-o com um impacto poderoso. Um soco ressoou no ar, e eu me vi livre, ainda tremendo e aturdida pela violência do momento. E então, quando meus olhos se ajustaram à escuridão, vi Richard.

Ele estava lá, mantendo o agressor imobilizado com uma autoridade surpreendente. Seus olhos, normalmente enigmáticos, brilhavam com uma intensidade de raiva que me deixava sem fala. E então, num instante, ele se virou para mim.

Richard veio até mim e me envolveu em um abraço. Seus braços eram um refúgio seguro contra o caos ao nosso redor. Aquele vontade de fugir dele depois que vi ele com Yasmin, sumiu. Eu me agarrei a ele, deixando as lágrimas caírem livremente enquanto finalmente me sentia segura novamente.

Richard: Você está bem? - pergunta sem separar o nosso abraço.

Hanna: Eu realmente não sei, tá tudo uma bagunça, sempre que acho que não pode pior, as coisas pioram, eu não sei o que pensar e nem o que fazer. - digo soando como um desabafo.

Richard: Me desculpa, sei que você tá fugindo de mim a festa todo, você entendeu errado o que aconteceu aquela hora, a Yasmin me agarrou, do nada, tipo, eu sei que sou irresistível, mas eu me senti desconfortável com aquilo. - diz com um leve sorriso formando em seus lábios

Hanna: Cara insuportável e convencido - resmungo afastando apenas nossos rostos e olhando nos olhos dele.

Richard: Você sempre me desmerecendo né - diz fazendo beicinho

Hanna: Jamais - digo dando um leve sorriso.

Depois de alguns minutos trocando conversas e provocações, ele me ofereceu uma carona até em casa, avisei Emmy, me despedi de todo mundo e fomos embora, o caminho foi bem tranquilo, a gente conversava sobre coisas aleatórias, e em meio aos meus pensamentos eu percebe que saber que ele não queria ter beijado Yasmin, me deu uma sensação de alívio, o rosto de Richard emanava sinceridade, logo chegamos em frente a minha casa. Ele desceu para abrir a porta do carro pra mim.

Richard: A vascaína está entregue em casa - diz com um sorriso

Hanna: Obrigado por me trazer em segurança, colombiano - digo rindo

Richard: Te vejo amanhã, Boa noite, Hanna - diz se aproximando e depositando um beijo na minha testa

Hanna: Até amanhã, Richard. - digo indo em direção ao portão da minha casa.

Pela primeira vez, depois de muito tempo, eu me sentir segura, uma sensação que só o Richard conseguia me passar.

União Sinistra • Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora