Capítulo 12

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Hanna Muller

Com um frio intenso no ar e corações acelerados, o Morumbi se transformou em uma arena de emoções à medida que o Palmeiras enfrentava o São Paulo no jogo de volta, os torcedores seguravam a respiração enquanto o Palmeiras lutava para igualar o placar.

Faltando poucos minutos para o apito final, Endrick, o nosso pirralho, irrompeu na área adversária como uma flecha, encontrando o fundo da rede com um chute magistral.

O estádio explodiu em um coro ensurdecedor de comemoração, enquanto os torcedores palmeirenses se abraçavam e vibravam com o gol crucial.

Mas a emoção estava longe de terminar. Com o relógio se esgotando e os minutos de acréscimos se esvaindo rapidamente, o destino reservou um momento de puro êxtase.

No último suspiro do jogo,  com o relógio se esgotando implacavelmente, testemunhei algo verdadeiramente extraordinário.

Richard, o "meu" colombiano, pegou a bola nos arredores da área. Seus movimentos eram calculados, sua determinação palpável. E então, em um momento que ficará para sempre gravado em minha memória, Richard fez o impossível acontecer. Seu chute foi como um raio, uma obra-prima de precisão e força. A bola voou pelo ar, desafiando todas as expectativas, e encontrou o fundo da rede com uma precisão impecável.

Eu fiquei sem reação, o meu rosto estava coberto por lágrimas, mas não lágrimas de tristeza, e sim de admiração, eu mais que ninguém sabia como aquele gol era importante pro Richard.

O Morumbi explodiu em uma mistura ensurdecedora de choque e euforia enquanto nossos jogadores corriam para celebrar com Richard. E foi então que vi algo que me deixou sem palavras: um "H" imaginário traçado no ar por Richard, uma homenagem que eu nunca vou esquecer.

Ele veio em minha direção , e me abraçou, e parece que o estádio ao nosso redor se calou. Naquele momento, o que importava não era  o jogo ou a vitória, Era apenas eu e ele. Eu afastei o seu abraço gentilmente e olhando em seus olhos disse o que me veio na mente.

Hanna: Obrigada por isso, eu não tenho palavras pra expressar o quanto eu estou feliz por você, esse gol vai ficar marcado pra sempre na história, colombiano - digo olhando no fundo dos seus olhos

Richard: Foi pra você, Hanna. Tudo isso é graças a você, desde que apareceu em minha vida, eu tenho evoluído mais, você me causa isso, você de fato traz o melhor das pessoas, obrigado por isso. - diz beijando a minha testa.

Hanna: Vou te atormentar pelo resto da vida por ter feio minha inicial na comemoração do gol - digo abrindo um sorriso

Richard: Eu falei, talvez eu seja seu fã - diz dando outro beijo em minha testa e voltando ao jogo.

Aquilo pra mim era novo, era bom, era gostoso de viver, a gente estava indo com calma, se conhecendo e descobrindo os sentimentos que cresciam cada vez mais, de pouco em pouco.

União Sinistra • Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora