CAPÍTULO 4

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Os corredores da escola estavam agitados com a movimentação dos alunos entre as aulas, cada um imerso em suas próprias bolhas. Giulia navegava entre os estudantes com confiança, seu passo firme ecoando pelo corredor enquanto ela seguia em direção à sua próxima aula.

No momento em que ela alcançou uma curva, uma figura loira surgiu em seu caminho, quase colidindo com ela, por sorte Giulia tinha diminuído sua velocidade. A morena congelou por um instante, surpresa. Ela rapidamente se recompôs e abriu a boca para cumprimenta a pessoa que estava à sua frente, mas antes que pudesse dizer uma palavra, a loira se afastou, ignorando-a completamente como se Giulia fosse invisível.

Um leve franzir de sobrancelhas cruzou o rosto de Giulia enquanto ela observava Haley se afastar rapidamente, seu coração apertado com a rejeição abrupta. Ela ficou ali parada por um momento, perplexa com a mudança súbita de um dia para o outro, tentando entender o que poderia ter causado essa reação.

Decidiu deixar para lá, afinal não eram amigas, e ela poderia estar atrasada, ela não parou nem para discutir, isso que deixou Giulia mais chateada. Ela respirou fundo, sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos indesejados que surgiam em sua mente. Afinal, havia aulas que estava quase atrasada, com um suspiro resignado, virou-se e continuou a andar pelo corredor.

🌻

A luz do sol derramava-se sobre a pequena vila Pelicanos, pintando a fazenda de cores suaves e envolvendo tudo em um brilho dourado. Giulia saiu da casa de seu avô, respirando fundo o ar fresco da tarde, seu avô havia pedido para ela entregar algumas iscas que ele tinha feito para o velho pescador Willy, que morava em uma cabana isolada no deck da praia. Giulia concordou prontamente, ela sabia que Willy era uma figura conhecida entre os moradores locais.

Se dirigiu ao celeiro onde seu avô guardava suas ferramentas de pesca. Ela encontrou as iscas cuidadosamente preparadas em uma caixa refrigeradora, cada uma feita à mão com atenção meticulosa aos detalhes. Giulia saiu para a garagem onde a velha caminhonete estava estacionada.

Com um clique suave, Giulia ligou o motor da caminhonete e começou a seguir pela estrada que levava ao centro da vila. O caminho estava tranquilo naquela tarde, não que fosse muito movimentado alguma vez, Giulia dirigiu com calma, absorvendo a paisagem ao redor enquanto seguia em direção à ponte que levava à praia. A ponte era um ponto de transição entre o coração da vila e as vastas extensões de areia. À medida que a garota se aproximava, ela podia sentir a mudança no ar, o som das ondas batendo suave mente contra a costa e o cheiro salgado do oceano carregado pelo vento.

Ela estacionou a caminhonete perto da ponte e desceu, pegando a caixa de iscas antes de começar a caminhar em direção a praia. O sol brilhava baixo no céu, seu calor reconfortante envolvendo Giulia enquanto ela seguia em frente, respirando fundo, deixando o ar salgado do oceano encher seus pulmões. Ela podia ouvir o som das gaivotas voando acima de, suas chamadas estridentes misturando-se com um murmúrio suave das ondas quebrando na costa.

Enquanto se aproximava da cabana de Willy, Giulia notou uma figura solitária à beira da água. Ela reconheceu Haley imediatamente, sua silhueta destacada contra o horizonte ondulante do mar. Uma sensação estanha se apoderou de Giulia ao vê-la, uma mistura de curiosidade e incerteza. Ela se lembrou do encontro estranho que tiveram mais cedo naquele dia. Apesar de suas próprias reservas, Giulia sabia que não poderia simplesmente ignorar a presença da loira ali, naquele momento.

No entanto, uma voz interior a advertiu para manter distância. Ela se lembrou da expressão fria de Haley e decidiu que era melhor evitar qualquer confronto desnecessário. Com relutância, ela desviou o olhar e continuou em direção à cabana do pescador, mantendo-se focada em sua tarefa imediata.

Vila Pelicanos | HaleyOnde histórias criam vida. Descubra agora