CAPÍTULO 8

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acredito que esse seja um dos maiores capítulos, espero que aproveitem.

boa leitura, xoxo.


🌻

Três semanas depois.

Giulia caminhava pelo campus da escola, aproveitando a brisa leve da tarde enquanto se dirigia para o estacionamento. Em frente ao campo de futebol americano, seu olhar foi atraído por uma cena que fez seu coração parar por um momento. Ao longe, próximo à linha lateral do campo, estava Haley, a loira que tinha tomado seus pensamentos e seu coração nas últimas semanas.

A loira estava de pé, conversando próxima a Alex, o capitão do time. Haley parecia estar consolando Alex, passando as mãos delicadamente pelos braços dele, como se quisesse lhe oferecer conforto e apoio. O moreno mantinha a cabeça baixa, os ombros caídos, claramente abatido.

Giulia tentou afastar os pensamentos negativos, mas a cena à sua frente se tornou cada vez mais difícil de ignorar. Haley, com sua postura carinhosa e atenciosa, passou a mão pelo braço de Alex, uma carícia que parecia íntima demais para ser apenas um gesto amigável. A loira então deu um passo mais próximo, seus dedos traçando um caminho pelo braço musculoso de Alex até que finalmente o abraçou.

O abraço parecia durar uma eternidade para Giulia, que sentiu o sangue gelar em suas veias. A cereja do bolo veio quando Haley deixou um beijo suave na bochecha de Alex, um gesto que a fez sentir como se tivesse levado um soco no estômago. A visão do beijo que Haley deu em Alex foi a gota d'água. Sentindo-se traída e enganada, Giulia virou-se abruptamente, seus olhos ardendo com lágrimas não derramadas, e caminhou rapidamente em direção ao estacionamento.

Cada passo que dava parecia pesado e difícil, como se uma força invisível tentasse puxá-la para trás, para encará-los e exigir uma explicação. Mas o orgulho ferido e a raiva a empurravam para frente. Em sua mente, pensamentos caóticos se entrelaçavam. "Como ela pôde fazer isso comigo?", "Eu fui uma idiota por confiar nela", "Ela só estava me usando". Cada pensamento era um golpe para o seu coração, que parecia se despedaçar mais a cada segundo.

Chegando ao estacionamento, Giulia não hesitou. Abriu a porta de sua caminhonete com um movimento brusco, quase arrancando-a das dobradiças, e entrou no veículo, batendo a porta com força. Sentou-se no banco do motorista, seus olhos ardendo com as lágrimas que ela se recusava a deixar cair. Suas mãos tremiam enquanto segurava o volante, a raiva e a frustração borbulhando dentro dela como um vulcão prestes a entrar em erupção.

Ela deu a partida no motor, o som da caminhonete rugindo para a vida ecoando em seus ouvidos. Sem olhar para trás, Giulia acelerou e saiu do estacionamento, o barulho dos pneus derrapando no asfalto acompanhando sua fuga apressada. Ela dirigiu sem destino, apenas querendo se afastar o máximo possível da cena que acabara de presenciar.

A paisagem passava por seus olhos de forma indistinta, enquanto ela tentava processar a montanha-russa de emoções que a consumia. A cada quilômetro percorrido, sentia-se mais distante da escola, mas as imagens de Haley e Alex ainda a perseguiam, como fantasmas assombrando sua mente. Aquela não era a primeira vez que presenciava algo como aquilo, e ela sabia que não seria a última. Estava condenada a viver como um segredo obscuro da loira?

Ela parou em um local afastado, desligou o motor e encostou a cabeça no volante, deixando que as lágrimas fluíssem livremente. A solidão do lugar lhe oferecia um refúgio para sua dor, longe de olhares curiosos e perguntas inconvenientes. A morena se permitiu chorar, deixando que a dor e a frustração encontrassem uma válvula de escape.

Dois dias depois.

Haley

Podemos nos encontrar?
Onde você está?
O que tá acontecendo?
Por que não tá me respondendo?

Vila Pelicanos | HaleyOnde histórias criam vida. Descubra agora