【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. + 😇 】
Sempre fui um fracasso em interações humanas, muito mais se essa interação envolve o sexo feminino. Depois de aceitar a minha total incapacidade em fazer uma
mulher sentir-se atraída por mim, eu simplesmente desisti disso e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Dá pra relaxar? — reclamo quando vejo Josh se desequilibrar da banqueta pela quinta vez.
— Eu deveria ter ido buscar ela, não é? Mas é só o segundo encontro, então talvez não. O que você acha? Alguma dica? Como eu estou? Meu cabelo está no lugar?
Tomo um gole mais longo no meu drink porque não posso dar uma tragada em um cigarro agora. Homens apaixonados são tão irritantes, é por isso que eu fujo deles como o diabo foge da cruz.
— Só relaxa. — digo apenas e ele me olha com frustração.
— Quanto eu tenho que te pagar pra você me dar um conselho que valha a pena ouvir?
Dou outro gole demorado na minha bebida só porque quero apreciar a agonia dele em não obter respostas. Não prestei tanta atenção no Josh desde que ele se mudou para dividir o apartamento com o Noah. Sempre o vi como um cara normal, alguém que cuida da sua própria vida, mas que pensa coisas constrangedoras dos outros secretamente. E eu notei como ele me avaliava às vezes ao passar por mim, não como se tivesse algum interesse físico, mas como se só quisesse saber alguma coisa. Quando eu encarava de volta, ele costumava ficar vermelho e saía quase correndo. Eu achava fofo, mas estranho.
Agora que ele está com os dedos trêmulos, ofegando e me olhando como um cão sem dono, eu sei o que ele realmente queria saber cada vez que me olhava por mais de três segundos.
— Eu não sou expert nem nada assim. — começo a dizer. — O seu problema é que você não tem confiança. Ficaria surpreso com o que poderia sair da sua boca se você acreditasse mais em si mesmo.
— Sabe, quando eu pensava em ter uma conversa com você, não imaginei que você diria qualquer coisa que se encontra em um livro de autoajuda.
Dou risada ao mesmo tempo que ergo os meus ombros.
— Ela gosta de você, não tem mais o que você possa fazer. Só tenha em mente que você não precisa se esforçar tanto agora, já ganhou essa.
— Sério? Ela te disse isso? — pergunta com expectativa.
— Não. Mas eu sei ler as pessoas. Tipo, lendo você, eu diria que se apaixonou bem rápido, mas a Clara gosta de homens emocionados assim como eu gosto de homens que não ligam no dia seguinte.
— Eu não estou apaixonado! — ele se ofende na mesma proporção em que se ofenderia se eu xingasse sua mãe.
— Claro. — rolo os olhos e volto ao meu drink.
É sábado à noite e eu resolvi que Noah e eu teríamos mais uma aula. Minha ideia era de que observássemos de perto o encontro entre Josh e Clara, mas Josh disse com toda a firmeza que não queria plateia. Eu só acho que isso o deixaria nervoso. Então vamos observar de longe, sem o prazer de ouvir as palavras, mas a linguagem corporal é o bastante.
