【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. + 😇 】
Sempre fui um fracasso em interações humanas, muito mais se essa interação envolve o sexo feminino. Depois de aceitar a minha total incapacidade em fazer uma
mulher sentir-se atraída por mim, eu simplesmente desisti disso e...
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A experiência de estar saindo oficialmente com uma garota é menos assustadora do que eu imaginei. Olivia e eu temos bastante assunto, porque temos os mesmos interesses, então eu nunca fico preocupado em não ter o que dizer. E mesmo que eu acabe não sabendo sobre o que conversar, consigo usar táticas para iniciar um novo assunto. Eu agradeceria à Any por isso, mas me sinto estranho quando penso em conversar com ela sobre a Olivia.
Nós nos distanciamos um pouco na última semana e acho que a culpa é dos dois. Só a vi duas vezes quando ela estava saindo para trabalhar e nessas vezes trocamos algumas palavras, uma piadinha ou outra e sorrisos de despedida. Eu sinto que estamos retrocedendo tudo o que construímos na nossa amizade e isso está me corroendo um pouco, mesmo que eu saiba que tem uma razão muito lógica para tudo ter esfriado. Eu quero um relacionamento e Any não está pronta para um, por mais que pareça que ela gosta mesmo de mim.
No sábado à noite, saí para jantar fora com a Olivia. Como sempre, a conversa se manteve boa e recheada. Eu gosto de falar com ela, é muito fácil, como se eu não precisasse pensar. Ainda assim, não são os melhores papos que já tive com alguém do sexo oposto. Quando penso em diversão ilimitada e risadas altas, tudo o que eu lembro é a Any e nossas interações caóticas.
— Sabe, é a quarta vez que estamos saindo. — Olivia diz se aconchegando em meu braço enquanto esperamos o manobrista trazer o meu carro. — Não acha que já é hora de eu conhecer a sua casa?
E eu sei exatamente que ela não está falando só de saber onde eu moro. Há um certo número de encontros que precedem o momento em que as pessoas começam a pensar sobre sexo, e eu acho que esse momento chegou para mim.
— Bom... — desvio o olhar enquanto penso. — Meu amigo não está em casa hoje, então...
— Ok. — ela abre um sorriso satisfeito.
Tem uma coisa que a Any não me contou, mas que eu gostaria de ter sabido antes dessa noite. Quando eu estava dirigindo, Olivia achou que seria uma boa ideia colocar a mão no meu pau. Eu fui pego de surpresa, e até freei um pouco o carro por causa do susto.
— O que está fazendo? — franzi a testa.
— Tirando uma casquinha. — ri.
— Ok... — eu ri também, sentindo ela esfregar a sua mão em mim.
— Só não vale bater o carro.
— Alguém já te disse que... — parei de falar no meio da frase.
— Alguém já me disse que...? — indaga querendo que eu continue.
Porra. O que eu ia fazer? Por que eu ia dizer isso? Parece tão errado.
— Nada.
— Perdeu as palavras? — aperta o meu pau com mais força.
— Olivia... — mordo meus lábios enquanto tento me concentrar no trânsito e aonde está a mão dela.
