【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. + 😇 】
Sempre fui um fracasso em interações humanas, muito mais se essa interação envolve o sexo feminino. Depois de aceitar a minha total incapacidade em fazer uma
mulher sentir-se atraída por mim, eu simplesmente desisti disso e...
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Meu Deus, eu devo ser uma babaca das grandes. Uma ridícula, como ele costuma dizer. E eu sei que é errado sugerir uma coisa dessas, sendo que a minha principal intenção não é realmente ensinar alguma coisa. Eu sei o que eu quero e não me orgulho nenhum de estar usando a inocência dele para isso.
— Eu... — Noah ainda parece chocado, olhando para mim atônito, os lábios entreabertos e quase sem piscar.
— Eu desconfigurei você? — tento brincar abrindo um sorrisinho tenso.
— Um pouco. — ele ri com um nervosismo claro.
Normalmente, eu sempre sei o que dizer e como agir. Mas assim como não fui muito boa em lê-lo, também não estou sendo muito boa em lidar com essa situação que eu mesma criei. Qual é a porra do meu problema?
Meu celular começa a tocar e eu solto um suspiro de alívio, me afastando dele e esticando o braço para pegar o aparelho na mesa de centro. Abro um sorriso ao ver que é o meu pai.
— Oi, papai!
— Oi, querida! Ocupada? Estamos te esperando.
— O que... — começo a perguntar, mas então me lembro do que ele está falando. — Puta merda, eu esqueci!
— Como assim esqueceu? É uma das suas coisas favoritas.
— Eu sei, desculpa, pai. Ontem eu saí com amigos e as coisas ficaram caóticas. — olho de relance para o Noah, que desvia o olhar rapidamente.
— Tudo bem, desculpa de novo. — me despeço e finalizo a ligação. — Então... — me volto para o Noah de novo.
— Você vai precisar sair, entendi. — ele fica de pé e ainda não está olhando para mim.
Que merda. Eu não queria que as coisas ficassem estranhas. Eu devia saber que as coisas iam ficar estranhas! Por que eu tinha que abrir a minha maldita boca e seguir a intuição da minha boceta ao invés da intuição do meu cérebro?
— Você quer ir comigo? — pergunto a primeira coisa que aparece na minha cabeça, porque alguma parte de mim precisa desesperadamente manter as coisas normais entre nós.
— Ir com você? — franze um pouco o cenho. — Para onde?
— Meu pai e os amigos motoqueiros dele fazem uma super venda de garagem todos os anos. Eles vendem peças de moto, acessórios e até motos inteiras, coisas bem raras e vintage, sabe? A galera hippie adora. Eu sempre apareço pra ajudar. Esse ano vai ser na garagem do meu pai. — ele parece pensativo, tenho certeza de que está prestes a negar. — Clara e Alex vão estar lá. Podemos convidar o Josh. — tento uma cartada a mais.
— Eu acho que tudo bem. — concorda depois de pensar um pouco.
