【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. + 😇 】
Sempre fui um fracasso em interações humanas, muito mais se essa interação envolve o sexo feminino. Depois de aceitar a minha total incapacidade em fazer uma
mulher sentir-se atraída por mim, eu simplesmente desisti disso e...
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Ao anoitecer, as coisas ficaram meio caóticas. Parece que tem mais gente agora do que tinha mais cedo e todo mundo resolveu se aglomerar ao redor da piscina. A música está mais alta, as pessoas estão mais descuidadas e mais bêbadas e eu já beijei cinco mulheres desconhecidas. O Alex tinha razão sobre a história do acidente trágico, parecia que elas iriam pular no meu colo quando eu fazia cara de coitado e dizia como isso foi difícil para mim. E não que eu quisesse ser um conquistador barato, mas chegou um momento em que eu apenas liguei o foda-se e tentei ver do que eu era capaz. Cheguei à conclusão de que eu sou muito bom nisso quando não me importo tanto.
Tem uma garota sentada no meu colo agora e eu não lembro em que momento ela achou que eu tenho cara de cadeira, mas não disse nada sobre isso e apenas apoiei a mão em sua coxa. Faz um tempo que não vejo os meus amigos, mas acredito que Clara e Josh resolveram ir transar em algum lugar da casa. Talvez os outros estejam transando também. Talvez a Any...
Aperto a coxa da garota involuntariamente quando imagino que Any está por aí com alguém, talvez com aquele cara da cozinha para quem ela deu o número.
— Que mão forte! — a garota no meu colo ri e se esquiva para perto, praticamente jogando os peitos no meu rosto.
Abro um sorriso de canto e subo um pouco mais a minha mão.
— Eu posso te mostrar mais um pouco dessa força se você quiser.
Ela morde o lábio inferior e assente animada.
Deixo meu drink abandonado na mesa e seguro a mão dela, a levando em direção à casa. Estou indo transar com uma mulher de quem mal me lembro o nome. Será que é assim que a Any se sente? Ela não percebeu que ter uma conexão é muito mais divertido? Porque eu sim percebi. Ou talvez só eu tenha sentido essa conexão, enquanto Any só foi o que sempre foi.
No final, eu acabei sendo o idiota que disse que não seria e me deixei iludir. Ela sempre disse que sexo era só sexo, por que eu achei que comigo seria diferente? Só por ter sido incrível? Ela deve ser incrível com todo mundo.
Subimos as escadas da casa para o andar de cima. Como previ, tem algumas portas com peças de roupa penduradas indicando que está ocupado e é possível ouvir alguns barulhos suspeitos quando passamos pelo corredor.
— O que é aquilo? — a garota pergunta enquanto aponta para a porta entreaberta de um dos quartos.
A mão de alguém, que provavelmente está caído lá dentro, está para fora da porta. Com cuidado, me aproximo e abro a porta devagar, dando de cara com a Any desacordada no chão. Imediatamente, solto a mão da garota e entro no quarto, agachando para perto da Any e puxando parte de seu corpo para o meu colo.
— Any? — dou um tapinha em seu rosto.
— Você a conhece? — a garota pergunta.
— Sim. Pode, por favor, procurar o Alex e trazê-lo aqui? — peço e ela logo assente e se afasta.
