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Se vocês querem que os capítulos não demorem para sair, votem e comentem na história! ;)


Espero que gostem, boa leitura!

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'Isabelly Cavalcante'

No dia seguinte, acordei bem cedo, por volta das 08:00h da manhã. Não dormi muito bem essa noite, e provavelmente seria a minha insônia. Levantei da cama e Alice percebeu a movimentação, acordando logo em seguida. Saímos do quarto sem fazer barulho, para que Piquerez dormisse mais um pouco, pois chegou bem cansado do treino ontem. Coloquei a bebê no cercadinho e fui fazer o meu café da manhã, já que meus planos era brincar com Alice. Terminei de comer, lavei a louça e peguei Alice no cercadinho, ansiosa para esse momento a sós com ela.

Sentei na grama, esticando uma toalha para ficar mais confortável e peguei a bolsa de brinquedos, virando tudo ali. Alice batia as mãozinhas, entretida com os bichinhos de borracha.

— Cadê a princesa da mamãe? – Coloquei minhas mãos na frente dos olhos. – Achou! – Alice gargalhou, perdendo o fôlego. – Nossa, que neném mais alegre! – Me aproximei dela, enchendo seu rostinho de beijos.

E assim, passamos o resto da manhã juntas, rindo e brincando, aproveitando cada segundo. Estávamos tão entretidas, que não percebemos a chegada de Piquerez.

— Ah, oi! Está nos espiando a quanto tempo? – Perguntei com os olhos semicerrados.

— Hum.. – Coçou a barba, pensando em uma justificativa plausível. – Eu diria que o tempo suficiente para ver as mulheres da minha vida juntas! – Ele sorri de lado, mordendo o lábio inferior.

— Ownn, como ele é fofo! – Levanto do chão, dando um selinho no mesmo.

Alice engatinha até nós dois, com um sorriso sapeca no rosto. Pego a neném no colo e encho seu rostinho de beijos..

[...]

Piquerez, de última hora, resolveu fazer um churrasco, então, saiu para comprar as coisas com o pai, deixando apenas eu, Cami, Alice e Claudia em casa.

Estávamos deitadas no sofá, jogando conversa fora, e do nada, Alice começa a chorar, tentando subir no sofá, o que era impossível, deixando-a estressada.

— Mamã... – Ela estica os braçinhos na minha direção.

— O que foi meu amor? – Tirei alguns fios de cabelo grudados em sua testa, notando que ela estava febril. – Hum, você está quente..

— Eu vou lá buscar o remédio, já volto! – Cami levanta do sofá, indo até a cozinha, e logo em seguida, volta com o remédio.

— Papa, papa.. – Ela aponta para a porta.

— Ele já está chegando princesa.. – Deitei sua cabeça em meu peito, acariciando suas costas.

— Aqui Isa.. – Cami estica o remédio em minha direção, e na mesma hora, Alice tomou.

— Obrigada.. – Respondi.

No final, tive que subir para o quarto, Alice não queria ficar no carrinho de jeito nenhum. Eu andei pelo quarto, cantei, sentei na poltrona, e parece que nada adiantava.

— Olá 'mis amores'.. – Piquerez abre a porta, com uma feição preocupada. – O que aconteceu?

— Tem um neném sentindo falta do papai.. – Tombei a cabeça, mostrando Alice.

— Hola princesa de papá.. – Segura a filha, que sorri.

— Ela também estava febril, mas, dei remédio e já passou.. – Acrescentei, levantando, e logo em seguida, sentindo uma pontada muito forte na barriga, o que me fez apoiar na cômoda.

— Cariño, está se sentindo bem? – Ele me guia até a cama, passando o polegar pelo meu rosto.

— S-Sim, não se preocupe.. – Minha voz saí mais baixa do que o normal.

Por algum motivo, eu não tive coragem de olhar nos olhos dele, e dizer a verdade, era como se alguma coisa me impedisse. Virei as costas, saindo dali o mais rápido possível, indo para o nosso quarto. Chegando lá, corri até o banheiro e me tranquei, colocando todo café da manhã pra fora. Não, não é isso que eu estou pensando...

[...]

Depois de ficar longos minutos no segundo andar, desci para almoçar, como se nada tivesse acontecido, não quero criar 'falsas esperanças'.

— Você melhorou? – Piquerez me abraça, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Engoli seco, balançando a cabeça. Eu me sinto péssima por não dizer que, 'provavelmente eu estou grávida, mas, não quero que ele saiba'. Tenho medo que tudo se repita, e eu não aguentaria passar pela dor de perder meu bebê novamente..

— Você está pensativa, não quer me contar o que aconteceu? – Cami segura a minha mão.

— Eu estou bem, Cami, obrigada.. – Sorri, sentindo um aperto no peito.

Eu estou tão atordoada com essa situação, que passei o resto da tarde perdida em meus pensamentos, me desligando de todos à minha volta...

— Cariño, seja sincera comigo, o que aconteceu? – Sua expressão fica séria, demonstrando o quanto Piquerez estava preocupado.

— Eu só estava lembrando do meu passado... – Suspirei, encarando um ponto aleatório da sala. – Desculpa, não quero falar sobre isso agora.. – Eu faço de tudo, para engolir o choro.

— Eu te amo, hum? – Ele deixa um breve selar em meus lábios.

— Eu também te amo.. – Encarei seus olhos, escuros e profundos.

[...]

Todas as pessoas da casa já estavam dormindo, menos eu. E quando fui tomar banho, me peguei me encarando no espelho, passando a mão pela barriga. Um soluço escapa da minha garganta, voltando a sentir tudo aquilo que passei... Eu não tenho a mesma vida de antes, mas, porque esse sentimento ainda me assombra? Porque o medo de perder outro bebê, me impede de ser feliz novamente?

'O medo me cega'...

Tranco a porta do banheiro e sento no chão, abraçando meu próprio corpo e chorando como se não houvesse o amanhã.

'Eu queria ser feliz'...
'Eu queria me ver livre do passado'...
'Eu queria esquecer tudo de ruim que passei'...
'Eu queria gerar meu próprio bebê'...

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O que acharam? Gostaram?

Desculpa o sumiço! Não se esqueçam de votar e comentar!

Até o próximo capítulo!

Minha cura - Joaquín PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora