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Isa:

Chegamos em casa e, como de costume, eu fui direto pro meu quarto dar uma olhada nas coisas que ainda faltavam. A Gabi já tinha arrumado o espaço, e o clima estava perfeito para o chá. O lugar tava todo decorado, as luzes estavam baixas, e as cores do tema — azul e rosa — davam aquele toque de suspense, que só quem sabia do sexo poderia entender.

Terro tava em pé, impaciente, se perguntando o que tava acontecendo.

Terro: (impaciente) Isa, não sei o que você tá tramando, mas é melhor eu já saber logo, porra.

Isa: (com um sorriso) Não tem pressa, Lucas. Vai ser na hora certa, confia em mim.

A Gabi fez questão de manter todo mundo na expectativa. Ela passou o envelope que eu dei pra ela, colocando-o em um lugar estratégico, onde ninguém pudesse ver. Só faltava a grande revelação, e todos os amigos de Terro, que estavam lá pra acompanhar o momento, estavam começando a ficar ansiosos também.

Gabi: (com um olhar maroto) Pode ficar tranquilo, vai ser muito melhor assim. A surpresa vai ser foda.

O pessoal todo já tava tomando as bebidas e comendo os petiscos, mas a atenção tava toda voltada pra aquele momento. Eu já sentia que a ansiedade tava tomando conta de todo mundo. Enquanto isso, Terro tava mais quieto, mas ainda com a cara de quem tava contando os segundos.

Isa: (sussurrando pra Gabi) Quando der a hora, você faz o que a gente combinou, tá? Não deixa escapar nada.

Gabi: Pode deixar, amiga. Tudo certo.

Finalmente, a hora chegou. A Gabi fez sinal pra todo mundo se juntar em volta do centro da sala, o que já era um indicativo claro de que o grande momento tava chegando. O olhar de Terro estava fixo em mim, esperando que eu tomasse a palavra.

Isa: (dando um passo à frente, sorrindo) Então, galera... chegou o momento!

O silêncio tomou conta da sala. Todos os olhos estavam voltados pra mim, e eu vi a tensão no rosto do Terro aumentar.

Isa: (abrindo o envelope lentamente) Preparem-se!

Com aquele gesto, a sala inteira foi tomada por gritos e aplausos, a expectativa foi transformada em euforia. Gabi, na frente, já preparava a surpresa que ninguém esperava. O confete e a fumaça colorida foram disparados, revelando, em grande estilo, o sexo do bebê.

Terro: (com um sorriso de incredulidade) Porra, Isa, você me enrolou até o último segundo, né?

Isa: (rindo) Você nem imagina o quanto, Lucas. Agora, já sabe... um menininho vindo aí!

O sorriso dele ficou mais largo, e aquela surpresa que ele tanto criticava finalmente fez sentido. A tensão foi substituída por uma alegria coletiva, e o chá de revelação, que parecia algo simples, virou uma festa animada e cheia de risos.

E assim, o suspense se transformou em celebração. O pessoal se entregou à alegria, enquanto eu observava o Terro, agora todo empolgado, até esquecido da raiva de ter ficado tanto tempo esperando. Afinal, ele também estava feliz com a surpresa.






PERDIÇÃO - 𝒸ℴ𝓂𝓅𝓁ℯ𝓍ℴ 𝒟ℴ 𝒜𝓁ℯ𝓂𝒶ℴ ꨄ︎Onde histórias criam vida. Descubra agora