0.9 | Remember the Croquembouche

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[Harry Pov's]

Depois de ter pagado um mico no encontro com um garoto, eu acabei me tornando amigo dele, a historia dele é igual a minha, ele também estava apaixonado pelo melhor amigo dele mas quando decidiu contar eles se afastaram e tudo deu errado. Eu não quero que aconteça isso comigo e com o Louis, não quero que o Louis se afaste de mim por eu estar com uma paixão idiota por ele, mas também não quero mais ninguém, nem garota, nem garoto. Porque nada vai fazer diminuir o que eu sinto pelo Louis.

Estava com o Liam no meu quarto conversando sobre tudo o que está acontecendo.

― Não, não é a mesma coisa. – rebati.

― Pode ser a mesma coisa que ele sente por você. Afinal, quando um não quer, dois não se beijam. – ele sorriu.

― Mas e o lance dele com a Loren? – eu ainda não queria aceitar isso.

― Classifica super compensação. Eu era afim da Sophia Smith, a garota mais inacessível do terceiro ano. Por mais que lá no fundo, eu não queria uma chance com ela. Isso é mais que comum. – ele disse e eu me senti um pouco melhor. – Você nunca vai saber se continuar se escondendo. – afirmei enquanto escutava meu celular explodir de mensagens do Louis. – Agora se me der licença, eu tenho um encontro com aquele barman. – ele sorriu pegando seu casaco e se levantando.

Assim que vi ele saindo não aguentei mais e atendi o telefone esperançoso.

[...]

Estava arrumando o meu quarto dobrando algumas roupas quando dou de cara com o Louis parado na porta me olhando.

― Louis que susto. – disse com a mão no peito retomando o ar.

― Massa de coockie, quatro tipos de cobertura de bolo, e meu Deus o que é isso? Toda saga Harry Potter em dvd. – ele disse jogando as coisas sobre a cama.

― Jura? Fim de semana dos meninos? – perguntei confuso.

― Estou com saudade de você. A gente quase não se viu depois que virou um casal. – ele se jogou na cama me encarando.

― É, tô sentindo falta também. – escorei no guarda-roupas encarando-o. – Mas esse fim de semana não dá, é a porcaria do chá de panela da minha mãe. – bufei. – Salve-se quem puder.

― Do que? De comer bolinhos de cereja ver pessoas como minha melhor amiga? Eu prometo que não vou falar do colégio, nem de gays e nem de Loren Bucker. – ele cruzou os dedos.

― Vai aguentar a abstinência? – me deitei com ele.

― Há há engraçadinho. Eu não tenho nada pra contar. – ele encarou suas mãos.

― Está afim de falar sobre isso? – perguntei mesmo não querendo ouvir.

― Hum, não. Quero passar o dia todo escutando suas piadas ridículas. – ele sorriu.

Nos entreolhamos e eu corri até a cozinha pra pegar os pratos pra detonar os coockies. Caminhei até la sorrindo e vi minha mãe arrumando os saquinhos de doces pro seu chá de panela.

Vi Gemma se aproximar falando ao celular, ela estava com uma prancheta e ajudava minha mãe que estava super feliz com isso. Eu não estava acreditando no que eu estava vendo, na real, Gemma ajudar alguém sem ser ela mesma é uma coisa realmente inacreditável.

Minha mãe comentou sobre a viagem até Dallas e me mandou ir com a Gemma, isso não seria possível. Eu não iria com ela de forma alguma, ela é insuportável e Louis não suporta ela realmente. Minha mãe praticamente me obrigou a irmos nós três, eu, Louis e Gemma, para que nos aproximássemos mais, já que seriamos irmãos.

[Louis Pov's]

Estávamos no carro indo para Dallas, Gemma dirigia, Harry estava no carona e eu atrás, estava um trânsito danado e eu não aguentava mais ficar lá escutando Gemma reclamando.

― O Trânsito de Dallas, tudo por isso por causa de vocês que quiseram assistir o final daquele programa idiota. – Gemma resmungou.

― Chato nada, tínhamos que saber se ele ia dizer sim pro vestido, porque a ideia é essa. – rebati.

― É e foi você que quis vir até Dallas. – Harry disse. – Não tinha esse bolo em Austin?

― Não vou repetir que não é bolo, e aquela é a melhor confeitaria do estado. – ela revidou.

― Nossa, você caprichou mesmo. – Harry debochou. – Pena que pra nada.

― Do que você ta falando? – Gemma se fez de desentendida.

― Eu sei que você está puxando o saco da minha mãe pra me deixar com ciúmes, mas eu não estou nem ai. – ele disse irritado.

― Hã, não preciso disso pra te deixar com ciúmes, só de um espelho. – ela disse.

― Legal, quem quer brincar de quem sou eu? – disse pra quebrar o clima. – Eu adoro quem sou eu, é demais. – continuei.

Vi que Harry ia rebater com a Gemma e eu intervi insistindo pra ele brincar comigo e consegui.

Depois de alguns minutos ainda no trânsito, Harry estava sentado atrás comigo e eu fazia massagem em suas costas.

― Nossa, você está muito tenso. – disse a ele que resmungava.

― Já podem parar de agir como gays tá? Eu já sei da verdade. – Gemma disse olhando pelo retrovisor.

― A gente não está agindo como gays, mais como melhores amigos. – Harry rebateu.

― Por favor, parece que vocês vão me chamar pra fazer um ménage ai atrás. – ela fez cara de nojo.

― Ai Deus me livre. – Harry disse.

― Eca. – rebati.

― Ah, pensei numa pessoa. – Harry disse se referindo ao jogo.

― Ah não, esse jogo de novo não. – Gemma bateu com as mãos no volante irritada.

Buscamos o bolo e eu já não aguentava mais tanto estresse da Gemma, Harry e ela discutiam na porta da confeitaria e Gemma disse que a mãe dele tinha chamado ela pra ser madrinha do casamento, o que deixou Harry muito chateado.

Chegamos na casa do Harry colocando o bolo sobre a mesa e Harry já foi logo fuzilando sua mãe com os olhos. Os dois discutiram por alguns minutos e eu vi a Anne praticamente desprezando o Harry e eu me senti mal por ele. Ele estava realmente chateado e queria achar uma forma de deixar ele feliz.

― Que droga amigo, sinto muito. – disse abraçando ele.

― Tudo bem, a Gemma pode ter ganhado essa batalha mas eu vou ganhar essa guerra. – ele rebateu.

― Ta bem, gato calma, eu conheço esse olhar. – ele estava com raiva.

― O que seria de mim sem você? – ele disse aliviado.

― Sorte sua que você nem vai precisar saber. – sorri para ele.

Senti uma vontade de abraça-lo e foi isso que eu fiz, era estranho, mas segurei em seu rosto e o beijei, não foi um beijo falso, e nem forçado. Eu o beijei de verdade, lentamente e carinhosamente, envolvendo minha língua na dele e mordendo seu lábio no final.

― Nossa. – dissemos juntos e vi ele ficar vermelho.

[...]

Depois do Harry e a Gemma terem destruído o chá de panela da Anne, eu e ele estávamos deitados na cama prontos para ver o filme se a mãe dele não tivesse me expulsado de lá. O Harry estava se sentindo péssimo com tudo isso e eu não queria deixa-lo sozinho nessa. Depois de conversamos e ele desabafar eu estava me despedindo.

― Não importa o que sua mãe acha. Eu sou sua família. – disse a ele que sorriu de canto.

― Eu sei. – ele respondeu com lagrimas nos olhos. – Eu tenho tanta sorte.

Nos entreolhamos e nos abraçamos forte, era incrível a ligação que tínhamos e sentia que isso ia além do que eu imaginaria.

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⏰ Última atualização: Jul 04, 2015 ⏰

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