the alchemy | season 1

Fresh out the slammer, I know who my first call will be to.

Agosto

México City, México — 00:40am.

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As sutilezas da vida eram mesmo imprevisíveis. Um enigma sublime que se desdobrava em acontecimentos surpreendentes, uma montanha-russa de lições, provocando tanto os picos quanto os vales das emoções. Dúvidas, euforia, angústias, raiva. No entanto, o futuro, com sua sabedoria paciente, sempre explicava o passado, revelando que os propósitos estavam implícitos. E, enfim, chegara a fase dessa revelação. A reconstrução depois da guerra, a purificação dos ares, a chuva que caía e lavava as ruas, deixando-as limpas dos vestígios da dor.

Liberta da prisão daquele manicômio emocional em que fora lançada, Taylor respirava o ar fresco e imaculado, o sol ainda irradiando sobre sua cabeça, mesmo após ter deixado o paraíso natural de Hamptons. Sua energia estava revigorada, pronta para enfrentar a agitação dos dias posteriores.

Em seu íntimo, quando vivenciou uma despedida lenta e relutante com o tight-end em um aeroporto privado de Nova York, deixando-o partir para seu voo de volta a Kansas City, ela pressentiu que aquele momento marcaria o início do fim de sua história. Seria irracional esperar que ele continuasse enviando mensagens e ligando com a mesma frequência de antes, apenas para manter sua presença em sua vida.

Mas ele o fez.

E se entrelaçou tão profundamente na vida dela que a mulher não conseguia mais ver as cores vermelho e dourado sem relacioná-las ao tradicional uniforme do Kansas City Chiefs. Fazia careta para lanches com maionese, sabendo o quanto ele os detestava. Ria durante os ensaios técnicos para os shows no México, lembrando-se de suas conversas e de como ele imitava o jeito de falar do pai. Ocasionalmente, soltava novas gírias importadas diretamente dos lábios do tight-end. Além disso, começou a consumir conteúdos sobre esportes, sentindo-se frustrada por não poder acrescentar comentários pertinentes durante seus relatos.

Ainda se falavam até altas horas da madrugada e, agora, com muito mais liberdade, compartilhavam confissões mais íntimas. Ela estava descobrindo novas facetas sobre o jogador de futebol: seus gostos, manias, rotina, figuras de seu círculo de amizade, histórias familiares, a pessoa por trás daquele charme, energia selvagem e piadas infinitas.

Esse contato constante apenas fez crescer a saudade que florescia dos dias encantados em Hamptons. Travis a tratou como uma princesa, sendo incrivelmente cavalheiro e atento a cada detalhe para agradá-la. A brutalidade previamente associada à ele, no entanto, o homem reservava para os momentos de paixão ardente, algo que, em segredo, Swift adorou descobrir que apreciava. Todos esses detalhes a faziam ansiar pelo reencontro dos dois, embora não houvesse previsão alguma para tal.

Taylor estava conduzindo bem a situação porque, honestamente, limitá-los a um caso passageiro seria um desperdício, dado o vínculo saudável que haviam construído.

Ela sorria, satisfatoriamente orgulhosa de si mesma pois, mesmo após se entregarem à intimidade e compartilharem momentos mágicos em Nova York, não sucumbiu à ansiedade angustiante que tantas vezes a havia dominado. Não se preocupou tanto se ele gostava dela, ou com o futuro incerto entre eles; tudo fluía suavemente, claramente, trazendo-lhe uma serenidade há muito almejada. Finalmente, ela estava superando a precipitação de se apaixonar perdidamente, cegamente, tão rapidamente.

Afastar-se daquela atração problemática por artistas realmente a fizera bem.

Atração essa, aliás, que começava a se desvanecer apenas como uma experiência traumática em suas lembranças. Não havia mais pesares agudos, revivendo dolorosamente os momentos passados e questionando os caminhos tortuosos que os levaram ao fim. Agora, restava apenas um ressentimento amargo, lamentando o tempo perdido ao tentar se ajustar às expectativas alheias, carregando fardos que não eram seus, assumindo pecados que não foram cometidos por suas mãos, enquanto era deixada para ser crucificada sozinha.