Outubro
Los Angeles, Califórnia — 01:30pm.
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As paredes do luxuoso quarto de hotel em Beverly Hills eram pintadas pelo dourado suave da luz do sol, que se insinuava pelas cortinas de seda, marcando as nuances do dia. Envolta em um roupão branco de tecido fino, Taylor estava sentada na cadeira reclinável diante do espelho, onde seu reflexo era exibido como uma obra de arte em processo de aprimoramento, o penteado ondulado que se formava em seus cabelos loiros destacava os traços únicos de seu rosto, que por sua vez, estavam reforçados por uma camada delicada de maquiagem, sobressaindo apenas seu clássico delineado afiado. Um visual que oscilava graciosamente entre a elegância serena e o divino angelical.
Seus dedos deslizavam casualmente sobre a tela do celular, os olhos vagando distraídos pelas páginas digitais, em busca de algo e nada ao mesmo tempo. Havia um compromisso grandioso à sua espera, mas a manhã, curiosamente, fluía em paz, como a calmaria que antecede o furor de uma tempestade – não qualquer tempestade, mas aquela que vem carregada de luzes, câmeras e o clamor da multidão. A cantora, envolta na serenidade desse instante raro, parecia estar em um casulo, protegida do alvoroço iminente.
Enquanto o cabeleireiro continuava seu ofício, moldando cada fio dourado com a precisão de um escultor, o ambiente mantinha-se em um silêncio repleto de expectativa, o tipo de silêncio que antecede o momento em que ela se encontraria frente a frente com os olhos de seus fãs, na sala de cinema lotada, assistindo juntos à estreia de um trabalho que nascia diretamente de seu coração. Aquele filme, uma obra de amor e dedicação, era um tributo à conexão única entre a mulher que conquistara o mundo e as almas que a acompanhavam em cada verso, em cada passo, cada era, por mais de uma década.
O estalido firme dos saltos Jimmy Choo batendo sobre o assoalho de mármore quebrou o encanto silencioso, ressoando em toda a extensão do cômodo. Então, a figura imponente de Tree Paine surgiu da porta, trazendo consigo um arranjo de flores tão exuberante quanto o evento que se aproximava.
— Taylor. - chamou a publicista, sua voz baixa e firme, atraindo o olhar da cantora.
Nos braços da mais velha, um grandioso buquê de peônias vibrava em cores vivas, seu perfume suave já tomando conta do ar, enquanto um pequeno cartão branco repousava entre as pétalas de seda, como um adorno delicado e enigmático.
— Oh! Que lindas! - a cantora exclamou, um brilho de surpresa e encantamento iluminando seu rosto. Largou o celular no móvel improvisado como uma penteadeira à sua frente e, com as mãos ávidas, acolheu as flores cuidadosamente, compreendendo a delicadeza daquele presente. Seu olhar não demorou a cair sobre o cartão e, com uma curiosidade que dançava em seus dedos, resgatou-o dentre o arranjo.
Ela não se surpreendeu ao ver o remetente, mas o conteúdo, ah, o conteúdo fez seu coração derreter.
"Já que não posso demonstrar o meu orgulho e admiração por você pessoalmente, tentarei fazê-lo de outra maneira. Você é a pessoa mais dedicada e multi-talentosa que eu conheço, uma raridade dos deuses. Espero que esse dia seja tão especial quanto você merece, amor."
O tempo, de repente, pareceu suspenso no ar. Cada palavra daquele cartão se gravava em sua mente como o mais lindo dos poemas. Ela leu e releu, absorvendo toda a profundidade daquele gesto tão simples, mas tão carregado de afeto.
Um sorriso bobo então brotou em seus lábios, uma fotografia de felicidade pura, que ela sabia que guardaria em suas memórias para sempre. Era mais que um presente; era um lembrete tangível do quanto Travis a admirava e amava. A doçura dele, sempre tão atento e cuidadoso, a fazia questionar se realmente estava vivendo a realidade, ou se, por acaso, havia caído em um sonho de amor.
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the alchemy | season 1
FanficIsso acontece uma vez a cada várias vidas; a maior estrela da indústria musical se apaixona pelo melhor tight-end da liga de futebol americano.