Capítulo 7

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— Maldição. — grunhiu Slade baixinho observando os machos debaixo de um arbusto onde se escondia. Sua audição foi útil quando os ouviu traçar seus planos. Estavam com Trisha. Raiva o golpeou e ele lutou contra a vontade de pular dentro do campo e matar a todos eles.
Não eram os mesmos homens que os tiraram da estrada. Isso significava que mais humanos tinham se juntado à busca por ele e pela doutora. Preocupava-o não saber quantos eram. O acampamento montado também o alarmou. Tinham feito uma base em pouco tempo, o que queria dizer que eram organizados, e o perigo crescia exponencialmente.
— Calma. — ordenou sua mente em um sussurro baixo. Eles estavam em maior número, tinham mais armas do que ele, e a que conseguiu não seria muita coisa se um daqueles humanos usasse Trisha para fazê-lo derrubar sua arma e isso funcionaria. De jeito nenhum permitiria que atirassem nela sem que tentasse impedir. Mesmo se isso significasse se livrar da própria arma e enfrentá-los sem nada.
Não conseguiria alcançá-la a tempo para garantir que eliminasse todas as ameaças. A segurança dela era o mais importante para si. Teria que usar suas habilidades e matá-los um por um. Atacar o acampamento com todos eles em volta dela seria um último recurso. Tentaria salvá-la mesmo com todas as probabilidades desfavoráveis do seu lado se decidissem matá-la. Seria suicídio para ambos. Um último recurso.
Ouviu quando os homens planejaram ir atrás do humano ferido e dele. Um plano começou a se formar. O homem com olhos cheios de luxúria morreria primeiro se os outros o deixassem sozinho com sua mulher. Slade sabia que o homem tentaria tocar a doutora. Isso não iria acontecer. Não enquanto ainda respirasse.
Não encontrariam o homem que procuravam. Um sorriso curvou seus lábios quando decidiram que o homem não era confiável para não molestar Trisha. Isso mostrava que tinham alguma inteligência. Quando dois homens deixaram o acampamento ele se levantou, pronto para atacar, mas então parou, observando a cena abaixo.
O homem vigiando Trisha lhe deu comida e bebida. Não parecia ameaçador. Precisavam dela viva, acreditavam que suas habilidades como médica eram necessárias, e ela poderia ficar mais segura ali, ao lado dele do que ao seu lado enquanto ele eliminava as ameaças.
Ficou cheio de indecisão. Farejou o ar, mas não sentiu nenhum humano estranho na área. Não significava que não estivessem pertos, contudo, e que pudessem aparecer em breve.
O vento atormentava seu nariz com a poeira. Prendeu o olhar em Trisha. Ela comeu e bebeu com calma. O cara vigiando-a não era ameaçador nem olhava para o seu corpo de um jeito que indicasse alguma intenção maliciosa. Parecia esperar o bastante para saber que machucá-la quando precisavam dos seus talentos médicos não seria condizente. O imbecil que tinha puxado seu cabelo pagaria muito por feri-la. Queria matá-lo primeiro por aquela ofensa. Quanto mais cedo, melhor.
Por enquanto ela parecia a salvo e se outros humanos voltassem ao acampamento, o homem que a vigiava sabia do seu valor. Levaria um tempo antes que percebessem que não precisariam de um médico. Não podia escondê-la em algum lugar, deixá-la para ir atrás dos machos que se tornaram uma ameaça a ela, e não se preocupar se seria encontrada outra vez. Olhou com raiva para o que a vigiava.
O cara parecia entediado, mas também não parecia ávido para se mexer. Slade deslizou de volta para a terra, com cuidado de se manter baixo quando começou a seguir o homem mais velho que tinha ousado puxar o cabelo da doutora, e seu sangue ferveu de raiva. O macho pagaria por lhe causar dor. Pagaria um preço alto.
* * * * *
O silêncio ficou terrível. A brisa soprava e as árvores sussurravam no vento. Trisha ouviu pássaros à distância. Estava sentada sob o sol quente desejando uma sombra. Também precisava usar o banheiro. Quando sua bexiga estava prestes a explodir ela virou a cabeça e olhou para Bill.
— Tenho que usar o banheiro, por favor.
Ele piscou.
— Tudo bem. De qualquer jeito, você é pálida demais para ficar nesse sol. É muito fácil ficar desidratado se a sua pele queimar feio. Estava pensando em tirá-la daí.
— Posso levantar, então?
Ele assentiu.
— Vê a árvore ao lado da barraca? Faça detrás dela. Eu quebrarei suas pernas se tentar fugir de mim. Não é uma ameaça da boca para fora. Não precisa delas para costurar Pat. Vá atrás da árvore, faça o seu negócio, e pode ficar desse lado da árvore, debaixo da sombra. Fui claro o bastante?
— Como um cristal. Obrigada. — Trisha se colocou de pé. Seu corpo tinha ficado dormente em lugares que dolorosamente acordaram quando se lembrou de mancar em direção à árvore. Teve que se abaixar para passar por um dos galhos mais baixos e não havia muita privacidade, mas ela não tinha escolha. Abriu a calça, abaixou-se, e rapidamente fez o que tinha que fazer antes de se levantar. Caminhou de volta ao redor da árvore. Bill bloqueou seu caminho.
Não o tinha ouvido se mover em sua direção. Levantou os olhos. Bill era um homem fortão não muito alto. Tinha linhas duras no rosto de muitos anos no sol e sua pele era de um marrom claro envelhecido. Ele franziu o cenho.
— Eu estou cansado. Não consegui dormir muito essa noite então isso é o que vamos fazer. Volte para aquela árvore. Quero que fique com as costas nela.
Trisha o olhou com medo. O que ele ia fazer? Tinha um pressentimento que seria algo realmente ruim.
— Vou amarrá-la na árvore para poder dormir. Isso é tudo. Vou dormir a uma curta distância de você para poder ouvir qualquer barulho que fizer. Você acabou de comer, de usar o banheiro e de beber. Vai ficar na sombra e não está frio. Vai ficar bem. Agora volte antes que eu a leve à força.
Não era como se tivesse escolha. Bill era um homem bem maior. Ele parecia ser o tipo de imbecil que ninguém queria acabar enfrentando em uma briga de bar. Não era muito alto, mas tinha aquela aparência sinistra que dava a impressão de que cortaria a garganta de um homem em um segundo. Ela assentiu e recuou lentamente até a árvore para olhá-lo com medo.
— Estenda os braços e segure nos galhos, braços abertos.
— Não posso ficar sentada?
— Eu disse — ordenou ele baixo — estenda os braços e segure nos galhos. Não estava perguntando. Estou mandando e não vou me repetir. Pode fazer o que eu disse ou posso mudar seu modo de pensar. Seria uma lição dolorosa. Entende-me?
Ela levantou os braços para agarrar os galhos bem acima da cabeça. Viu o homem colocar a mão no bolso de trás e tirar uma bandana que provavelmente usava para limpar o suor do rosto. Aproximou-se bem perto dela. Usou a bandana para amarrar seu pulso, prendendo-o ao galho.
Ele fedia e precisava de um desodorante. Acima de tudo sentiu cheiro de álcool, misturado com o fedor nojento de tabaco mastigado. Prendeu o fôlego o máximo que podia enquanto ele amarrava algum tipo de pano áspero em seu outro pulso. Amarrou-o apertado. Ele recuou e finalmente o fedor horrível passou. Bill a encarou, assentiu, e então virou as costas e caminhou até a barraca. Trisha olhou para os braços presos. Ele tinha prendido duas bandanas diferentes em seus pulsos e nos galhos finos. Ela os puxou, mas pouco se moveram, provando que não havia jeito de que pudesse se libertar. Praguejou baixinho e repuxou as bandanas, tentando ver se ele havia deixado algum espaço para que pudesse deslizar a mão. Ele tinha amarrado muito forte.
Bill saiu da barraca carregando um saco de dormir e um travesseiro consigo. Ele a olhou antes de jogar o saco no chão a alguns metros de onde ela estava.
Ela achou que ele era ao menos decente já que lhe ofereceu comida e bebida, mas isso foi antes de amarrá-la, como um espantalho, em uma árvore. Depois de um tempo suas pernas ficariam bem cansadas.
Ele se esticou de costas em cima do saco de dormir, encarando-a, e colocou a arma sobre o peito. Ela avistou uma faca de caça saindo de uma bota quando ele cruzou as pernas. Ele empurrou o travesseiro detrás da cabeça e fechou os olhos.
Trisha trocou de posição. Suas pernas doíam e os braços pareciam que iam despencar. Ficou nas pontas dos pés para nivelas os braços com os ombros. Isso fez com que o sangue circulasse pelos seus membros superiores, mas os seus dedos doeriam e teria que voltar à posição que estava anteriormente. Girava a cabeça de vez em quando. Tentou dormir, mas toda vez que cochilava suas pernas cediam, fazendo com que seus braços doessem pelo peso em cima deles. O tempo se arrastava.
Algo fez barulho na floresta. Bill acordou instantaneamente, virou-se de barriga, e apontou a arma na direção que o som tinha vindo.
Chocada, Trisha o fitou. Um pássaro voou de uma árvore naquela direção. O homem sobre o estômago suspirou, rolou de volta ao lugar e a olhou com raiva.
— Tenho o sono leve. Pare de suspirar. Estou me cansando disso.
Ele fechou os olhos de novo e descansou a arma de volta no peito.
Não pode estar realmente dormindo. Trisha fitou o seu peito, observou-o se erguer e abaixar lentamente.
O som que o pássaro tinha feito era tão baixo que ela mal o ouviu, mas o homem aos seus pés saltou como se algo tivesse se lançado em cima dele. Ele até tinha apontado a arma na direção certa. Se ele fingia dormir então saberia qualquer som que fizesse. Sua fraca esperança foi para o brejo. Estaria bem melhor se tivessem deixado Tom com ela. Um homem babando em seus seios parecia uma melhora em comparação a ser amarrada a uma árvore.
* * * * *
A dor a despertou e ela grunhiu. Seu corpo pendurado, todo seu peso nos pulsos, e doía. Trisha lutou contra as lágrimas. Colocou todo o peso nos pés e ficou na ponta dos dedos. Isso aliviou toda a tensão de seus pulsos e o sangue voltou a circular pelos seus braços enquanto estudava o céu. Ficou amarrada à árvore a maior parte do dia. O sol tinha descido no céu. Ela olhou para o homem no chão para achá-lo encarando-a.
Não soube dizer ao certo, mas achou que sua atenção estava concentrada em seu estômago.
— Está acordado — disse baixinho. — Posso sentar agora? Por favor?
Ele sentou e observou o seu rosto, franzindo o cenho até abaixar a arma ao chão ao lado do saco de dormir e ficar de pé. Afastou-se dela e foi até a barraca.
Trisha levantou o queixo para fitar o céu. Bastardo. Tinha que saber que estava com dor e desconfortável. Precisava usar o banheiro de novo também. Ouviu-o voltar e olhou para o walkie-talkie que tinha em uma mão.
— Bill aqui. — falou. — Base?
— Ei, Bill — uma voz de homem respondeu. — Pode falar.
— Ainda não os encontramos. — Bill observou Trisha e colocou um dedo na boca indicando que ficasse quieta. — Estamos na seção vinte e dois. Alguém teve mais sorte?
— Não até agora — a voz estava cheia de estática. — Vocês são os que vão mais longe.
— Os outros não estão vindo?
— Não. Só vocês. Por que Tom não está ligando?
— Ele está com dor de barriga. O garoto está passando mal. Ligamos outra vez pela manhã. Câmbio e desligo. — Ele desligou o aparelho. — Não encontraram seu amigo animal ainda. — Ele jogou o walkie-talkie no travesseiro. — Já descansei e estou pronto para entrar em ação. Eu quis garantir que ninguém estivesse na área e agora tenho certeza que só somos nós dois.
O estômago de Trisha fritou quando ela engoliu. Não se sentiu confortável com o jeito que ele disse aquilo ou com o jeito que seu olhar varria o seu corpo. Sua expressão maliciosa subiu lentamente até encontrar a sua, temerosa.
— Você é uma linda mulher. É uma dessas vadias de coração grande e a favor dos direitos dos animais, não é? Ama os animais, garotinha? — Ele baixou as mãos e abriu o cinto, o olhar preso ao dela. — Não queria Tom com você porque o garoto não sabe o que fazer com uma mulher.
— Oh Deus — gemeu Trisha, observando-o tirar o cinto da calça enquanto agarrava a fivela na mão. Seu olhar foi ao dele. — O que quer que esteja pensando em fazer, por favor, não faça.
— Cale a boca ou lhe dou uma surra de cinto. Odeio gritos. Entende-me? Não precisa de uma língua para cuidar de Pat quando Tom arrastar o traseiro dele de volta aqui. Ele é um idiota e tenho certeza que temos algumas horas antes deles voltarem. Ele não conseguia achar a própria bunda sem que alguém apontasse. Eu corto sua língua se gritar.
Bill derrubou o cinto no saco de dormir e desceu a mão. Tirou uma enorme faca de caça da bota direita. Olhou para ela e deixou o dedo traçar um dos lados da lâmina de dois lados. O lado de trás tinha uma serra. A lâmina tinha que ter uns trinta centímetros. Trisha a fitou em horror. Ele a ergueu e lhe sorriu com frieza.
— Diga que é uma vadia de coração mole, uma idiota que luta pelos direitos dos animais. Exatamente assim.
Ela se sacudiu de terror. Abriu a boca, mas nada saiu. Puxou com força os pulsos, frenética, mas as bandanas seguraram. Tentou recuar, mas a árvore não cedia.
— Diga: “Eu sou uma amante dos animais, uma vadia de coração mole que é uma idiota” — exigiu baixinho. — Agora.
— Eu sou uma amante dos animais, uma vadia de coração mole que é uma idiota. — sussurrou Trisha.
Um sorriso rachou seus lábios.
— Boa garota. — ele deu um passo quando agarrou a faca no punho. Ele agarrou sua calça e levantou a cabeça. — Tire os sapatos.
— Preciso usar as mãos para tirá-los. — mentiu. Sua voz vacilava.
— Tire com os pés agora, ou… — Ele trouxe a lâmina mais perto até a ponta tocar seu seio e empurrou até encostar na área bem abaixo do seu mamilo.
— Oh meu Deus — ofegou Trisha, pânico total a envolvendo. — Tudo bem. — Usou um pé para tirar o sapato do outro. Este caiu. Mudou de posição, usando os dedos dos pés, e conseguiu tirar o segundo.
— Deus não está aqui garotinha.
Bill se moveu de repente, tirando a faca de seu seio e empurrando-a na direção do seu rosto. Ela viu a lâmina se aproximando e um grito rompeu de sua garganta. Jogou a cabeça para o lado. Esperava que a lâmina perfurasse seu rosto, mas não. A dor esperada não veio. Ouviu-o rir. Virou a cabeça para ver a faca presa no tronco da árvore ao lado do seu rosto. Sua orelha roçou no metal frio.
As mãos dele foram brutais quando puxaram a calça. Ele a abriu e a desceu bruscamente pelo seu corpo. Segurou sua calcinha com os dedos e desceu com ela pelas suas pernas. Quando chegou nos calcanhares simplesmente deu um puxão para removê-las. As pernas de Trisha foram levantadas quando ele fez isso e ela gritou de novo. A dor dilacerou seus ombros e pulsos quando todo o seu peso se concentrou neles.
Ele se levantou e a fitou enquanto lutava para ficar de pé de novo para aliviar um pouco da dor em seus braços. Estava nua da cintura para baixo e sabia que ele planejava estuprá-la. Virou a cabeça e rezou quando uma mão se fechou em seu cabelo.
— Olhe para mim, vadia adoradora de animais. — cuspiu ele.
Trisha choramingou da dor que a infligia. Ele virou sua cabeça puxando seu cabelo até que não tivesse escolha a não ser olhá-lo. Ele sorriu, o sorriso mais frio que já viu.
— Quando os garotos voltarem, isso nunca aconteceu. Eu mesmo a matarei se disser a eles e não será uma morte rápida. Entendeu? Não vou arriscar um desses imbecis bocões encherem a cara, soltarem essa e a minha esposa ficar sabendo. Eu vou dizer que você tentou fugir se não fizer o que eu mando e do jeito que eu mando. Vou te cortar inteira enquanto ainda respira. Ouviu-me, garotinha? Faça o que eu mando ou não vai viver até de manhã. Conte a algum deles o que estamos prestes a fazer e me implorará para morrer quando tiver acabado com você. — Piscou. — Inferno, se contar, eles também podem querer fazer o mesmo com você. — Ele soltou seu cabelo e riu. — Pensando bem, eles não vão poder abrir o bico se também fizerem. Podíamos dar uma festa com a vadia-amante-de-animais.
— Por favor, não. Eu tenho dinheiro. Posso pagar o que quiser. Só por favor...
Ele a bateu com força. Dor a golpeou quando explodiu da bochecha à mandíbula. Grunhiu. Seus ombros sofreram em agonia quando os joelhos cederam sobre o seu peso. Lutou para não ficar inconsciente e conseguiu. O mundo girava, contudo, e o gosto metálico de sangue enchia sua boca. Colocou o peso de volta nos pés.
Mãos estavam em seu peito. O imbecil puxou sua camiseta para cima e passou-a por sua cabeça. Ele a deixou em sua nuca, onde ficaria presa e longe do caminho. Não poderia tirá-la sem desamarrá-la ou cortá-la inteira. Suas mãos estavam muito presas para se soltarem quando desesperadamente tentou fazer exatamente isso. A camisa se moveu quando lutou e parte do tecido deslizou para frente, passando por trás da cabeça quando baixou o queixo. Bill praguejou e agarrou sua camisa de novo para juntá-la inteira em sua nuca e mantê-la lá. Mãos agarraram a frente do seu sutiã e puxaram com força, fazendo o material rasgar. Ele empurrou os bojos de lado.
— Você é mais bonita do que a minha esposa já foi antes da vadia ter seis filhos. — Ele agarrou sua cintura brutamente. — Aposto que é bem apertada também. Não tem nenhuma estria. Não teve filhos. Posso dizer pelos seus peitos.
A tontura passou. Trisha se recuperou lentamente do tapa. Cuspiu sangue nele. Iria estuprá-la de qualquer forma.
— Vá se foder, imbecil.
Ele agarrou sua garganta. Trisha só conseguiu fita-lo em horror enquanto sua mão lhe apertava dolorosamente o pescoço. Ele parecia absolutamente lívido quando foi se aproximando até que estavam com os narizes quase se tocando.
— Acha que é boa demais para mim, garotinha? Acha que pode chamar nomes comigo? Aposto que queria ter segurado a língua agora. — Ele respirou profundamente. — Quer respirar? Isso é bom. Está ficando azul, vadia. — Sua mão a soltou.
Trisha ofegou e engasgou. Olhou-o quando ele desceu a mão e desabotoou a calça devagar. Ele assentiu para ela e então a soltou até os tornozelos para revelar que usava uma cueca branca. Agarrou-a e também a deixou na altura dos tornozelos. Agarrou seu pênis ereto e começou a se masturbar devagar. Trisha se encheu de nojo.
— Vê o que vai ganhar, garotinha? Vou conhecer cada orifício seu. Cada um. Acha que pode chamar nomes comigo com essa boca? Tente chamar quando estiver enterrado na porra da sua garganta, vadia.
— Prefiro morrer. Mate-me logo! — Gritou para ele. — Você é uma porra de um perdedor. Não passa de um estuprador nojento. — Esperava que perdesse o controle e a matasse. Preferia morrer a ter que viver depois que a tocasse. — E isso é altamente patético, a propósito. Eu sou médica e já vi vários deles. — provocou-o. — Patético! — gritou.
O rosto dele ficou vermelho e ele urrou em fúria quando se jogou em cima dela. Trisha ficou tensa e só conseguiu apoiar as costas no tronco enquanto tentava chutá-lo com as duas pernas. Seus ombros e pulsos berravam de dor, mas conseguiu atingi-lo. Suas pernas se encheram de dor quando entrou em contato com o corpo dele. Estava mirando em sua virilha, mas bateu em suas coxas.
O homem furioso não caiu, mas deu uns quatro passos para trás, quase caindo por conta da calça em volta dos tornozelos, mas permaneceu em pé.
— Sua vadia maldita! — gritou ele. — Quer jogar duro? Acha que pode me chutar nos ovos e não pagar por isso? Vou te machucar tanto que vai me implorar para te matar e é isso que eu vou fazer.
Ele se jogou nela de novo. Viu-o levantar o punho e sabia que não poderia evitá-lo.
Seu último pensamento foi que ele podia feri-la o bastante para que apagasse e então não estaria consciente enquanto a estuprava. Se sobrevivesse. Duvidava que sobrevivesse. Só não queria estar acordada quando ele a ferisse e a matasse.

Slade - novas espécies 2 - Laurann DohnerOnde histórias criam vida. Descubra agora