Capítulo 2 -

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Mário estava nervoso. Ele havia combinado de fazer o trabalho de escola com Marcelina, e agora estava em frente à casa dela. Respirou fundo, tentando acalmar os nervos, e tocou a campainha.

Logo em seguida, a porta se abriu e Paulo apareceu, com um olhar curioso.

- O que você está fazendo aqui, Mário?- Paulo questiona.

Mário engoliu em seco antes de responder.

- Eu combinei com a Marcelina de fazer o trabalho de escola hoje.- Mário diz nervoso.

Paulo deu de ombros e abriu mais a porta para que Mário pudesse entrar.

-Ah, entendi. Entra aí. Mas a Marcelina ainda não chegou em casa. Ela deve estar na casa da Maria Joaquina.- Paulo fala se sentando no sofá.

- Ah, tudo bem. Vou esperar aqui então.- Mário diz se sentando.

Paulo assentiu e voltou para o que estava fazendo antes, mas logo voltou com um olhar malicioso.

- Ei, Mário, deixa eu te perguntar uma coisa. Você tá começando a gostar da chata da minha irmã Marcelina? - Paulo questiona.

Mário ficou vermelho e balançou a cabeça rapidamente.

- Não, nada a ver! Só estou esperando ela para fazer o trabalho que a gente combinou. - Mário diz.

Paulo riu, percebendo que tinha deixado Mário desconfortável.

- Relaxa, cara. Só tô brincando. Mas me diz uma coisa, você toparia fazer uma aposta?-Paulo diz sorrindo.

Mário olhou para Paulo, intrigado.

- Uma aposta? Que tipo de aposta? - Mário retruca.

Antes que Paulo pudesse explicar a aposta, a porta da frente se abriu novamente e Marcelina entrou.

- Oi, Mário! Você chegou cedo. - digo sorrindo.

- Oi, Marcelina. Estava só esperando você. - Mário sorri de volta.

-Vem, vamos pro meu quarto fazer o trabalho.- digo puxando ele.

Enquanto Mário seguia Marcelina, Paulo chamou sua atenção.

- Ei, Mário, depois a gente termina aquela conversa, tá? - Paulo diz sorrindo malicioso.

Marcelina olhou curiosa, mas resolveu não dar importância.

-O que vocês estavam conversando?- digo curiosa.

- Ah, nada demais.- Mário diz nervoso.

Marcelina deu de ombros e os dois subiram as escadas. Paulo ficou na sala, sorrindo, já pensando na aposta que faria com Mário depois.

(.....)

No quarto de Marcelina, Mário começou a tirar os materiais da mochila e a falar sobre suas ideias para a feira de ciências.

- Então, eu estava pensando que a gente poderia fazer um experimento sobre a reação química entre bicarbonato de sódio e vinagre. Poderíamos construir um vulcão de papel machê e demonstrar a erupção. - Mário diz pensativo.

Marcelina estava mexendo no celular, parecendo distraída.

- Marce, você está prestando atenção? - Mário questiona.

Marcelina levantou os olhos do celular, um pouco surpresa.

- Sim, estou. Eu adorei a ideia do vulcão! - Marcelina diz sorrindo.

- O que você tanto olha no celular, Marcelina?- Mário questiona.

- Ah, estou conversando com o Daniel. Ele também está dando algumas ideias para o nosso trabalho.- Marcelina deu de ombros.

Mário sentiu uma pitada de ciúmes, algo que nunca havia acontecido antes. Ele ficou pensativo, seus pensamentos embaralhados.

- O que houve, Mário?- Marcelina questiona.

-Não foi nada. Estava só pensando sobre as coisas do trabalho.- Mário deu de ombros.

Marcelina sorriu e colocou o celular de lado, dando mais atenção a Mário.

- Você gosta de alguém, Mário? - Marcelina diz sorrindo.

Mário estranhou a pergunta e hesitou.

-Eu? Não, não ligo muito para essas coisas.- Mário diz pensativo.

Marcelina sorriu e sussurrou baixinho, quase para si mesma.

- Então você vai começar a ligar.- marcelina sussurra baixinho.

Ela continuou a trabalhar no projeto, enquanto Mário tentava processar o que ela tinha acabado de dizer, seu coração batendo um pouco mais rápido.

(.....)

-Bom, Marcelina, eu já vou indo. Terminamos o resto do trabalho outro dia. Está muito tarde.- Mário diz se levantando.

- Foi muito legal fazer o trabalho com você, Mário.- Marcelina diz sorrindo.

Mário deu um abraço em Marcelina e saiu do quarto. Quando desceu as escadas, Paulo o chamou.

- Ei, Mário, vamos terminar aquele assunto agora?- Paulo fala sorrindo.

- O que você quer falar, Paulo? Já está ficando tarde.- Mário diz olhando o relógio.

Paulo se aproximou com um sorriso travesso.

-A aposta, lembra? Se você conseguir fazer a Marcelina se apaixonar por você até o final do trabalho, eu te dou minha mesada por um mês.- Paulo diz sorrindo maliciosamente.

-O quê? Fazer a Marcelina se apaixonar por mim? Isso é meio... louco, Paulo.- Mário diz surpreso.

- Vai ser divertido, Mário. E quem sabe, talvez você consiga. Topa? - Paulo insiste.

- Não sei, Paulo. Isso parece... complicado.

- Ah, qual é! É só uma aposta, Nada demais. - Paulo diz dando de ombros.

- te dou a resposta amanhã, pode ser ? - Mário diz pensativo.

- combinado, pensa bem. - Paulo retruca.

Mário saiu da casa de Marcelina, ainda tentando processar o que tinha acabado de acontecer. O caminho para casa parecia mais longo do que de costume, e ele não conseguia tirar a aposta da cabeça.

o melhor amigo do meu irmão - Marilina Onde histórias criam vida. Descubra agora