Capitulo 4 -

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Era mais um dia de aula na Escola Mundial, mas algo parecia diferente no ar. A professora Helena estava de pé em frente à lousa, seu rosto iluminado por um sorriso entusiasmado.

— Pessoal, tenho uma novidade para vocês — anunciou, ganhando imediatamente a atenção de toda a sala. — Nós vamos fazer um acampamento!

Os alunos começaram a murmurar entre si, animados com a ideia. Todos, exceto Maria Joaquina, que cruzou os braços e fez uma careta.

— Acampamento no mato? — disse Maria Joaquina, sorrindo ironicamente. — Isso é uma péssima ideia. Vou me sujar toda!

Enquanto a sala se dividia entre animação e reclamações, a porta se abriu de repente. Paulo e Alícia entraram juntos, ambos com os rostos corados e sorrisos enigmáticos. Todos os olhares se voltaram para eles.

— Por que vocês demoraram tanto? — perguntou Laura, curiosa.

Os meninos, por sua vez, começaram a provocar Paulo.

— O que foi, Paulo? Finalmente conseguiu um beijo? — disse Jorge, rindo.

— Paulo e Alícia, hein? Que novidade! — brincou Davi, dando uma piscadela.

Paulo revirou os olhos, tentando não dar importância às provocações.

— Deixem de ser bobos — respondeu ele, impaciente.

— Silêncio, turma! — pediu a professora Helena, batendo palmas para chamar a atenção de todos. — Vamos falar sobre o acampamento.

Ela explicou que o acampamento seria uma oportunidade para todos aprenderem mais sobre a natureza, desenvolverem habilidades de sobrevivência e, acima de tudo, fortalecerem a amizade e o trabalho em equipe.

— Vamos passar três dias no acampamento e teremos muitas atividades divertidas e educativas — continuou Helena, seu entusiasmo contagiando a sala. — Quem está animado?

A sala estava fervilhando com a discussão sobre o novo acampamento. Todos os alunos falavam ao mesmo tempo, suas vozes se misturando em uma cacofonia de entusiasmo e ansiedade. No entanto, Mário não conseguia focar em nada do que estava sendo dito. Seus olhos estavam fixos em Marcelina, que conversava animadamente com algumas amigas do outro lado da sala.

Ela ria de algo que uma das meninas havia dito, e o som de sua risada parecia iluminar o ambiente para Mário. Ele suspirou profundamente, sentindo um aperto no peito. Não podia negar mais: estava apaixonado pela irmã de seu melhor amigo, Paulo.

Imerso em seus pensamentos, Mário não notou Paulo se aproximando até que sentiu um cutucão em seu braço.

- Ei, cara, acorda! Tá me ouvindo? - Paulo disse, franzindo o cenho.

Mário piscou, saindo do transe, e balançou a cabeça como se estivesse tentando clarear a mente

Paulo se inclinou mais perto, baixando a voz para um sussurro enquanto olhava de soslaio para Marcelina.

- Você não pode esquecer que tudo isso não passa de uma aposta. Você não pode se apaixonar por ela.- Paulo disse sussurrando.

Tentando esconder a confusão que sentia, Mário desviou o olhar de Marcelina e murmurou:

-Eu sei, Paulo. Eu sei.- Mário diz sussurrando.

Não deu nem tempo da sala terminar de discutir, a diretora Olívia entrou na sala já mandando todos ficarem em silêncio.

- Silêncio, alunos!- ela ordenou com firmeza, olhando para cada um de nós. -Vamos voltar ao assunto do acampamento.

Os murmúrios cessaram, e todos os olhos se voltaram para ela. A diretora Olívia nos encarou com um olhar sério.

-Quem acompanhará a nossa turma será a professora Suzana. - anunciou ela.

Um burburinho de murmúrios começou a se espalhar pela sala, crescendo rapidamente em volume. Valéria se levantou de repente, seu rosto vermelho de indignação.

-A diretora só pode estar louca de deixar a nossa turma com aquela louca. - exclamou Valéria, apontando o dedo para a frente.

- Valéria, esse tipo de comportamento é inaceitável.- disse a diretora Olívia com voz firme. -

- Se você não controlar seu temperamento e respeitar a autoridade, vou levá-la para a diretoria agora mesmo. Entendido -

o melhor amigo do meu irmão - Marilina Onde histórias criam vida. Descubra agora