capitulo 3 -

455 22 13
                                    

Paulo e Kokimoto estavam de pé ao lado do pátio, aguardando ansiosamente a resposta de Mário sobre a aposta contra Marcelina. Os dois mal conseguiriam conter as risadas antecipadas, já imaginando a diversão que teriam zombando da garota.

— E aí, Mário? Vai ou não vai? — provocou Paulo, com um sorriso travesso no rosto.

Mário, de olhos fixos no chão, estava perdido em seus pensamentos. Ele não era do tipo que se apaixonava facilmente, mas sabia que havia algo em Marcelina que o fazia sentir diferente. Mesmo assim, tentando não demonstrar qualquer dúvida, ele respondeu com firmeza:

— Aceito a aposta.

Paulo e Kokimoto explodiram em risadas. Já estavam planejando a próxima brincadeira quando Jaime apareceu, resmungando, com a testa franzida e uma expressão frustrada.

— O que foi agora, Jaime? — perguntou Kokimoto, ainda rindo.

— É a Maria Joaquina! — exclamou Jaime. — Ela é tão irritante! Sempre mandando em todo mundo... mas...

— Mas você gosta dela, não é? — Paulo interrompeu, com um sorriso malicioso.

Jaime corou, desviando o olhar.

— Claro que não! — disse ele, tentando soar convincente. — Ela é insuportável!

Enquanto isso, Mário continuava perdido em seus próprios pensamentos. Por que havia aceitado a aposta? Talvez fosse a pressão dos amigos, ou talvez fosse algo mais profundo que ele ainda não entendia. De qualquer forma, não havia como voltar atrás agora.

O som estridente do sinal ecoou pelo pátio, anunciando o início da próxima aula. Todos se dirigiram para a sala, com Jaime ainda resmungando e Paulo e Kokimoto trocando olhares cúmplices.

Ao entrarem na sala, depararam-se com uma lousa cheia de atividades. Jaime choramingava , enquanto Maria Joaquina já estava discutindo com Valéria sobre algum detalhe irrelevante.

— Mais uma aula longa pela frente... — murmurou Jaime, se jogando em sua cadeira.

Mário, ainda em silêncio, observava Marcelina do outro lado da sala. Ele sabia que a aposta era só uma brincadeira para seus amigos , mas para ele, começava a parecer algo muito mais sério.

(....)
A sirene tocou, sinalizando o fim da última aula do dia. Os alunos da Escola Mundial se levantaram rapidamente, ansiosos para aproveitar o intervalo antes de irem para casa. No entanto, a paz não duraria muito.

Valéria e Davi estavam no centro de mais uma discussão acalorada. Os dois se encaravam com olhares de desafio, enquanto seus amigos tentavam, sem sucesso, acalmá-los.

— Você sempre acha que tem razão, Davi! — exclamou Valéria, cruzando os braços com indignação.

— E você sempre exagera tudo, Valéria! — retrucou Davi, gesticulando com frustração.

Enquanto isso, Mário saiu da sala de aula calmamente, ignorando a briga habitual entre seus colegas. Dirigiu-se à cantina, comprou um lanche e sentou-se sozinho em um dos bancos do pátio. Precisava de um momento de paz após um dia de estudos intensos.

Pouco depois, Marcelina apareceu, avistando Mário sentado sozinho. Ela se aproximou, hesitante, mas determinada a resolver o que a estava incomodando.

— Mário, por que você está me evitando? — perguntou Marcelina, com um olhar curioso

Mário levantou os olhos do lanche e encarou Marcelina. Soltou um suspiro antes de responder.

— Eu não estou te evitando, Marcelina. Só estou focado nos estudos ultimamente.

Ao ouvir isso, Marcelina soltou uma risada espontânea e divertida, surpreendendo Mário.

— Focado nos estudos? — repetiu ela, com um sorriso brincalhão. — Desde quando você virou o exemplar da turma?

Mário sorriu, mas por dentro ainda estava lutando com o arrependimento de ter aceitado a aposta. Ele sabia que tinha feito a escolha errada, mas estava preso às consequências. Quando Marcelina notou a expressão pensativa dele, ela o questionou.

— Por que você está tão pensativo, Mário? — indagou ela, com uma expressão de preocupação.

Mário hesitou por um momento, antes de responder com um sorriso forçado.

— A aula estava um tédio, só isso — mentiu ele. Mas, ao longe, os gritos de Valéria, Davi e Jorge podiam ser ouvidos, a briga estava esquentando.

Já estressado com tantas brigas, Mário olhou nos olhos de Marcelina e tomou uma decisão impulsiva.

— Quer matar aula comigo? — sugeriu ele, com um brilho travesso nos olhos.

— Você está falando sério? — perguntou ela, ainda meio incrédula.

Mário assentiu, surpreso consigo mesmo por ter sugerido algo tão fora de seu habitual.

— Por que não? Podemos ir até a lanchonete e evitar toda essa confusão — sugeriu ele, tentando disfarçar sua própria surpresa.

Marcelina concordou com um aceno de cabeça, divertida com a ideia repentina.

— Está bem, vamos lá então — concordou ela, levantando-se do banco.

Com a sorte do seu lado, eles conseguiram sair da escola sem serem notados, já que Firmino e Graça estavam ocupados na sala da diretora.

________________________________

Ai gente a cena do beijo tá vindo viu

bjs da mah 🫶🏻.

o melhor amigo do meu irmão - Marilina Onde histórias criam vida. Descubra agora