capítulo 7-

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A manhã estava clara e ensolarada, perfeita para a trilha que os alunos do colégio Mundial fariam naquele dia. Os integrantes do time roxo estavam no meio do mato, suados e cansados, enquanto a diretora Olívia os guiava com entusiasmo.

– Vamos seus Marias moles, como vocês querem ser alguém na vida reagindo aos obstáculos dessa maneira? – falou a diretora Olívia, empurrando alguns galhos para abrir caminho. O suor escorria por sua testa, mas sua determinação era inabalável.

– Podia estar entrando em um shopping em Miami agora mesmo! – retrucou Jorge, cruzando os braços com desdém.

– Mas você está com os seus amigos – disse Jaime, dando um tapinha no ombro de Jorge.

– Amigos só que não, eu tenho que achar um jeito de me divertir – interrompeu Jorge, bufando de irritação.

– Eu não aguento mais andar e ouvir as reclamações de Jorge – falou Marcelina, olhando para Mário com um misto de cansaço e frustração.

Mário, sempre paciente, ria e concordava com a garota.

– Ele é assim mesmo, Marcelina. Mas a gente vai conseguir – disse Mário, tentando animá-la.

– Diretora, eu peguei esses gravetos para ajudar a fazer uma fogueira mais tarde – disse Mário, entregando os gravetos a Olívia

Mais à frente, Valéria resmungava com a expressão emburrada.

– Que injustiça ficar longe do Davizinho – resmungava Valéria, chutando uma pedrinha no caminho.

– Não é o fim do mundo, Valéria – falou Marcelina, tentando animar a amiga.

– Você só está feliz porque está no mesmo time que o Mário! – disse Valéria, lançando um olhar de reprovação para Marcelina.

Antes que a discussão pudesse esquentar, a diretora Olívia levantou a voz.

– Corram para o lago! Precisamos ganhar a primeira parte da gincana! – gritou Olívia, incentivando os alunos a se apressarem.

(......)

O time roxo já tinha atravessado o lago com sucesso, todos ofegantes mas satisfeitos com a conquista. No entanto, mal tiveram tempo de celebrar antes de ouvirem um grande estrondo e risadas vindo do outro lado do lago. Quando olharam, viram o time laranja descendo apressadamente a colina e indo de cara no lago, espalhando água para todos os lados.

– Olha só, e a Graça disse que nunca tinha ido a um acampamento! – exclamou a diretora Olívia com uma risada, observando a cena. – Vocês estão vendo?

– Mas diretora Olívia, alguém pode ter se machucado – retrucou Valéria, com os olhos fixos no lago. – Davi estava bem na frente, ele pode ter se machucado de verdade!

– Deixem pra lá, Valéria – respondeu Olívia, tentando esconder sua própria preocupação. – Temos que nos concentrar no nosso objetivo agora. Vocês fizeram um ótimo trabalho até aqui, mas a gincana ainda não acabou. Avante, time roxo!

Rapidamente, o time roxo se apressou para continuar a gincana. Correram com toda a energia que tinham e conseguiram colocar a bandeira no devido lugar, marcando a vitória da primeira etapa. Todos comemoraram com entusiasmo, gritando e abraçando uns aos outros.

notaram que o time laranja estava se aproximando, soltando sussurros de reclamação e claramente frustrados com o resultado.

Jaime, sempre pronto para provocar, não perdeu a oportunidade.

– Perdedores, perdedores! – cantou Jaime, com um sorriso malicioso no rosto. – Vocês até que tentaram, mas o time roxo é imbatível!

– Vocês ganharam a guerra, mas não a batalha! – gritou Paulo, cruzando os braços com um ar de superioridade. – Ainda temos muitas provas pela frente, e é aí que vamos mostrar quem é o verdadeiro campeão!

Marcelina, não conseguindo conter o riso, começou a rir do próprio irmão.

– Acho que tá ao contrário – comentou Carmen, sorrindo enquanto corrigia a frase de Paulo. – A guerra é maior que a batalha, sabe?

Enquanto o time roxo comemorava sua vitória, o monitor Allan apareceu na clareira, atraindo imediatamente a atenção das meninas.

– Olha, é o Allan! – exclamou Valéria, seus olhos brilhando de admiração.

– Ele é tão lindo! – disse Maria Joaquina, ajeitando o cabelo e se aproximando do monitor.

As meninas começaram a rodear Allan, fazendo várias perguntas ao mesmo tempo. Marcelina, sempre curiosa, foi a primeira a se manifestar.

– Qual sua cor preferida? – perguntou Marcelina, com os olhos fixos no monitor.

– Verde – respondeu Allan com um sorriso. – Gosto de como é a cor da natureza, das árvores e do campo.

Maria Joaquina, sem perder tempo, fez sua pergunta.

– Você gosta de estudar? – perguntou Maria Joaquina, com um olhar interessado.

Allan fez uma careta cômica, claramente indicando sua aversão aos estudos.

– Para ser honesto, odeio estudar – disse Allan, rindo. – Prefiro mil vezes estar ao ar livre, fazendo atividades como essas.

Laura, com sua habitual espontaneidade, apontou para o lanche que Allan segurava.

– Você vai comer seu lanche? – perguntou Laura, já estendendo a mão para pegar o sanduíche.

Antes que Allan pudesse responder, Laura pegou o lanche da mão do monitor e saiu puxando Maria Joaquina, que olhava surpresa para a amiga.

– Venha, Maria Joaquina, vamos comer! – disse Laura, rindo enquanto puxava a amiga para longe.

Marcelina, ainda fascinada por Allan, continuou a conversar com ele, mas sentiu alguém puxando seu braço suavemente. Ela se virou e viu Mário, que parecia um pouco nervoso.

– Podemos conversar? – sussurrou Mário, um pouco baixo para que apenas ela pudesse ouvir.

Marcelina soltou um sorrisinho e assentiu, pegando na mão de Mário. Ela se despediu rapidamente de Allan e seguiu Mário até os quartos.

– Sobre o que você queria falar, Mário? – perguntou Marcelina, curiosa enquanto caminhavam lado a lado.

Mário olhou para baixo, hesitante por um momento, mas então respirou fundo e disse:

– Marcelina, eu... queria dizer que você é muito especial para mim. Eu sei que às vezes sou meio tímido, mas gosto muito de você.

Marcelina parou de andar e olhou surpresa para Mário. Seus olhos brilharam e um sorriso carinhoso surgiu em seu rosto.

– Eu também gosto muito de você, Mário... como amigo, claro – disse Marcelina, percebendo a implicação da frase.

Mário riu e respondeu:

– Poderia ser de outra forma.

Marcelina, corando um pouco, falou com um sorriso tímido:

– Também pode ser.

Mário se aproximou de Marcelina, e eles começaram um beijo calmo e doce. No entanto, o momento foi interrompido por uma voz familiar.

– Mas não é possível, vocês se pegando em meio à natureza – exclamou Jorge, aparecendo de repente.

Marcelina começou a rir, enquanto Mário retrucava:

– Estávamos antes de você chegar, né Jorge, estraga-prazer.

Jorge revirou os olhos e saiu, deixando o clima um pouco estranho. Mário, percebendo o desconforto, puxou Marcelina suavemente pela mão.

– Vamos voltar, está quase na hora de começar as explicações do próximo dia – disse Mário, tentando aliviar a tensão.

Eles caminharam juntos de volta ao local principal.

o melhor amigo do meu irmão - Marilina Onde histórias criam vida. Descubra agora