capítulo 6-

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Finalmente, o ônibus chegou ao Acampamento Panapana. As crianças desceram, encantadas com a vasta área verde, os chalés de madeira e o lago cintilante ao fundo.

Paulo, sempre travesso, já olhava ao redor, calculando as possibilidades de travessuras. Ele se aproximou de Koki, seu fiel parceiro em todas as encrencas.

— Ei, Koki — sussurrou Paulo, com um brilho nos olhos. — A gente precisa pensar em alguma coisa pra fazer aqui. Esse lugar é perfeito!

— Tô dentro, Paulo! — respondeu Koki, dando um sorriso malicioso. — O que você tem em mente?

— Ainda não sei, mas a gente vai achar alguma coisa — disse Paulo, olhando ao redor. — Esse acampamento vai ser inesquecível.

Enquanto isso, Maria Joaquina estava irritada com Jaime.

— Jaime, você comeu todo o lanche! — reclamou Maria Joaquina, cruzando os braços. — Agora vou ter que comer a comida daqui.

— O que será que eu vou achar de interessante por aqui? — Adriano murmurou para si mesmo, olhando ao redor com curiosidade.

— Não acredito que não tem sinal de celular aqui! — Jorge reclamou. — Como vou sobreviver sem meu celular?

— Pessoal, fiquem quietos! — ordenou Daniel.
— Vamos ouvir o que o Sr. Campos tem a dizer.

Nesse momento, o Sr. Campos e Allan, um dos monitores, apareceram

— Bem-vindos ao Acampamento Panapana! — saudou ele, chamando a atenção de todos. — Espero que estejam prontos para muita diversão e aprendizado!

— Antes de começarmos nossas atividades, vamos estabelecer algumas regras básicas — continuou o Sr. Campos. — Primeiro, respeitem uns aos outros e a natureza ao nosso redor. Segundo, sigam as instruções dos monitores. E, por último, mas não menos importante, divirtam-se com responsabilidade.

Allan tomou a palavra.

— Vamos dividir vocês em dois grupos: Grupo Roxo e Grupo Laranja. Isso facilitará a organização das atividades. Direi os nomes, e vocês devem se juntar aos respectivos grupos.

Ele começou a listar os nomes, formando os dois grupos Roxo e laranja.

— Ótimo! — concluiu o Sr. Campos. — Agora que estamos organizados, vamos para os chalés deixar nossas coisas e colocar os uniformes. Em seguida, teremos uma pequena tour pelo acampamento. Vamos lá!

(.....)

As meninas estavam no quarto, uma mistura de ansiedade e excitação no ar enquanto se preparavam para as dinâmicas do acampamento Panapana que estavam prestes a começar. A janela deixava entrar uma brisa suave que balançava levemente as cortinas, e o som de risadas e conversas ao longe criava um fundo alegre.

Valéria, sempre a mais falante, parou de escovar os cabelos por um momento e olhou para Marcelina, que estava sentada na cama, mexendo distraidamente no zíper da mochila.

— Marcelina, por que você está tão quieta? — perguntou Valéria, arqueando uma sobrancelha.

— Estou normal, Valéria. Só estou concentrada aqui.

— Você está com ciúmes do Mário, né? Isso é tão romântico! — disse Laura, sorrindo.

— Eu? Ciúmes? Claro que não! O Mário e a Margarida é que estão cheios de segredinhos ultimamente.

— Ah, então é isso... — começou Valéria, aproximando-se de Marcelina. — Você está de olho nos dois.

— Não estou, não! — Marcelina cruzou os braços, um bico começando a se formar em seus lábios. — Só acho estranho eles estarem sempre cochichando.

Laura sorriu, dando um tapinha carinhoso no ombro de Marcelina.

— Não se preocupe, Marcelina. Talvez eles só estejam planejando alguma surpresa para o acampamento. Você sabe como o Mário gosta de aventuras.

— Talvez você tenha razão, Laura. Mas ainda assim, é estranho.

Nesse momento, Maria Joaquina entrou no quarto, com seu ar de superioridade habitual.

— Marcelina, você está mesmo se iludindo. O Mário está te enganando e você nem percebe. — disse Maria Joaquina com um tom de desdém.

— Maria Joaquina, para de falar essas coisas. Não é assim! — retrucou Carmem, defendendo Marcelina.

Maria Joaquina resmungou, cruzando os braços.

— O Mário nunca se importou com essas coisas de namoro. Ele só está se divertindo.

Marcelina sentiu o rosto ficar vermelho de raiva, mas manteve a calma.

— Parem de brigar! O Mário é livre para ficar com quem quiser. — disse ela, tentando parecer indiferente, embora seu coração doesse.

Antes que mais alguma discussão pudesse começar, a diretora Olívia gritou do lado de fora do quarto, chamando todas para irem ao local da dinâmica. As meninas se apressaram em sair, ansiosas e nervosas.

No local das atividades, o senhor Campos estava pronto para começar as explicações sobre a primeira dinâmica.

— Antes de começarmos, a diretora Olívia irá erguer a bandeira do acampamento. — anunciou ele.

Todos fizeram uma cara de tédio, já prevendo a cerimônia solene. Adriano, sempre com suas perguntas, levantou a mão.

— Onde eu coloco a mão em forma de símbolo? — perguntou ele, confuso.

Daniel resmungou ao lado dele, dando um tapa na testa de Adriano.

— No cérebro, Adriano.

Todos riram da situação, quebrando um pouco da formalidade do momento. Allan, o ajudante do acampamento, começou a cantar de forma engraçada.

— Hiiiii... no!

Jaime não perdeu a oportunidade de debochar.

— Ah, mas esse Allan é tão engraçado.

Finalmente, o senhor Campos começou a falar sobre a trilha que iriam seguir. A explicação foi breve e logo todos estavam prontos para partir, ansiosos pelas aventuras que os aguardavam no acampamento Panapana.

o melhor amigo do meu irmão - Marilina Onde histórias criam vida. Descubra agora