CAPÍTULO 7

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KAYLA MILLER 

Uma semana depois

Durante essa semana, trabalhei arduamente e me dediquei inteiramente. Estou começando a adquirir experiência e sobre o meu chefe, não nos falamos. Ele também diminuiu as aparições no clube, mas quando ele aparecia, me encarava por muito tempo. Não dei a resposta que ele pediu, nem denunciei, isso aconteceria se eu não estivesse gostando do que ele fez. 

Eu gostei!

Aos poucos, os frequentadores começam a sair. Uni as sobrancelhas, estranhando que alguns funcionários estão avisando aos clientes que irão fechar o clube. Está cedo, não consigo entender. 

— O que aconteceu? — perguntei para o meu colega de trabalho. 

— Anna ordenou para avisar aos clientes que o clube iria fechar. Estamos fazendo isso, sair mais cedo, nem acredito! 

Ele pula de alegria e mesmo estranhando a atitude repentina, dou boa ombros e sigo em direção ao vestiário, mas Anna aparece e para em minha frente. 

— Senhorita Miller, você não foi liberada. Preciso que avalie as garrafas que estão disponíveis no bar, faça um levantamento de quantas precisam de reposição. 

Observei que todos estão saindo, não entendi, apenas eu? Isso é muito injusto. Respiro fundo e retorno para o bar. Geralmente, um funcionário responsável desliga as luzes, mas tudo continua da mesma forma. 

Me sinto estranha nesse lugar vazio e espaçoso. Os tons de vermelho dão um ar misterioso ao local. Respirei fundo e coloquei as mãos na cintura, olhando para as prateleiras atentamente. Não consigo entender, pois o abastecimento está o suficiente.  

— Você não me deu nenhuma resposta.

Me assustei ao ouvir a voz de Dominic. Esbarrei no balcão e quando deixei cair alguns objetos. Coloquei a mão no peito e me virei, observando-o se aproximar do balcão. 

— Você me assustou! 

Ele ri e observei atentamente a risada genuína. Isso me fez relaxar, mas quando olhei em volta, percebendo que me deixaram sozinha, chego a uma conclusão. 

— Foi o senhor que planejou tudo isso, não foi? — olhei de canto, desconfiada. 

— Primeiro, por mais que eu adore quando me chama dessa maneira, prefiro que se refira a mim por Dominic, ou você. Segundo, sim, eu fiz com que os funcionários fossem embora. 

— Mas… 

Fico ainda mais nervosa ao saber que estamos sozinhos, nesse lugar que emana uma energia sexual. Respiro fundo e olho envolta, sem saber o que ele deseja. 

— Não se preocupe, quero apenas conversar. Venha, sente-se comigo. 

Ele indica uma das mesas que já estão limpas, pois a equipe de limpeza é eficiente. Mesmo receosa, dou a volta no balcão e acompanho ele até uma das mesas. Me sentei no banco estofado e ele se acomoda ao meu lado. 

— Eu lhe fiz uma proposta, mas você não considerou. — ele afirmou e observo o quanto está perto. 

— Fiquei confusa, eu não entendo absolutamente nada. 

— Foi justamente por isso que decidi conversar, aqui e agora. Posso esclarecer algumas dúvidas. 

Sei que ele é muito bem articulado, inteligente e sedutor. Sinto receio e não entendo por que se afeiçoou a mim, sendo que existem mulheres preparadas e deslumbrantes que frequentam esse clube. 

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