KAYLA MILLER
Durante o meu sono, sonhei estar sendo amarrada e Dominic derramava algo em meu corpo, me arrepiei inteira e sentia a ponta de um chicote deslizando em minha pele, como ele fez com a garota que estava naquele quarto.
Acordei sem ar, o coração acelerado e minha calcinha estava molhada. Foi a sensação mais intensa que senti em toda a minha vida. Tomei um banho gelado para conseguir diminuir o calor que sentia. Sinto que tudo que vi ontem, fixou em minha memória de uma maneira agoniante.
Chegando no trabalho, sou novamente chamada na sala e fui muito envergonhada depois da noite anterior, além do sonho. Quando entrei, sou bombardeada de perguntas até sentir vontade de gritar que — SIM —, eu gostei do que vi, mas estou entorpecida.
Quando Dominic me coloca sobre a mesa e segura o meu queixo, já estou excitada o suficiente para sentir a minha respiração ofegante. Esfrego uma perna na outra para conter a minha excitação. Não consigo responder, estou entorpecida.
Ele desliza as mãos em meus seios e além os mamilos estão rígidos ainda cobertos pelo tecido da roupa. Mesmo assim, ele belisca suavemente. Minha boca está aberta, respirando aceleradamente e quanto ele belisca com mais força, não consigo conter o gemido.
— Siim, siim… ah, eu gostei. Merda!— exclamo e fecho os olhos, sentindo meu corpo suar.
Ele para, dá um passo para trás e abri os olhos, observando o sorriso malicioso nos lábios dele. Tento me recompor, com a calcinha encharcada, arfando e tremendo. Nunca senti tanta vontade de me entregar a primeira vez para um homem. Olho para a calça dele e o enorme volume está visível. Queria ver como é, estou ficando louca.
— Eu sabia que você iria gostar e pode gostar muito mais. Agora saia!
— Mas…
Ele ordena e volta até a cadeira, se sentando e desci da mesa. Minhas pernas estão tremulas, ajeito a roupa e respiro fundo. Me sentindo muito estranha e caminho em direção a porta. Quando estou dei alguns passos ele torna a falar:
— Kayla…
— Sim… — olhei para ele sentado na cadeira.
— Você tem duas opções, pode abrir uma denúncia de assédio contra o chefe e ganhar um bom dinheiro, ou pode se juntar a mim e descobrir tudo que posso fazer com você.
Ele é estranhamente confiante, também, muito, mas muito tentador. Não respondi e sai da sala. Preciso de um banho para me recompor, pois isso foi muito quente.
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Horas depois…
— Kayla, oi… você está aérea.
Lucy chamou o meu nome e olhei para o lado, ela está me olhando atentamente. Não consegui para de pensar no que ele disse e também no que fez. Só de lembrar, meus mamilos ficam rígidos novamente e o arrepio percorre meu corpo. Por sorte, o sutiã está avidando que eles fiquem visíveis.
— Hoje foi um dia tranquilo, Anna nos liberou mais cedo. Combinamos com o grupo para tomar uma bebida depois do expediente. O que acha?— ela convidou.
— Eu não sei, talvez …
— Não venha com desculpas, você vai e ponto final.
Ela ri enquanto organiza algumas bandejas. Olho para o clube e depois para as portas vermelhas. Hoje estava acontecendo um evento no cassino e não foi tão cheio assim. Isso foi bom, pois assim poderia relaxar depois de tanta tensão.
Enquanto finalizava o expediente, olhei para aquela porta inúmeras vezes. Dominic não veio para o clube, considerando que ele é o CEO da empresa, não acredito que esteja no evento para jogadores.
Nada disso me diz respeito.
No vestiário, tirei o uniforme e vesti a minha roupa. Ao me olhar no espelho e observar o vestido, lembrei das mãos dele sobre o tecido. Que maldição, lembrar disso constantemente é torturante.
— Vamos!
Lucy agarrou em meu braço e me arrastou para fora. Caminhamos pela saída de funcionários e num determinado momento, passamos por Dominic que conversa com Anna. Observei os seguranças ao redor dele, como se estivesse de saída.
Nossos olhos se encontraram e ele não desviou o olhar. Lucy continuou agarrada em meu braço, ela olhou para o lado e depois para mim. O grupo de funcionários se aproximam e dois dos homens que também trabalham no clube se aproxima, e nos abraçam pelo ombro.
— Vamos, a noite está só começando.
Dominic continua me olhando fixamente e desviei o olhar, sendo levada pelos colegas de trabalho. Chamaram dois táxis e entramos nos caros. Lucy conhece um bar legal e ela indicou o endereço ao motorista. Não demorou muito até chegar ao lugar.
Percebi animação dos meus colegas de trabalho e acabo sendo contagiada. Consegui relaxar a medida que sentamos e ouvia as coisas engraçadas que eles falavam entre si. Pediram bebidas, mas optei por um suco, não costumo beber e não estou no clima para isso.
— Então, Kayla, como é morar em Elko?— o rapaz perguntou.
— É… normal. Na verdade, a sensação é de que conhecemos todo mundo na cidade, claro que é impossível, mas conhecemos boa parte, ou ouvimos falar. — respondo com tranquilidade.
— Ah não, nem pensar, eu não iria me adaptar a uma cidade pequena. Adoro o frenesi de Las Vegas. Adorei conhecer Los Angeles e Portland.
— Seattle é muito legal. — outro colega afirmou.
— Minha família é do Texas, eu viajo para lá anualmente.
Observando a conversa entre eles, chego a conclusão que a minha vida é muito chata. O único lugar que estou conhecendo agora é Las Vegas. Quem sabe eu consiga mudar isso nos próximos anos e conhecer novos lugares.
— Você tem namorado?
O rapaz me perguntou e engasguei com o suco. Respiro fundo, passando no guardanapo na boca e me controlando gradativamente. A minha única amiga até chegar em Las Vegas é Giana, nunca conversei abertamente com outras pessoas.
— Não, eu nunca tive um namorado.
Todos ficaram silêncio. Olhei para cada um deles, odiando ser o centro das atenções. Após alguns segundos, eles começam a rir e eu faço o mesmo para disfarçar o constrangimento.
— Isso é sério? Então você nunca…— Lucy fala sem concluir, mas entendi o que ela quis dizer.
— É, eu nunca.
Isso foi surpresa para todos. Eu sei, estou velha para ser uma virgem, ao menos nos tempos de hoje em dia. Isso não era nada que eu tanto almejava, ao menos até começar a trabalhar naquele lugar.
— Nossa, uma virgem trabalhando em um clube de sexo selvagem. Já pensou em leiloar? Isso daria muito dinheiro. — o garoto fala a sorrir.
— Peter, vai se foder. Cala a boca!— Lucy recriminou.
Não fiquei chateada com isso, na verdade, me fez dar muitas risadas. Estou descobrindo o que é ter amigos, além da minha melhor amiga Giana. Isso é muito divertido.
Pedimos petiscos e enquanto eles bebiam, eu tomava o suco a apreciar a deliciosa batata frita. O tempo passou voando, nem me dei conta que já era tarde. Lucy olha em direção a saída, estamos no bar, mas as portas e paredes são de vidro.
— É impressão minha ou aquele carro é parecido com o do senhor Scott? — ela olha em direção à rua.
— Não seja boba, por que a grande maioria estaria passando em frente a um bar simples a essa hora?— o garoto desdenha.
— Pode ser de passagem, essa rua é movimentada.
Eles dão nos ombros e ignoram o fato de que, um carro luxuoso e parecido com o de Dominic acabou de passar. Também acho improvável, seria muita coincidência. Um homem tão importante, rondando essa região de carro. Chega a ser hilário.
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A SUBMISSA
Romance(+18) Kayla Miller tem 23 anos e saiu da cidade Natal para morar em Las Vegas. Ela divide apartamento com uma amiga e começa a trabalhar em um luxuoso cassino. Fica surpresa quando descobre que o lugar que ela trabalha, é um clube de BDSM, onde pes...