A SUBMISSA

CAPÍTULO 5

DOMINIC SCOTT 

Desde que vi aquela garota com um semblante ingênuo, não consegui ignorar. Chamá-la para a minha sala foi um grande erro, pois cada vez que ela me chamava de “senhor”, era como um gatilho, me controlei para não ficar excitado. 

Para um dominador, ser chamado de senhor pela submissa é fundamental. Não que eu me sinta instigado com todas as pessoas que me chamaram dessa maneira, mas ela me despertou algo estranho. 

Não sei o que passou pela minha cabeça para ter a ideia de trazê-la para o lugar de jogos. Isso foi irresponsável da minha parte, mas não estava conseguindo me concentrar e trouxe ela para que eu imaginasse que estava participando. 

Uma tremenda loucura. 

— Desculpe-me, mas… eu não posso continuar. 

Tiro a venda de Stella, ela me olha sem entender a minha atitude.

— Senhor, não quero parar, peço que continue.— ela suplicou. 

Vou até as costas dela e desamarrei as mãos. Stella esfregou os pulsos e mordeu os lábios, olha para mim com desagrado e fica de pé. 

— Dom, o que aconteceu?— ela vai até um roupão e veste.

— Não foi nada, apenas estou muito cansado e não consegui me concentrar. Podemos fazer isso em outro momento. 

Fecho os botões da camisa com agilidade, me recompondo para sair. Stella está irritada com a minha interrupção, ela também se prepara para sair. Não me importa o que ela pensa, mas também estou irritado comigo, pois isso jamais aconteceu. 

— Já sei, está me torturando?— ela tenta me provocar.

— Não, estou apenas informando que eu não quero. 

Sou grosseiro em minha resposta, fazendo ela encolher os ombros e desviar o olhar. Sai da sala apressado, seguindo para fora da área privada e quando cheguei no bar, olho envolta, a procura da garota. Ela não está, coloquei as mãos na cintura e insisto em procurar com o olhar. 

— Deseja alguma coisa, senhor Scott?

Uma das mulheres que trabalham no club aparece e oferece ajuda. 

— A garota que solicitei os serviços, onde está? 

— Ela acabou de sair, senhor. Alguns funcionários foram liberados mais cedo essa noite. 

Suspirei ao receber a notícia e saí apressado do lugar. Fui direto para o estacionamento privado e o motorista foi rápido ao abrir a porta para mim. Após informar que desejo ir para o apartamento, ele segue o trajeto habitual. 

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No dia seguinte…

Após uma manhã com a rotina padrão, resolvi ir para o cassino durante a tarde. Entrei em minha sala e logo Paul, o meu advogado e amigo, entrou na minha sala para tratar de trabalho. 

— Dominic, estou apurando de perto a nova construção da água aquática, os engenheiros fizeram um bom trabalho e acredito que em, três meses, poderá inaugurar essa parte do cassino. 

— Isso é bom, aliás, elabore propostas para a compra daquela área na qual estou interessado. Não quero que o cassino se torne limitado para novas construções.

Encostei na cadeira e olho para o relógio, observando que faltam poucas horas para o expediente do clube. Sinto necessidade de conversar com aquela garota, depois do que aconteceu.