Ato1:
"A chegada"– Deixa eu ver se entendi… – Apuh começou com um suspiro. – Esse lugar se chama Pandora.
– Exato.
– Existe a caixa de Pandora que especificamente ordena você a fazer uma coisa qualquer e você não pode recusar a ordem, se não sofre uma punição.
– Precisamente.
– Existe a cidade que é a área comercial que é em uma ilha e existe a vila residencial que é na ilha do lado, ligando ambas as ilhas por uma ponte.
– Isso.
– O Foka é policial, você aceita qualquer trabalho e isso inclui você ser um policial também, e, ser vendedor de skate, o Vitor é um empresário, o Mente é um caçador e você é um vampiro.
– Futuro Rei dos vampiros.
– Dino e Dina são donos de um panteão que promovem lutas contra monstros fortes, Tugim é vendedor de armas, ou seja, é o principal vendedor do mercado negro. Alexey é lobisomem. E eu sou o prefeito… tá.
– Ah! E tem o Bayo!
– O Mafioso que você é aliado?
– Isso!
– … Tá…
Lg não era tão diferente do habitual, mas, as diferenças que ele tinha causavam arrepios sinistros na espinha de Apuh. Este Lg era muito mais inconsequente, ele claramente estava do lado de quem pagar mais, ele também tinha um comportamento estranho de tratar seus inimigos como amigos próximos, e mesmo assim ainda ser uma ameaça aos inimigos, além da aliança com o dono de uma Máfia.
– Como é o nome da máfia?
– Vegas.
– Isso! Tá… e o Serra continua igual?
– Acho que sim, o Serra é o Serra.
Era tarde da noite enquanto Apuh ainda estava digerindo o fato de que ele foi mandado para outra dimensão, talvez em outro mundo, ele não sabia dizer, ele não entendia de coisas complicadas desse tipo. Apuh era um terrorista, estrategista e líder, ele entendia de produção de bombas e manipulação de terreno, não de poderes cósmicos e mundos diferentes e universos alternativos. Esse mundo parecia repleto de Magia, Lajota tinha um dispositivo de teleporte por portal, podia se transformar em morcego e até tinha outros poderes que ele estava treinando como magia de sangue. O Apuh deste mundo mexia com várias magias, fazia rituais, invocava criaturas, era um verdadeiro bruxo.
Apuh e Lg estavam dentro de uma pequena caverna na região onde seria o grandioso castelo vampiro, havia ali um caixão roxo, uma fogueira, um pequeno baú e um colchonete que Lg trouxe usando magia que ele disse ser o “sistema”.
– Mas e você? Você ainda não disse como é o lugar que você veio.
– O lugar de onde eu vim? A irmandade?
– Uhum!
Lg estava sentado em uma posição que parecia desconfortável, mas apesar do mundo ser outro, Apuh já tinha visto aquela posição. Lg estava com o calcanhar colado nas partes íntimas e as pernas dobradas estavam caídas para o lado, os joelhos encostando no chão sem sinal de dor (Lg disse que essa posição se chama borboleta), era o treino de flexibilidade que Apuh já tinha visto o Lg dele fazer muitas vezes.
Uma vez, Apuh perguntou ao amigo para quê aquilo servia, a única resposta que ele teve foi que ajudava na locomoção e golpes. Ele claramente não acreditou, mas no dia em que Lajota levantou a perna para fazer um 180° em alta velocidade e em seguida apagar um inimigo com a força do chute, ele nunca mais duvidou de nenhum treino do espadachim.
– A irmandade é um reino de Anarquia que eu quase destruí.
– Quase?
Foi fofo a forma como a cabeça do vampiro inclinou para o lado com uma expressão confusa.
– Fui jogado aqui antes de conseguir.
– Aaaah, faz sentido.
Apuh riu, este Lg tem o comportamento estranhamente ingênuo.
– Eu era líder do grupo terrorista focinho vermelho e você era meu braço direito.
– Eu?
– Exatamente. Juntos, eu e você instauramos o verdadeiro caos, éramos temidos até pelos mais loucos, criamos a lua de sangue eterna para deixar o mundo sem regras, e por fim, nos vingamos de quem armou uma armadilha para nós covardemente.
– A lua de sangue é aquele expurgo que você disse?
– Sim.
O som de compreensão ecoou na caverna, Apuh pôde ver os olhos vermelhos brilhando em uma nostalgia inexistente.
– Parecia divertido.
– E foi, até eu cair aqui.
– Mas você acabou de chegar.
– Mas só de ouvir você falar já parece chato.
O vampiro riu divertido.
– Só é chato se a caixa quiser.
– … Como assim?
E mais uma vez aquele arrepio na espinha, mais uma vez Lg trouxe um medo no interior de Apuh sem fazer nada além de sorrir.
Apuh não gostou desse Lg, ele parecia manipulador e assustador.
763
//Autor aqui.
Juro que vou tentar manter os capítulos curtos.
Muah<3
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Sementes do Caos
FanfictionE se Apuh de Irmandade 5 caísse no mundo de Pandora para ser controlado pela caixa? E se a entidade Luiz ainda não existisse? Talvez, dois seres caóticos se colidindo ao acaso cause um abalo sísmico em todo multiverso.