Sementes do Caos

Capítulo 6:

Ato 1:
"A chegada"

Verificando a casa com cuidado, Apuh achou muita comida, especificamente um tipo de sanduíche de carne, ele andou por todo aquela casa e descobriu que aquilo era quase um labirinto, tinha vários andares além do subsolo com várias máquinas e coisas que ele sequer sabia o que faziam.

Ao abrir uma porta que dava vista para o mar abaixo, o sol queimou sua pele, Apuh teve que recuar vários passos para trás olhando o sol da manhã com cautela.

– Merda… se ele me achar aqui eu vou ter problema…

Com um suspiro ele correu de volta para o terceiro andar da casa, aquela parte estava meio empoeirada, indicando pouco uso daquele andar. Apuh sentou atrás de alguns móveis e esperou pacientemente a noite chegar.

-...-

Ele não sentia sono ou cansaço, isso era uma vantagem que ele iria atribuir ao fato de se tornar um vampiro. Não havia som algum naquela casa o que foi vantajoso para o homem já que indicava que não havia ninguém ali, ele correu escada abaixo e saiu daquela casa, saindo de frente com uma casa simples e rústica de madeira, pela estética da construção, Apuh poderia facilmente dizer que aquela era sua moradia naquele mundo. Caminhando calmamente pela rua noturna ele viu uma placa na beirada da estrada, “rua Lapuh”.

– Quê?

Ele olhou em volta, até que com a ajuda da visão de vampiro ele pôde ver claramente uma parede roxa iluminada por um poste de iluminação.

– Hm, é mais perto do que eu achava.

Após a ponte havia a casa do Mente, ao lado a casa do Apuh deste mundo e descendo uma rua teria a cada do Lg deste mundo, fácil e rápido.

Ele desceu a rua e olhou para a casa, era bonita, completamente diferente do castelo gigantesco que Lg tinha na ilha Irmandade. Ele entrou na casa com cuidado, vendo o lugar vazio e sem decoração.

– Independente do mundo, ele continua preguiçoso no quesito de decorar a casa dele.

Era até engraçado lembrar que, no mundo de onde ele veio, Lajota demorou semanas para decorar o interior do castelo e aparentemente nesse mundo seria igual.

“Meow”

Ele olhou em volta, mas não tinha nenhum gato ali, ele também ouviu passos mas não havia ninguém ali. Ao se concentrar no som ele percebeu que vinha de baixo da casa, ele olhou com atenção mas não havia nenhum tipo de passagem secreta, saindo da casa podia notar-se que o som ficava mais alto do lado esquerdo, caminhando na direção era possível ver uma uma passagem na mureta da casa, com uma escada de pedra mal iluminada que descia.

– Isso não parece secreto.

Ao descer as escada, foi possível notar as grades de segurança que ia do chão até o teto de uma parede a outra, ao olhar atentamente no que tinha ali dentro, ele viu algumas pessoas dormindo ou conversando, além de um gato preto deitado em uma estante bem acima do chão, um cachorro com uma cara assustadora e um grilo gigante.

– Mas que porra?

Aquilo definitivamente era um calabouço, estava muito decorado, mas aquelas pessoas claramente não poderiam sair por livre e espontânea vontade.

– Apuh?

A voz de Lg gelou a espinha de Apuh, ele olhou para trás mas não viu ninguém, virando a cabeça para dentro do lugar e no fundo da sala viu que o vampiro estava saindo de dentro de uma abertura na parede.

– O que cê tá fazendo aqui, Zé?

– Eu? Fiquei curioso.

Lg saiu daquele buraco e começou a limpar a roupa que parecia suja com algo escuro.