Capítulo 11:

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“Ato 2: Fantasmas”

Aquele lugar era frio, as pedras eram desconfortáveis de deitar, o corpo estendido ali estava fraco e machucado, seus ferimentos não tinham sido cicatrizados por causa da sua falta de alimentação, ele não comia a aproximadamente um dia e meio.

– Merda.

“A caixa avisou: Você está ficando sem tempo.”

– Qualé!? Como eu vou assombrar esse lugar se eu virei um vampiro?? Eu não vou beber sangue!

Enquanto ele gritava com as paredes para responder aquela entidade, o silêncio parecia zombar de seu estado patético, de um temido líder para um patético vampiro morrendo de fome atrás de um sistema de armazenamento no subsolo.

“A  ®¢¥§∆£π° concedeu: A benção do sol.”

– O quê?

Aquilo era confuso, aparentemente ele tinha recebido uma benção mas por algum motivo ele sentia alguma coisa diferente nessa benção da caixa, ao se levantar e sentar no chão ele não sentiu nenhuma diferença física, apenas seu estômago doeu ao roncar implorando por comida.

– Benção do sol?

Fazia algumas horas desde o ocorrido na casa dos Dinos, provavelmente o sol teria nascido e os pássaros estariam cantando.

Apuh rastejou até a parede falsa e empurrou a pedra para o lado, saindo daquele buraco e entrando no calabouço que Lg carinhosamente chamava de “área vip”.

– Acho que eu deveria testar…

Mesmo com aquela sensação de incerteza o ruivo tinha percebido algo, sua visão e audição pareciam normais, ele não ouvia mais cada mínimo ruído, ele podia sentir seu coração batendo mais uma vez. Se a bênção do sol fosse aquilo que ele estava imaginando, ele poderia comer algo que não fosse sangue e finalmente poderia sair a luz do dia.

Passando pelo pequeno obstáculo que era aquelas grades e subindo a escada íngreme, era possível ver a luz do sol entrando sutilmente pela abertura. Apuh respirou fundo, lembrando da sensação que teve ao sentir a luz solar queimando sua pele no primeiro dia. Ele estendeu a mão, lentamente colocando a ponta dos dedos na iluminação, esperando sentir uma queimação horrível, mas a única coisa que ele sentiu foi um calor singelo na ponta dos dedos.

– Ha! Nem ferrando.

Ele estendeu mais a mão, colocando mais de sua pele exposta para a luz solar, não queimando ou se machucando.

– Nice! Gg! Hahaha!

Rindo e descendo as escadas correndo ele foi para o armazenamento, abrindo a tela de itens e procurando qualquer coisa disponível para comer, encontrando carne, pão, alguns legumes.

– Vai servir.

Rapidamente ele retirou os ítens e fez um sanduíche, ele conseguiu sentir o sabor, o pão crocante, a carne suculenta, a nutrição finalmente entrando em seu corpo parecia um milagre divino.

– Hmmmm nossa, aaaah que delícia!... Mmm, valeu caixa.

Ele resmungou, se deliciando com aquele sanduíche.

– Prometo que só vou me alimentar e começo a realizar seu pedido.

Ele fez mais alguns, pegando sua mochila, colocando os sanduíches dentro e caminhando novamente para dentro do túnel, ele não tinha decorado o caminho, mas ele sabia que o túnel da frente era a casa dos dinos, lá ele poderia encontrar outros materiais de comida e coisas úteis.

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