Capítulo 9:

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"Ato 2: Fantasmas”

Com tantas coisas acontecendo naquela madrugada, o tempo voou, em algumas poucas horas o sol nasceria novamente para saudar a cidade e seus novos possíveis residentes. Uma grande mansão agora estava muito agitada, completamente ocupada com treze jovens inconscientes deitados em camas e pessoas passando de um lado para o outro fazendo o registro de cada um dos jovens.

Um homem fera estava sentado na cozinha do lugar, ele era uma foca mutante, meio humano, a pele dele era acinzentada, os cabelos brancos e olhos completamente pretos. Foka era dono daquele casarão, que anteriormente, estava mais da metade vazio e desocupado.

– Eles vão ficar por quanto tempo? – O homem se serviu com um pão com ovo e uma xícara de café, abrindo os botões do uniforme policial para ficar mais confortável.

– Acho que até eles acordarem, provavelmente eles vão querer construir um lugar para eles mesmos. – Dina sentou em um dos bancos e gruniu.

– Você tá bem?

– Tô… eu… aquele barulho dos raios me deixou nauseada.

– Tá com muita vontade de vomitar?

Ele estendeu para ela uma xícara de café.

– Não muita… Não obrigado, eu sou uma vampira.

– Ah verdade, você só bebe sangue.

– Também.

Phantom entrou na casa junto do fazendeiro Ralls, ambos trazendo sacas com ervas medicinais.

– O que é isso? – A mulher perguntou se levantando para ir ajudar o vizinho Pantu que parecia sufocado com o peso da saca.

– Ervas para chá, remédio, calmante e até temperos. – A voz de Ralls era carregada de sotaque.

– Caraca, achei que você só plantava comida. – Foka se levantou para ajudar, guiando eles para colocar as duas sacas no balcão da cozinha.

– E eu planto. Mas o Dlet chegou na minha fazenda dizendo que tinha acontecido alguma coisa na vila que eu ia precisar plantar algumas coisas pra fazer remédio. Então eu procurei as sementes e raízes, e, o Phantom usou a magia doida dele pra que as coisas crescessem rápido.

– A gente vai precisar de mais gente aqui. – Phantom começou a separar cada tufo de ervas.

– Eu tenho alguns potes calma.

Foka começou a mexer nos armários, pegando vários utensílios, desde moedores, potes, caneta e adesivos para separar tudo.

– Acho que seria útil nós termos um médico na vila.

– Isso é verdade Dina, mas, o que exatamente aconteceu? O Dlet não me falou.

– Eu não sei, mas eu tava em casa quando do nada um monte de raio começou a cair na casa dos Dinos.

– Verdade, fez um barulho enorne, eu tava na delegacia preenchendo formulário quando do nada o céu começou a ficar claro com os raios.

– Nossa mas alguém se machucou?

– Só os vampiros e lobos, nossa audição é muito sensível e depois da explosão de raios alguns até desmaiaram. Eu mesma tô com náusea até agora.

– Meu deus, que perigo. E porque tava saindo tanto raio?

– Verdade Dina, o que era aquele negócio maluco? Eu só vi o símbolo mais ou menos antes de tudo explodir. Era algum ritual que deu errado? – Phantom viu uma flor comestível de chá e comeu, recebendo um tapa na mão de Foka.

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