01| Quando você apareceu.

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'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections

Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose, I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you, oh-oh
Give me all of you, oh

Cards on the table
We're both showing hearts
Risking it all, though it's hard

All for me: by jonhh legend

Vegas.

      Eu nunca pensei que minha vida mudaria tanto ao conhecer Pete. Nos conhecemos há quase dois anos na academia e, desde então, a "amizade" entre a gente cresceu rapidamente. Quando Pete confessou que era gay, isso não me surpreendeu, mas pelo fato de que não fazia diferença alguma. Isso não mudou nossa "amizade"; pelo contrário, só a fortaleceu. E sim, a palavra "amizade" está entre aspas, não porque Pete deu em cima de mim; pelo contrário, ele sempre me respeitou e respeita. Mas o fato aqui são meus sentimentos, sim, os meus, esses sentimentos que eu não entendo.

No início do ano, Pete estava morando sozinho, e eu não estava conseguindo continuar no meu apartamento. Então, ele ofereceu o quarto que tinha sobrando. O apartamento é relativamente grande; por mais que Pete diga que não, dá para três pessoas viverem aqui tranquilamente. Pete vive dizendo que não é rico, mas ele não entende nada sobre viver em um lugar pequeno. Ele tem uma empresa, uma editora, e vem de uma família de classe média alta. Talvez por isso ele diga que não é rico. Ele não tem contato com os pais por causa da sua sexualidade, e eu o admiro por ter construído uma empresa do zero sem ajuda de ninguém. Quando digo isso, ele sempre responde que não é nada demais.

Quando aceitei morar aqui, começamos a dividir as contas: luz, água e comida. Embora o apartamento fosse dele, eu queria pagar aluguel, mas Pete não deixou. No começo, éramos apenas dois amigos morando juntos, mas as coisas começaram a mudar há quase cinco meses, quando percebi que talvez estivesse gostando de Pete. Tudo começou com um frio na barriga quando esbarramos no corredor. Tanto eu quanto Pete trabalhamos de casa na maior parte do tempo, e muitas vezes nos encontrávamos no corredor indo pegar algo para comer.

Inicialmente, eu não prestava atenção a esses encontros, mas depois de um tempo, Pete começou a sair para trabalhar fora de casa. Era comum vê-lo de roupa social, o que me dava uma boa vista dos músculos e pernas dele. No começo, eu olhava para aquelas pernas e pensava: "ele tem pernas bonitas", mas depois comecei a pensar: "essas pernas devem ficar lindas marcadas com chupões". Isso me fazia pensar se algum dos ex dele já tinha feito isso, e acabava ficando com um embrulho no estômago. A situação piorou quando ele começou a sair de terno para trabalhar. Eu ficava imaginando que as pessoas olhavam para ele, e o embrulho no estômago voltava, ou pensava em como ele ficava bonito com aquela roupa.

O amor que eu não esperava. Onde histórias criam vida. Descubra agora