Londres, 1886
O homem estava impaciente. Ele era branco, tinha os cabelos um pouco longos e se vestia de forma extravagante para os padrões da sociedade vitoriana. Além do mais, estava sentado em uma posição nobre enquanto o homem à sua frente pintava o seu retrato. Algo que, o que estava sentado, já não aguentava mais.
Depois do que pareceu horas infinitas, o pintor anuncia o fim da pintura para o deleite do homem que já nem sentia a sua própria bunda.
— Meu Deus! — Ele falou. — Não sei se vou conseguir sentar de novo. E olha que chamei um amigo só pra me ver sentar e levantar por algumas horas.
O pobre pintor ruborizou com aquelas palavras.
— O que foi? Qual o problema de sentar? Acho que sentar uma vez por dia pode melhorar o humor.
— Senhor, o quadro... — O pintor pede mostrando o quadro. O homem se aproxima da imagem e fica alguns minutos contemplando a figura.
— É lindo! — Ele exclama. — Queria ser assim pra sempre. Infelizmente acho que é impossível manter essa imagem até o fim da minha vida.
— Então gostou? — O pintor pergunta.
— Eu amei!
Alguns minutos depois ele chega até o hotel que estava vivendo e coloca o quadro na parede e o admira. Realmente era um belo quadro que refletia a figura bela de homem viril e bonito. Ele estava encantado e por que não, apaixonado? Quisesse o bom Deus que ele permanecesse assim até o fim da vida.
Ele ouve barulho na porta e vai atender. É um rapaz de cabelos loiros e olhos verdes. Não tinha um corpo musculoso, na verdade era bem magro, mas ele o achava encantador.
— Alguém viu você vindo aqui? — Ele pergunta desconfiado.
— Não. Claro que não. — O outro responde sério.
Então o primeiro puxa o loiro para dentro e o beija na boca de forma apaixonante. Depois disso começam a tirar as roupas.
O homem do quadro não notou, mas enquanto estavam pelados e ele por cima do loiro, os dentes do rapaz que chegou em seu quarto, ficaram pontudos e os olhos em uma tonalidade vermelha.
Na manhã seguinte o primeiro acorda sozinho na cama. Já estava acostumado com aquilo. Ele abre a janela e seus olhos se incomodam bastante com a luz do sol.
— Que p...! — Ele quase grita. Então nota a pequena cabine azul ali perto. — Interessante!
Dentro da cabine
— Onde estamos? — Eu pergunto curiosa.
— Londres, 1886. — O Doctor responde.
— Sério? — Eu não parecia muito confiante e nem conseguia disfarçar.
Eu lia muitos livros de romance do período e até anterior como foi com o meu favorito: Orgulho e Preconceito. Meu sonho era viver naquela época e encontrar o meu príncipe encantado.
Sei o que estão pensando, mas nunca pensaram em viver uma história de romance ou aventura? Eu era uma leitora e estava em um dos períodos mais criativos da Inglaterra. Não me julguem, não.
— Eu posso sair? — Eu pergunto preocupada.
— E por que não poderia?
— É tipo aquela teoria da borboleta...
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Doctor Who - Bloodline
Science FictionBem-vindos ao universo de Doctor Who. Seguindo a história da série em mais de 60 anos, essa fanfic apresenta um Doctor totalmente inédito e sua companheira também inédita, sem obviamente negar o canon da série. Conheça o Doctor de número 17 e sua co...