Sentia uma perna me envolver; juntamente com a luminosidade do Sol dando suas caras através da janela. Virei o rosto para o lado oposto, cuidando para movimentar-me o menos possível, e, ali estava ela: Com seus cabelos caindo por sobre os olhos, um bico pequenino nos lábios e mãos firmes que, seguravam-me como se a matéria fosse algo de extremo valor.
- Tão fofa. - Sussurro, deixando um sorriso genuíno tomar a face.
- Não sou fofa. - Murmura, causando-me surpresa. Ora, pensei que ela estivesse no vigésimo sono.
- Eu pensei que estava dormindo, princesa.
- Oh, não, Mommy. - Sorriu abertamente.
- "Quanta fofura em um ser só." - Fora um pensamento que cruzou a mente; tratando de não sair pela boca.
Sinto leves cutucadas em meu ombro; dando-me conta de que estava divagando tempo demais. Sua voz, doce e arroqueada, me puxa de volta:
- Está pensativa, Mommy. - Constatou, olhando-me seriamente. - O que se passa nessa cachola, hum?
- Nada, criança. - Respondo, depositando um casto beijo em sua tez, afastando os cabelos que ainda cobrem seu rosto. - Vamos levantar?
- Vamos! - Disse animada, saltando para fora da cama.
- Ei, calma. Não se levanta nessa pressa toda. - Digo ao sentar-me, alongando meus braços. Flora pulava animada; céus! Havia uma "criança" ligada no 220 em minha casa.
- Ah, não seja chata logo cedo, vamos tomar um cafézinho e encher o buchinho. - Tagarela. Notando minha lentidão, sobe na cama, pulando sem parar. - Vamooos, Mommy.
- Flora, por Deuses! Pare de pular na minha cama. - Repreendo. Ela segue com sua graça. - Pare com isso, não é um pedido. É uma ordem.
Flora arregala seus olhos de botão e, fazendo bico, desce. Cruza os braços abaixo dos seios.
- Desculpa eu? - Diz, abaixando seu olhar.
Encurto a distância entre nós, sentando-me na ponta da cama, puxo-a pelo quadril, fazendo com que se sente em minha perna esquerda.
- Não gosto de algazarras pela manhã, minha menina. Muito menos em meu quarto, sim? - Falo calmamente, afagando seus cabelos.
- Não faço mais, juro. - Estica seu dedo mindinho. - Juro de mindinho.
Amolecendo completamente diante dessa ação, entrelaço meu mindinho ao de Flora. Nunca acreditei nessas promessas ou juras feitas com o juntar de dedos; mas, de quê importa? Também não sou dada a acreditar em promessas faladas; fazem-nas o tempo todo apenas para descumpri-las. É um "Dom" embutido no ser humano. Deixo em grande ressalva: Para essa pequena, estou abrindo uma excessão.
- Muito bem. - Digo, depositando um voto de credulidade. - Agora, levante-se. Vá fazer sua higiene matinal, faço a minha depois.
- Ok! - Assente, distanciando-se, colocando seus pés para correrem.
Penso em dizer para não correr? Sim. Adianta? Não.
Dada situação, me coloco de pé, arrastando-me até o guarda-roupas; escolhendo o traje que cobrirá meu corpo. Algo leve: Um macacão social cujo a parte das pernas era confortável o suficiente para não "grudar" em minha pele.
Com vestes escolhidas, encaminho-me ao banheiro. Assim que meus pés passam pela porta, inevitável é a gargalhada que solto. Flora estava completamente banhada em creme dental. A criaturinha bagunceira me olha através do espelho, arregala as orbes, encolhe-se. Gargalho ainda mais.
- Bagunceira é pouco, não é? - Indago, tentando cessar a crise de riso.
- Naum tem graça. - Cruza os braços, mordendo a escova de dente com fúria. Sua demonstração de braveza em nada causa um reação negativa. - Para de rir, Mommy.
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My story with mommy(BDSM)
DiversosFlora, 20 anos, submissa/middle/baby, mais inclinada a prática do ageplay do que a D/s em si, estudante de artes visuais. Maia, 25 anos, mommy/Domme, fetichista! Formada em psicologia, exerce a profissão. O que acontece quando duas mulheres, com gos...