capítulo 7 - O senhor conhece o inventor.

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— Amo, sei que não gosta da ideia de dar um "tratamento bom" para o prisioneiro, mas o coitado está mais branco que um papel! Desse jeito ele vai morrer!

— Angel já falou sobre esse tabu comigo, Cherri. Minha resposta continua a mesma: não.

— Senhor, por favor. Eu imploro, nós imploramos!

A tensão se fez presente. De um lado, os servos querem que seu amo de uma chance ao prisioneiro, do outro lado, o amo quer ver seu novo prisioneiro se contorcer de dor.

— me acompanhe - ordenou a fera.

Os servos, com medo do seu mestre, fizeram o que foi os ordenado. Enquanto isso, Lúcifer estava aparentemente mais saudável, grato pela a refeição que as criaturas estranhas lhe deram. O inventor não imaginava que receberia uma visita do ser que o aprisionou, achava que iria ser abandonado na masmorra até sua morte. O loiro se assustou quando a porta foi aberta brutalmente, dando a vista da fera e seus servos atrás de si.

O loiro sentiu seu coração parar quando a fera andou rapidamente em sua direção, imaginando que seria seu fim. Porém, não sinto dor nenhuma, apenas ouviu o barulho das correntes se quebrando.

— Levante-se, irei lhe mostrar seu quarto - disse a fera, olhando diretamente nos olhos de seu prisioneiro.

Lúcifer, ainda assustado com a situação, ficou parado olhando nos olhos da criatura à sua frente.

— Vamos, se levante! não quer que eu mude de ideia e te deixe apodrecer nesse lugar?!

E o inventor, horrorizado pela a grosseira do senhor, não hesitou em seguir.

E os coitados dos servos que observavam o loiro sofrer a ira de seu mestre, só podiam lamentar seu destino.

A caminhada até seu "novo quarto" foi estranhamente pacifica e assustadora. Para Lúcifer tudo naquele castelo parecia morto, sem vida. E quando chegaram em seu quarto, as últimas palavras da fera foram:

— Não vá á ala oeste. E se por acaso resolver me desobedecer, lhe darei um castigo pior que a morte! - e então, a fera se foi, com passos apressados.

Lúcifer, não conseguindo segurar a amargura em seu coração, correu até a cama e derramou suas lágrimas no travesseiro.

Suas esperanças de sair daquele lugar terrível estavam indo embora.

[...]

— Pobrezinho... nem consigo imaginar a dor de ficar tanto tempo longe de sua filha... - disse Niffty.

Os servos, ou melhor, Husk, Angel, Cherri, Niffty e Pentious escutavam o choro do prisioneiro por trás da porta.

— O que quer que a gente faça? Se ele fosse pelo menos uma dama poderíamos convencer o amo a o dar um tratamento melhor. Mas não! Ele é um homem e isso é estranho para opacas - disse Husk, o gato ranzinza.

— Jogando contra o próprio time, gatinho? - Angel se aproximou do gato, beliscando sua cauda de propósito.

— Cadê a Vaggie, aliás? - perguntou pentious.

— Está lembrado da filha do loirinho aí? Vaggie gostou dela. Há chances dela estar um pouco chateado pelo o amo ter a jogado em uma masmorra - respondeu Cherri.

— Sapatona... - murmurou Angel.

— O que você disse?!

— Nada não!

Por sorte dos servos, Lúcifer estava muito ocupado chorando para ouvir suas pequenas brigas do outro lado da porta.

E por falar em Charlie...

[...]

— Estou falando a verdade, Adão. Meu pai está preso, a fera o prendeu. E é tudo minha culpa...

— Você atrapalhou minha música para vir falar desses contos de fada? Ha! Olhem, pessoal. Ela é tão louca quanto o pai! - e então, várias risadas de sarcasmos ecoaram pela as paredes do bar.

— Não é piada, nem conto de fada! Meu pai está correndo perigo. Por favor, acredite! - suplicou Charlie.

— Senhorita Morninstar, creio que esteja com problemas sérios. Essa história é loucura, você É louca!

— Não... eu não sou! Por favor... eu... - a loira foi agarrada pelo os braços e jogada para fora do bar.

Quem diria que existia mais de uma fera no reino...

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Infelizmente, a Vaggie não é o armário💔

A bela e a fera | Radioapple (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora