capítulo 16 - Estamos vendo alguma coisa acontecer.

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― Sabe, eu gostaria de ter lido mais na biblioteca antes de você quase ter me dado um ataque cardíaco ― Lúcifer revirou os olhos ― afinal, quantos andares tem?

Lúcifer e Alastor estavam na cozinha. A fera - por desconfiança - decidiu observar o inventor, temia que Lúcifer tentasse outra fuga e de jeito nenhum iria permitir tal coisa.

― Se gosta tanto dela, pode ficar para você. Não vejo utilidade naquela tralha ― respondeu, bufando.

― Livros não são tralhas, são uma fonte de conhecimento. E espere, o senhor disse para mim ficar com a biblioteca? Sinto muito, porém tenho que recusar. Não sou digno de tal responsabilidade.

― A biblioteca é sua, então. Você querendo ou não. Com toda a certeza não dou a mínima para o que você acha.

― grosso...

― O que disse?

― Gracias!

E logo o inverno chegou. Lúcifer estava com com uma casaco de inverno vermelho que obtinha bordas feitas de algodão.

― Razzle... como você acha que Charlie e Dazzle estão? ― uma pergunta estúpida, pois Lúcifer sabia que o cavalo não iria falar francês. Razzle bufou tristemente. Lúcifer considerou isso como uma resposta ― é. Eu também sinto falta deles.

É enquanto Lúcifer estava supostamente falando com o cavalo, Alastor e seus serventes o observavam de longe.

― Misericórdia, amo. O pobre coitado está tão louco de conviver com o senhor que está delirando! ― disse Angel, espantado.

Pena que Alastor não prestava atenção em sequer uma palavra de Angel, pois sua atenção estava tomada por outra coisa.

― Eu nunca senti isso por ninguém ― murmurou Alastor ― quero fazer algo por ele. Mas o quê?

― Bem, temos as coisas comuns, amo. Flores, chocolates, uma animal de estimação também é uma boa opção, sapatos, joias...

― Ele não parece a pessoa que gostaria desse tipo de coisa. Esqueça.

― Oras, mas então...

― Você sabe o que ele vai dizer seu eu o perguntar o que ele gostaria como presente. É melhor não perguntar.

― Ah... entao o amo começou a se importa com o monsiur ali? ― perguntou Angel.

― Não! Eu...

― Ei, o que vocês estão conversando aí?! ― Lúcifer, que estava apenas admirando a paisagem, notou Alastor e Angel cochichando.

― Estamos falando de vo... ― Alastor bateu na vela, que acabou caindo para trás.

[...]

― Pegue isto ― Lúcifer colocou sementes na mão grotesca de Alastor ― fique parado e espere os pássaros pousem em você.

Foi uma imagem engraçada ver o amo que ele tinha tanto medo sendo atacado por pequenos pássaros. Muito engraçado.

― Ele foi bom e delicado... mas era mau e era tão mau-educado. Foi tão gentil e tão cortês... porque será que não notei nenhuma vez? ― O loiro falou para si mesmo, observando Alastor alimentar os pássaros.

― Eu reparei o seu olhar, e não tremeu quando chegou a me tocar... não pode ser... que insensatez... jamais alguém me olhou assim alguma vez ― Apesar de estarem bem afastados um do outro, Alastor percebeu o rosado nas bochechas do inventor quando o pegou o observando.

"Como ele está mudado..." Pensou Lúcifer ― claro que ele está longe de ser um príncipe encantado... mas algum encanto ele tem, eu posso ver... ― e então, o loiro encheu sua mão de neve e atirou na fera.

Alastor sorriu quando percebeu quem tinha atirado. E então, uma pequena guerra de neve começou. E bem longe deles estava alguns dos serventes de Alastor, surpresos com a intenção do seu amo com o prisioneiro.

― Vocês estão vendo o mesmo que eu? ― Cherri estava com fumaça saindo dela.

― Estamos vendo alguma coisa acontecer!


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A bela e a fera | Radioapple (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora