E se Teresa não fosse a primeira garota a chegar na Clareira?
Ao acordarem em um lugar completamente desconhecido, Eliza e Thomas não se lembram de nada, exceto pelos seus próprios nomes. Agora, ambos terão que traçar sua nova vida ao mesmo tempo qu...
"...tudo o que queremos é um lugar para nos sentirmos em casa..."
Boa leitura <3
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O tour foi esclarecedor.
Talvez mais importante para Thomas do que para Eliza, que já sabia um pouco mais sobre a Clareira e o Labirinto graças a Newt, que lhe havia explicado antes.
Mas, de qualquer forma, a garota não poderia negar que muitas coisas haviam sido esclarecidas, embora ainda não fosse o suficiente. Não que Eliza se sentisse em casa, pois ela mesma não sabia definir o que seria esse sentimento. Entretanto, as coisas até faziam um pouco mais de sentido agora.
Ela não sabia o exato motivo pelo qual os Criadores os tinham colocado ali dentro, mas sabia que obviamente era uma tentativa de experimentar algo ou de recomeçar alguma coisa.
Para Thomas, as coisas não eram claras o bastante e o garoto também não se sentia confortável ali. Sobre as pessoas, ele tinha sua conclusão: eram todas muito estranhas. Até Eliza, a pessoa em quem mais confiava ali, era estranha.
Claro, ele se importava muito com ela, a garota o havia ajudado desde que chegaram ali e também parecia estar tão confusa quanto ele, mas havia algumas coisas que ele não entendia.
Por exemplo, na noite anterior, depois de defender ele de Gally, ela se trancou no banheiro antes de dormir e saiu de lá completamente transformada.
Thomas havia desejado boa noite e perguntado se ela estava bem, pois parecia pálida demais. Mas Eliza não respondeu. Nem parecia falta de educação; na verdade, parecia que ela nem tinha ouvido, o que tornava as coisas ainda mais estranhas para ele.
Eliza era fechada demais, solitária. E algo dentro dele dizia que aquilo não era novidade, ela sempre foi assim.
— E aqui é o jardim. Plantamos tudo o que comemos no pomar e, ali ao lado do Matadouro, ficam os cercados dos animais — Alby disse, tirando ambos os garotos de seus próprios pensamentos.
— Disse que não precisava de saudade — falou o garoto. Era Newt. Eliza já reconhecia sua voz.
— Como se eu sentisse algo do tipo por você — respondeu a garota com sarcasmo e ainda mantendo o rosto fechado, sem sinal de que estava brincando.
— Newt, mostre o jardim para eles. Tenho outras coisas para fazer — Alby falou, interrompendo o diálogo dos dois.
— Bom isso — respondeu Newt para Alby, que já estava de saída. — O trabalho no pomar é mais simples, mas precisa ser minucioso. Os animais precisam de mais atenção e um pouco de jeito pra não levar uma bicada... experiência própria — disse ele, fazendo com que Eliza tivesse que se segurar para não sorrir.
— Já sabem o que querem fazer por aqui? — Newt perguntou.
— Acho que vou tentar no Celeiro, com os animais — Thomas falou, crente de que era a melhor opção, já que não teria que conviver tanto com os outros Clareanos.