!!! ATENÇÃO: Violência; Espancamento!!!
Até eu me surpreendi com os personagens nesse capítulo.
Escrevi chorando, querendo pegar os dois no colo e sair correndo!
Tenham um ótimo fim de semana com essa leitura!
Escrevi o capítulo ouvindo "Chão de Giz - Zé Ramalho" - Está disponível na nossa Playlist Assim Nasce Um Comunista no Spotify!
Leitura!
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Ana não conseguiu deixar Amaury em casa para ir até o hospital onde Diego estava, já que o medo estampado no rosto do seu filho a deixou surpresa assim que disse que algo havia acontecido com Diego
Amaury sentiu um assombro no coração, mesmo sem saberem exatamente o que aconteceu, e era justamente por não saber, que o ardia de preocupação
O hospital regional ficava no centro e o trânsito da noite estava calmo o suficiente para Ana chegar em minutos
- Boa noite, Diego La Selva, me ligaram dizendo que ele estava aqui e deu meu número como responsável - Ana estava na recepção com Amaury e via seu menino balançar os pés, impaciente
- Ele está em observação, pode seguir a linha amarela no chão até o final - Ana e Amaury andavam e parecia que a linha que levava até o espaço de observação não tinha fim
Mas justamente quando Amaury estava começando a reclamar internamente, chegaram ao local e de todos os cenários que imaginou para Diego, aquele não era um deles
Será que ele tinha se acidentado? Sido atropelado? Um roubo?
Seu coração se apertou e Ana segurou a mão do filho porque também lhe cortou o coração ver Diego cheio de machucados pelo corpo, com marcas no rosto e lábios cortados, descansando numa maca porém acordado num semblante triste
- Diego? O que aconteceu? - Ana chegou pertinho dele, com Amaury atrás de si e o ruivo finalmente se sentiu confortável com a presença de alguém
Por Ana ou por Amaury?
Antes que Diego tivesse coragem pra abrir a boca, um médico se aproximou para falar com a responsável do rapaz, já que era menor ainda, a puxando pra um canto e deixando Amaury e Diego sozinhos um pouco
Amaury não sabia o que perguntar, como reagir, mas a sensação que tinha de ver ele todo machucado não o deixava em paz e fazia querer desesperadamente abraçar
Diego não estava diferente, quando foi encontrado caído num beco, deu o número de Ana como responsável porque Amaury foi o primeiro nome que veio em sua mente antes de apagar
- O que aconteceu? - Amaury se aproximou de onde Diego estava deitado e viu quando a energia mudou para uma tristeza tão prounda que podia ser cortante
- Eu não... Eu não... - Diego não conseguia falar sem que um bolo de emoções formasse em sua garganta
Amaury nunca viu Diego assim, e além de tristeza, via culpa e vergonha dançarem em seus olhos
Em minutos, Ana voltou para onde eles estavam e sua primeira reação foi abraçar Diego e enfim, o muro forte e resistente que ele tinha para aguentar tanta violência desde sempre, caía ao chão com o choro sofrido que saía
Aquilo era uma mistura de brado de liberdade por se permitir chorar na frente de alguém, como um grito de socorro porque depois do que havia passado, não aguentaria mais
Doía na alma e já não era de agora, mas agora, não suportava mais!
- Desculpa dar seu telefone, meu pai tá viajando e eu não queria incomodar ele - Diego se sentia mal por fazer Ana sair de casa dez horas da noite, mas infelizmente por ser de menor exigiram algum responsável
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Assim Nasce Um Comunista - AU Dimaury/Kelmiro
FanfictionO ano é 2012 e nunca se falou tanto em Ditadura Militar no Brasil após a abertura da Comissão Nacional da Verdade. Numa escola de ensino médio, dois alunos completamente opostos em suas opiniões são unidos por um trabalho em dupla para se salvarem...