Prólogo

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Olá!

Estou aqui para trazer o prólogo do livro do Gabriel e da Cris.
Gabriel se tornou um xodó de grande parte dos leitores, gerando uma grande expectativa sobre o livro dele e aumentando a responsabilidade sobre os meus ombros. rs

Vou postar esse trechinho que conta uma passagem do passado da Cris, que será contado no decorrer do livro. Não sei ainda quando vou começar a postar os capítulos, mas não deve demorar não, só quero ter alguns capítulos prontos para não atrasar as postagens.

Recebi alguns comentários falando que estava demorando para começar a postar esse livro, eu entendo a ansiedade, sou uma leitora voraz, por esse motivo me apaixonei pela escrita e resolvi me aventurar. Todavia, emendei o livro do Di e do Mateus, e de certa  forma, estou fazendo com o do Gabriel também. Escrevo para relaxar, mas uma vez que assumo que postarei tais dias e tantas vezes por semana, eu cumpro! Não quero que escrever se torne uma obrigação, escrevo por prazer, é minha válvula de escape dos problemas e estresses diários.

Me questionaram sobre as publicações no Amazon, não tenho a menor previsão, por isso vou mantendo os outros livros aqui na plataforma. Todos são registrados na Biblioteca Nacional, mas por enquanto é a única providência que estou tomando sobre eles. Não quero ainda todo o estresse que envolve uma publicação. Gosto da leveza do mundo da escrita... Pode ser que arrume um tempo para revisar e publique, mas não tenho a menor previsão, quando der, eu aviso aqui ou no grupo do facebook - Romances - Juliana Policarpo.

Chega de papo!
Muito obrigada por darem um voto de confiança para conhecer a minha história ou mais umas das minhas histórias.

Espero que gostem.

Beijos, JuPSouza <3

OBSERVAÇÃO: Esse é o meu terceiro livro. Os dois primeiros, que se encontram completos aqui na plataforma, são de personagens que aparecerão nesse livro. Não se trata de uma trilogia, são livros independentes, mas para quem quiser conhecer a história dos demais personagens e ler em ordem, o primeiro é No embalo do destino (História da Alexandra e do Diego) e o segundo, Em defesa dos inocentes (História do Mateus e da Nane). 

~.~


Prólogo  


- Já pensou em algum nome? – Pergunto ao Will, que está dirigindo tranquilamente, estávamos indo para o apartamento dele. Tínhamos contado num jantar mais cedo para os nossos pais sobre a minha gravidez, eu estava eufórica mesmo tendo sido pega de surpresa, sentia como se tivesse nascido para ser mãe. Eu era louca por crianças e agora teria meu próprio bebê do homem da minha vida. Se procurasse no dicionário a palavra felicidade, uma foto minha estaria estampada ao lado da palavra, pois estava vivendo a felicidade plena.

- Amor, descobrimos hoje, estou amando a ideia, mas é muito cedo para pensar em nomes. Respira! – Ele tem a desfaçatez de rir da minha cara, mas sei que ele está certo.

- Eu sei, mas minha cabeça está uma confusão, estou vendo fraldas, roupinhas, papinhas, mamadeiras, berço...

- Acho que isso é normal para qualquer mulher que descobre que vai ser mãe, homem não pensa em tanta coisa. Só quero que nosso baby venha com saúde e seja tão lindo ou linda quanto você.

- Que fofo, amor! – Meus olhos se inundaram e estiquei a mão para apertar a sua coxa. Eu estava ferrada, porque já era manteiga derretida normalmente, com os hormônios da gravidez essa sensibilidade aumentaria trezentos por cento.

Conheci o Willian, o meu Will, desde o ginásio, começamos desenvolvendo uma amizade linda, mas só ficamos e começamos a namorar no fim do ensino médio.

Estou no meu último semestre de nutrição, estava com apenas oito semanas de gestação, conseguiria terminar a faculdade antes do bebê nascer e ainda poderia aproveitar bastante dele antes de procurar um local para trabalhar.

- Já sabe como vai contar para as meninas? Elas vão enlouquecer. – Me interpela, enquanto diminui a velocidade e aciona os limpadores de vidro, uma chuva torrencial desabara do nada.

As meninas eram as minhas primas e melhores amigas. Formamos um grupo poderoso, o quarteto fantástico, eu, a Ale, Eliz e a Nicke. Podíamos contar uma com a outra sempre e para tudo. Sempre moramos perto, nossa infância é recheada por lembranças alegres de nossas brincadeiras sem fim, união, pegadinhas, juras de amizade eterna.

Houve uma época que foi bem difícil para mim, que foi quando perdi o meu pai, ele enfartou dormindo e partiu quando eu tinha nove anos de idade apenas. Foi um sofrimento excruciante, uma dor impossível de dimensionar, que eu não desejava para ninguém, que ainda hoje machucava só de me lembrar do acontecido e perceber que meu pai não poderá conhecer, segurar e brincar com o meu filho. Levo minhas mãos ao meu ventre, o sentimento de proteção já está ali mesmo sendo tão recente a descoberta.

Minhas amigas foram fundamentais nessa passagem dolorosa e em todas as outras que se seguiram, mas nenhuma atingiu esse ápice de sofrimento até o momento.

Há três anos, mais ou menos, tivemos o afastamento da Ale que fora morar numa cidade do interior com seus pais e seu irmão, mas isso não diminuiu e nem atrapalhou nossa amizade, nos falávamos sempre. Santa internet!

- Tenho que bolar algo muito legal, tem alguma ideia?

- Podia esperar o feriado da semana que vem, que a Ale deve vir e contar pessoalmente para todas, o que acha? – Pergunta, sem desviar em nenhum momento o olhar no transito que havia se tornado opressivo a nossa frente em direção ao Centro do Rio de Janeiro, o transito ao contrario estava leve, a chuva parecia ter aumentado, chego a ficar rígida do banco do passageiro.

- Não sei se consigo esconder algo delas por tanto tempo, acho que vou marcar um encontro por vídeo e anunciar que serão tias.

Uma cantada de pneu soou de forma ensurdecedora e as últimas coisas que consigo lembrar são de um carro capotando em nossa direção, faróis fortes, eu soltando um grito alto do mais profundo canto do meu ser, apertei as mãos no meu ventre, o som da batida chegando e a escuridão envolvendo não só aquele momento, mas levando uma mancha negra para o resto da minha vida.

Não dá para enganar o coração (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora