Capítulo Quatro - Gabriel

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Olá!

Capítulo do Gabriel! Sei que os capítulos dele são os mais aguardados. rs

Para quem estava com saudade da interação entre os meus filhos, Di, Mateus e Gabriel, nesse capítulo vão poder matar um pouco dessa saudade.

Espero que gostem!

Beijos, JuPSouza

(Grupo do facebook - Romances - Juliana Policarpo)



~*~



O apartamento da Nane não ficava muito longe da empresa. O Mateus foi morar com ela a quase um ano já. O tempo estava voando. Ele foi surpreendido pelo pedido dela para morarem juntos. Eles não faziam o perfil de casamento de princesa, casa com gramado, cerca e cachorro no quintal não.

Pelo visto, eles estavam vivendo muito bem. Ficava muito feliz pelo meu amigo, ter encontrado alguém leve, sem frescura, que topava qualquer parada. A Nane demonstrava uma capa dura, que ela adquiriu com a profissão e tudo que já teve que presenciar. Vida de policial não é fácil! Mas essa capa desmoronava rapidinho para quem já tinha um contato com ela e via a garota sacana que se escondia por de trás, com um humor ácido muitas vezes, mas com uma alma boa como poucas que já tive a chance de encontrar. Quando a conheci, falei para o Mateus que ela parecia sua versão de saias, hoje em dia, tenho certeza, eles são muito parecidos.

Estacionar aqui pelo Centro é que complicava a situação. Tive que deixar o carro um pouco distante e seguir a pé, aproveitando o ar fresco da noite, o que era uma raridade por aqui.

Um ventinho frio estava batendo, minha avó falava que era vento Sul e tendia a mexer e reavivar dores no corpo. Estava sentindo isso agora. O ombro em que eu havia levado o tiro ano passado e tinha feito uma pequena cirurgia, sempre voltava a doer com essas viradas de tempo. Fui irresponsável, vi que meu ombro voltou ao normal na época e não fiz a fisioterapia que me foi recomendada. Tinha que ver isso. Antes tarde do que nunca.

Quando estou quase chegando a portaria, sinto algo semelhante ao cano de uma arma nas minhas costas, me cutucando. Fudeu! Paro imediatamente, sabia que devia ter ido para casa, agora vou perder meu carro, celular, documentos, fora o perigo de levar mais um tiro.

- Passa tudo, playboy! – Solto o ar que nem sabia que estava prendendo e viro para dar de cara com o idiota do Diego rindo da minha cara e levando dois dedos a boca, a "arma", e assoprando igual faziam naqueles filmes de bang bang.

- Filha da pu... – Berro indo para cima dele, mas nem termino de falar.

- Êêêê nada de xingar mamãe não. Rum. – O desgraçado chega a se curvar de tanto rir da minha cara. – Mano, eu tinha que filmar a sua cara. – Ele começa olhando para cima e para os lados.

- Que merda você esta procurando agora?

- Uma câmera. Prédio onde uma policial mora, deve ter. Preciso dessa filmagem com urgência.

Dou as costas para ele e aperto o interfone. O porteiro já nos conhece e logo abre para gente. O babaca continua rindo nas minhas costas. Cumprimento o porteiro. Aperto o botão do elevador, mas nem tenho paciência de esperar e vou pelas escadas mesmo. Minha vontade era ir embora, já não estava muito animado, ainda sou vitima dessa brincadeira idiota do Diego.

Não dá para enganar o coração (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora