Não dá para enganar o coração (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo Sete - Gabriel / Cris

Olá!!!

Alguém curioso para ler a explosão do Gabriel?

Será que a Cris está maus lençóis?

Até a paciência de um príncipe tem limites!

Espero que gostem!

Beijos, JuPSouza

(Grupo do facebook: Romances - Juliana Policarpo  --> spoilers, fotos, bate papos, brincadeiras...)

~*~

Fiquei batendo papo com a Emi até ela ter que sair para atender ao seu paciente.

- Eu sei que você vai consertar isso. – Ela me abraça e segue para sua sala.

Havíamos trocado telefones, endereços, conversamos por alto o que aconteceu nesses anos que ficamos afastados, mas nem de longe deu para matar a saudade. Certeza que a queria por perto, ela sempre havia sido muito mais do que uma namorada, era uma grande amiga e agora que estava de volta não ia perder o contato com ela nunca mais. A nossa conversa fluía tão bem, que nem parecia que o tempo havia passado.

Eu sabia o que devia fazer e quanto mais demorava a tomar uma atitude, mais nervoso ficava. Não sou dado a fazer essas idiotices, mas aquele lado negativo que todo mundo tem, que busca a vingança falou mais alto, quando vi já tinha aberto a boca e machucado a Cris.

Ando pelos corredores até parar na frente do escritório das meninas. Respiro fundo e bato na porta, antes de abrir. A Cris estava sentada numa cadeira e o Diego com a Ale numa poltrona. O papo deles morreu assim que entrei. Se uma pena caísse na sala, naquele instante, faria um barulho semelhante a explosão de uma bomba potente.

- Com licença. – Cumprimento a Ale que ainda não tinha visto hoje. Faço que nem percebo o olhar dela para mim. – Hum, será que vocês poderiam me deixar falar a sós com a Cris?

Eles entreolham-se antes de levantar, a Cris permanecia muda e desde que entrei olhava para todos os lugares, menos para mim. Diego se levanta e dá a mão para ajudar a Ale.

- Cuidado com o que vai falar. – Cochicha quando passa por mim. Só balanço a cabeça.

A porta se fecha. A Cris se levanta e fica apoiada na mesa, como se quisesse manter distancia. Olho para o seu rosto e vejo que ela chorou, tenho vontade de me surrar por isso.

- Eu queria te pedir desculpas, por mais cedo. Eu fui um idiota.

- Não tem porque se desculpar, não aconteceu nada.

- Claro que aconteceu. Eu te machuquei.

- Não sei do que você esta falando. – Sua voz sai baixa e tremula.

Odiava esta postura evasiva dela, sempre colocando panos quentes, fazendo de tudo para não bater de frente e se manter controlada. Esse era um dos lados que conhecia dela, um que ela só tinha comigo.

Passo a mão pelos cabelos. Estava tentando me segurar, mas não estava conseguindo.

- Na boa, estou cansado, já deu para mim. – Ela me olha assustada, com a minha explosão. – É isso aí, estou cansado. Cansado de andar sempre numa linha tênue com você, com medo de agir, falar, passar do ponto, te respeitar sempre e só tomar foras, cansado de não saber por que sou sempre rechaçado. Não sou nenhum safado que troca de mulher como quem troca de roupa. Sou responsável para cacete. Não sou um menino brincando de ser adulto. – Ando de um lado para o outro da sala, gesticulando, até que chego bem perto dela e fico encarando. – Droga, Cris! Porque você não confessa que também gosta de mim? Não posso estar louco a ponto de confundir os sinais. Notei que você ficou incomodada com a Emi e acabei falando besteira para te atingir, porque sempre sou eu que tomo as ferroadas de você. Mas me senti mal, muito mal. – Pego sua cabeça em minhas mãos, impedindo que ela desvie o olhar. – Não quero te ferir, isso é tudo o que eu não quero. Quero cuidar de você, poder te olhar sempre porque você é linda, morro de vontade de tocar em você, te sentir. Sonho com o seu beijo há anos, desde que te vi pela primeira vez. Não suporto mais isso, eu preciso. – Aproximo minha boca do seu rosto, beijo sua testa, sugo suas lágrimas que escorrem sem cessar, não posso lidar com isso agora, preciso demais dela.