Giyu termina de fazer o café e vai acordar o seu sobrinho Toya, que precisava ir cedo para a escola.Mas mesmo com os esforços do tio é quase impossível fazer o menino acordar. Então, sem muita escolha, Giyu pega o garoto no colo e o leva a cozinha.
- Me larga cara de Baiacu - Toya diz um pouco sonolento, Tomioka não se sentia tão ofendido com o apelido que o sobrinho lhe deu, já era normal o chamar assim.
O moreno o larga na cadeira e vai até a pia. Enche o copo de água e joga na cara do mais novo que acorda em um susto.
- Aaaa, droga tio, por que fez isso ?
- Acordou ? Ótimo. Toma seu café.
O menino, ainda um pouco atordoado e a contra gosto, faz o que o mais velho pede. Tudo que ele queria era continuar dormindo...
Tomioka se senta em uma cadeira de frente para o garoto. De repente um aperto sobe ao seu peito , Sempre que olhava para o sobrinho as lembranças daquele passado tão doloroso retornavam, e ele voltava a se sentir inútil. Entre suspiros, afasta esses pensamentos de sua cabeça, encara o menino novamente. Tenta se concentrar nas boas memórias que o rosto do garoto também resgata.
Toya está sentindo bastante incomodado com Giyu o encarando de forma tão estranha, mas se concentra no café.
- Tá muito amargo tio Baiacu. Mamãe sabe fazer melhor. Cadê ela ?
- Dormindo. Não encomode ela. E pare de me chamar de Baiacu.
- Mas você tem a cara de um !
( ...... )
Tomioka agora levava o sobrinho para a escola. Estranhou o fato de Tsutako não ter acordado, mas julgou que ela só estivesse muito cansada.
Toya segurava a mão do tio. Estava muito pensativo. Giyu percebeu, porém não disse nada, se o garoto quisesse falar então falaria. O que não tardou em acontecer
- Tio Giyu
- Hm?
- Eu pareço muito com meu pai ?
O mais velho o encara arqueado a sobrancelha. " que tipo de pergunta é essa ? E por que pergunta isso logo pra mim ? "
- por que isso agora? - indagou não deixando transparecer sua preocupação com a pergunta.
- Só queria saber...
Tomioka desvia o olhar da criança e volta a encarar a estrada... não queria lembrar disso, não queria lembrar do passado. Suspirou com pesar ao notar que essas memórias ainda o atormentavam.
Ele sabe que não teve culpa, mesmo assim se sente culpado... não queria que o seu sobrinho também sentisse isso e sempre evitava conversar sobre essas coisas com ele.
- Não - Respondeu curto e seco, não ia mas acrescentou - parece com seu irmão mais velho.
Os olhos de Toya se iluminam com a resposta. Nunca tinha visto seu meio irmão, mas todos falam muito bem dele. Saber que eram parecidos o deixou feliz, sentimento que não era compartilhado por Giyu.
Os passos que davam pareciam está pesados. O aperto no peito se tornou mais forte, e ele não via a hora de chegar na escola dele e não ter que voltar a escutar essas perguntas...
- Sério? - o Menino diz empolgado.
O mais velho meneia a cabeça de forma positiva. Os dois não conversaram mais durante o trajeto.
2° Anotação: 15/05/**
Se eu pudesse afastar essas lembranças da minha cabeça....
Nessas horas, se o meu piscicológico estivesse como antigamente e pensaria em morrer. Não. Eu certamente morreria.
Sabe, o Toya não tem culpa de nada que tenha acontecido no passado.
E eu... bem.... não posso dizer que não fui totalmente culpado.Não queria escrever sobre isso, eu pensei em falar mais sobre as coisas boas da vida, que talvez , eu fosse encontrando.
Esse frio que invade meu corpo e se apossa de mim. Não quero sentir isso de novo.
(...)
Terminou de escrever a sua segunda nota. Não esperava que fosse tão rápido assim.Não a releu, sentiu que não precisava fazer isso. Colocou o caderno em cima da estante da sala e foi para o quarto da irmã. Ela ainda estava dormindo... estava demorando muito para acordar.
Começou a ficar preocupado.
Chegou perto de Tsutako e colocou a mão em seu ombro, a balançou de leve, mas ela não levantou. Sua respiração parecia estar normal, e sua temperatura também...
Estava estranhando aquilo, balançou ela com mais força.
- Nee-san ? Ei acorde, já é tarde.
- hm ? - começou a abrir os olhos, percebeu seu irmão a observando, parecia preocupado - ah, Giyu. Bom dia. Dormi demais? O Toya já acordou ?
- São 9:40, ele já está na escola. Você...
- Não tomei remédio - o interrompe- não se preocupe. Só estava muito cansada.
- Hm..
Não a questionou mais.
Ainda desconfiava que ela havia tomado algum medicamento para dormir. Ela andava fazendo isso com uma certa frequência o que deixava seu irmão inquieto.
"Desde de aquele tempo... não, não pense nisso..."
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Notas da autora:
• Esse capítulo não foi revisado.
• Sinto que fracassei em tornar a escrita agradável e peço desculpas.
• Se ainda não desistiu de ler agradeço, se desisti vou entender
• Aceito críticas construtivas. E dicas.
Obrigada.
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O Caderno De Giyu
Fiksi PenggemarAviso: possíveis gatilhos Após fazer um trabalho de literatura. Giyu fica bastante inspirado e resolve escrever sobre acontecimentos da sua vida e seus sentimentos. " Cada vez que o presente faz menção ao passado ele resolve escrever" Me a...