Capítulo 8: Alguém que entenda

91 11 37
                                    


Aviso: possíveis gatilhos.

__________________________________

Já estava de frente para casa de Iguro. Se arrependeu de ter concordado em fazer o trabalho lá. Os dois não se davam muito bem, e Giyu não entendia muito o motivo. Nunca fez nada para que seu colega o detestasse tanto, e se fez não se lembra.

Ponderou um pouco. Não queria tocar a campainha. Tinha noção que não havia chegado na hora, Tokito tinha culpa nisso, mas não o julgaria. Ele tinha o ajudado bastante.

Resolveu parar de enrolar, tomou coragem e tocou a companhia.

Não demorou muito e a porta se abriu, revelando o olhar mortal de um jovem um pouco menor que ele de olhos heterocromaticos. Ele estava com uma serpente branca em seu pescoço.

- Está atrasado! - Iguro exclamou assim que abriu a porta e viu o rosto de Giyu.

- Tive um pequeno problema - ele respondeu, ainda mantendo o olhar neutro. Ele tinha perdido tempo demais ajudando o Tokito.

Iguro revirou os olhos.

- Não perguntei! Anda entra logo! - e saiu o puxando para dentro da casa.

Iguro estava sim bastante irritado. Só que menos do que Tomioka esperava. O que ele achou estranho, mas não reclamou, deveria agradecer por isso.

O rapaz de olhos divergentes, estava tentado se controlar, e ter um pouco de paciência com Tomioka.

Lembrou de quando voltava para casa com Mitsuri e Rengoku. Os dois insistiram muito para que ele não pegasse pesado com Giyu. Visto que notaram que algo estava errado com o rapaz.

Ele concordou em se esforçar. Mas não garantia nada, se seu colega fizesse algo para irrita-lo, não pensaria duas vezes antes de partir para a iguinorancia.

- Vem, vamos fazer o trabalho no meu quarto.

E arrastou o rapaz pelos corredores da casa. Tomioka olhava atentamente para o lugar. Era bem organizado e limpo. Notou que estava vazio provavelmente só tinha os dois ali. Se Obanai realmente quisesse, poderia matar ele numa boa sem ninguém perceber.

" por que raios estou pensando nisso?!"

Pararam de frente a uma porta, era ali que fariam aquela tarefa. Giyu encarava Iguro sem saber o que fazer, já que o rapaz estava demorando muito para entrar no cômodo

- Pode entrar - O menor disse dando um empurrão nele.

Logo depois adentrou o cômodo com um olhar de tédio. Colocou a serpente em seu terrario e sentou em sua cama. O outro não sabia bem como reagir. Como se socializa com alguém que te odeia?

- Vai ficar parado me olhando é? Idiota.

"Começou"

Iguro revirou os olhos e com um chute empurrou o rapaz para um baquinho que estava atrás dele.

- Ai, qual é cara?

- Não espere que eu seja educado com você. Agora vamos acabar logo com isso.

E então iniciaram. O clima desagradável tinha se formado e se fixado no ambiente. Ambos os rapazes ficaram em silêncio a maior parte do tempo, só falando quando era necessário. Claro, em um devido momento foi inevitável que um diálogo maior se formasse. Tudo culpa desse trabalho em dupla.

No fundo Giyu agradecia por não estar em casa agora, por que provavelmente, ele estaria trancado no quarto, e os pensamentos suicídas tomariam conta dele de novo.

O Caderno De Giyu Onde histórias criam vida. Descubra agora