fifteen. premiere

153 15 3
                                    

"And if you like midnight driving with the windows down
And if you like going places we can't even pronounce
If you like to do whatever you've been dreaming about
And if you like cameras flashing every time we go out
Baby, I'm perfect for you
And, baby, we're perfect"
Perfect, One Direction

Megan Reeves

O DIA DA PREMIERE AMANHECEU CHOVENDO. Foi uma grande frustração, mas já era de se esperar, então o evento ainda acontecerá.

O despertador tocou às cinco e vinte, mesmo cinco e quarenta sendo o horário que Austin e eu precisávamos levantar. Fui a primeira a abrir os olhos, e fiquei encarando Austin, que ainda dormia em um sono profundo. A luz do dia foi iluminando o quarto e ele sorriu para mim com seus olhos meio abertos. Me aproximei do seu rosto, inalando o cheiro doce do perfume da sua pele.

— Bom dia, meu amor.

Fico por cima dele, subindo uma das mãos até a dele e entrelaçando nossos dedos. Ele sorriu fraco e abriu os olhos, me puxando para si.

— Bom dia — balbuciou, com a voz profunda e rouca arrastada.

Um beijo foi deixado em meus lábios. Austin acariciou meu rosto com os dedos leves. A sensação dos seus dedos em minha pele pareciam borboletas. Apoio uma das mãos na nuca do loiro, puxando suas mechas de cabelo gentilmente. Trocamos carícias por algum tempo até eu decidir nos separar.

— Precisamos levantar, Austin. Um grande dia nos espera... — sussurro, lutando para vencer a preguiça. Tento me esquivar dos braços de Austin para me levantar, mas ele me puxa de volta para a cama e abraça meu corpo.

— Por favor, vamos ficar aqui. Só mais alguns minutos — diz, fechando os olhos. Eu solto uma risadinha e cedo.

Como de costume, me deitei sobre ele e abracei sua cintura, colocando uma perna por cima da dele. Austin fez o mesmo, subindo e descendo sua mão em meu quadril, puxando a baia da minha camiseta para cima de vez em quando. Ficamos naquela mesma posição por vários minutos, apenas sentindo o calor dos nossos corpos, até outro alarme tocar. Austin, sonolento, foi se soltando aos poucos de mim para desligá-lo, resmungando monossílabas incompreensíveis.

— Está com fome? — pergunta, se levantando e procurando uma camiseta lisa para vestir.

— Estou faminta! — respondo. — Venha, me ajude a levantar.

Austin ri antes de vir até mim e me pegar em seus braços e me tirar da cama. Eu ri, e ele me colocou no chão. Fomos para o banheiro, escovamos os dentes e trocamos de roupa.

— Onde vamos? — perguntei, enquanto Austin fechava a porta do quarto e nos guiava até o elevador.

— Um restaurante chamado TATEL. É um dos melhores lugares para tomar um brunch em Beverly Hills. Você vai adorar.

Sorri, acompanhando-o até o hall de entrada do hotel. Pegamos o carro alugado de Austin e fomos à caminho do restaurante, que era próximo ao parque. O lugar é magnífico, com uma temática florida e bancos de couro azul. Nos acomodamos em uma mesa e fizemos nossos pedidos. Eu pedi um pão tostado com ovos mexidos e mix de tomates, enquanto Austin pediu um prato maior, com sanduíches de pasta de amendoim e geleia, além de um mix de folhas. Precisamos estar bem alimentados para o dia, já que provavelmente não comeremos quase nada até a noite, após a premiere.

Na noite anterior, após a conversa com Austin, não consegui adormecer tão rapidamente. Pensei muito no que tínhamos conversado, e como ele se abriu para mim. Estávamos nos conhecendo cada vez mais, e fico feliz que finalmente tivemos tempo para discutir questões que nos assombram. Austin perdeu a mãe quando ainda era muito novo, e nem consigo imaginar o quanto foi dolorido. Nunca perdi ninguém de quem eu era muito próxima, mas tenho certeza que não conseguiria lidar com a perda da forma que ele lidou. E a forma como ele fala dela, com tanto carinho e afeto pelas memórias que os dois criaram juntos durante toda a infância de Austin, é de aquecer o coração.

photographer, austin butlerOnde histórias criam vida. Descubra agora