photographer, austin butler

sixteen. falling in love

"It feels like
I'm fallin' in love
Maybe for the first time
Baby, it's my mind you blow
You're throwin' me a lifeline
This is for a lifetime, I know"
feelslikeimfallinginlove, Coldplay

Megan Reeves

AUSTIN E EU TRABALHAMOS MUITO NAS ÚLTIMAS SEMANAS. Depois que voltamos para Nova York, mal conseguimos tempo na agenda para nos ver, já que estamos sempre ocupados. Desde que o meu relacionamento com Austin se tornou público, as pessoas procuram saber quem eu sou. E muitas delas, inclusive empresários e agentes, desejam marcar uma sessão de fotos comigo. Minha agenda nunca esteve tão cheia. Eu mal tenho vagas para encaixar novas sessões.
Os últimos dias tem me deixado exausta, mas eu não posso parar de trabalhar. O dinheiro que eles me oferecem é bom demais para recusar, e a Vanity Fair tem tido uma demanda maior de clientes após o lançamento da nova revista, com Anne Hathaway/Janelle Monáe na capa. Então não consigo parar agora que tudo está indo tão bem.

Em um dos nossos finais de semana livres, Austin e eu passamos o dia inteiro no meu apartamento, sobrevivendo de filmes de suspense e delivery de comida. Embora esse fosse o meu apartamento, Austin praticamente morava aqui também. Passamos tanto tempo juntos que já estamos começando a se acostumar com a rotina um do outro.

A casa de Austin fica mais longe da cidade, enquanto o meu prédio ficava bem no centro da cidade, de fácil acesso a qualquer hora do dia. Claro, a casa de Austin é bem maior e mais legal, com muitas coisas que me fizeram aprender ainda mais sobre ele, mas ele sempre balançava a cabeça toda vez que eu mencionava isso. Ele amava o meu apartamento, e disse que não gostava de uma casa grande porque o fazia se sentir mais sozinho. Ele sempre diz que a coisa favorita dele é ficar sentado na minha varanda à noite enquanto eu dormia, vendo os carros correndo abaixo dele e as luzes da cidade piscando.

Então, naturalmente, nós passamos a maior parte do tempo na minha casa, e eu não me importava. Ele já tem suas próprias coisas aqui, suas necessidades de banho e quase que um guarda-roupa completo no lado vazio do meu armário. Isso foi legal, já que eu uso as roupas dele quando ele não está comigo. Independentemente de ele estar aqui para saber ou não, eu sempre acabo usando suas roupas de qualquer maneira.

Estávamos deitados na minha cama, aconchegados. Austin havia me buscado no trabalho, e eu estava exausta. Ele estava acomodado ao meu lado, me puxando para perto de si. Seu calor me envolvia por inteiro, e eu inspirava todos os cheiros dele. Ele parecia o meu cobertor favorito, e eu queria ficar agarrada com ele pelo maior tempo possível.

Ele aninhou os lábios no meu pescoço e, pela vigésima vez desde que o conheci, senti que estava exatamente onde deveria estar.

Estávamos tão próximos que, cada vez que eu respirava, ouvia as batidas do seu coração.

Uma respiração, uma batida.

Duas respirações, duas batidas.

Austin colocou a mão sobre a minha e entrelaçou os dedos nos meus.

— Você gosta disso, não é? — perguntou, e eu fixei meu olhar nele. — Dos pequenos momentos.

— Gosto — respondi, inspirando fundo. — Gosto muito.

Ele se aproximou mais e colocou a outra mão na minha nuca. Seus dedos começaram a massagear lentamente a minha pele, fazendo-me inclinar um pouco a cabeça.

— Você parece tenso — eu comentei, me esforçando para parecer suave. Não queria parecer indelicada.

— Eu estou. Mas, quando estou com você, parece que finalmente posso respirar — sussurrou, com a voz grave e suave.