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Pov Sn Hime:

Acordo às 07:30 num sábado, assim como marcava meu despertador. Miya se esfregava em meus pés enquanto eu me espreguiçava e logo em seguida faço um carinho em seus pelos tricolores.

Finalmente me levanto da cama e vou até o banheiro para lavar o meu rosto.

Não sei porque estou acordando a essa hora no sábado, afinal hoje não tenho nenhum ensaio ou algo do tipo.

Lavo meu rosto, prendo meu cabelo e vou até a cozinha comer algo. Preparo meu café da manhã e coloco a ração de Miya em seu potinho amarelo com uma patinha na frente.

Ah! Sabe quando eu disse que não deixaria Kazutora lutar com os próprios amigos? Eu tentei de tudo para descobrir as informações sobre a luta, mas essa merda de gangue sempre está escondida. Ninguém conhece a tal da Valhala! Ninguém!

Não tem o que fazer, vou ter que me conformar que Kazutora vai terminar com as próprias mãos algo que eu comecei. Não posso fazer nada, não tenho nenhuma informação!

E o pior, a suposta luta acontecerá hoje, sábado!

Enquanto tomava meu café concentrada em seu sabor, me assusto com o som da campainha. Engulo o café rapidamente e coloco a mão no peito, me certificando de que não me engasguei. Deixo a xícara em cima da mesa antes de ir até a porta, abrindo a mesma.

-Sn! Acho que Hanma está ficando com outra mulher!- Era Mei.

Ela entrou aparentemente revoltada em meu apartamento, me deixando confusa com a informação repentina.

-Você acha, meu bem? É um marginal, Mei! O que você esperava? - Digo indo até a mesa novamente.

-Eu vou ficar doida, Sn! Eu vi uma mensagem no celular dele!- Ela diz se jogando no meu sofá.

Pego minha xícara de café e dou um gole no líquido antes de falar.

-Que mensagem?

-Era uma tal de tigresa, ela mandou a hora e o lugar que eles vão se encontrar hoje! Aí que ódio! Tigresa, que apelido mais brega!- Ela dizia revoltada.

Dou uma risadinha com a repetição do apelido. É meio brega e engraçado.

- Tá rindo do que, porra? Sua amiga é chifruda!- Ela dizia.

-Vocês nem namoravam, Mei! E cá entre nós, você é bonita demais para aquela calopsita bicolor!- Digo e tomo mais um gole do meu café.

Me sento na cadeira e cruzo as pernas, analisando a feição da ruiva que me olhava.

-Que seja! Eu vou matar ele!- Ela diz.

-Se é oque você quer, eu apoio. Qual é o plano? - Dou de ombros.

-Eu vi o horário e o local do encontro no celular dele. Será às 21:00 em um lugar abandonado perto da entrada de Tokyo.

-Que? Um encontro em um lugar abandonado? Que tipo de filme de terror é esse? Isso é loucura!

-Ah, eu sei lá! Podem ter algum tipo de fetiche ou tem algum motel por perto!

-Mei, você tem certeza? Isso não..- Paro de falar quando lembro de algo.

Sábado á noite, Hanma faz parte da gangue. Ele não deixaria de ir a uma luta para ficar com uma mulher, deixaria?

Pode ser algum membro da gangue, o qual lhe mandou mensagem ou até mesmo uma prostituta que eles convidaram como prêmio. Posso estar perto do que quero... Impedir tudo isso.

Vou concertar tudo e seguir minha vida, Kazutora merece ser feliz, ter seus amigos de volta vai ser o primeiro passo. Ele perdeu tudo por minha causa, então vou concertar e me afastar. Não posso mais estragar a vida de ninguém. Não posso!

Vou impedir essa briga, me explicar e finalmente me despedir. Kazutora foi muito importante pra mim e sou grata a ele, por mais que eu não consiga demonstrar... Mas o que eu fiz por ele? Arruinei sua vida. Ele pode negar, pode dizer que não se arrepende, mas nada vai trazer de volta os sete anos que ele passou no reformatório, as amizades que ele perdeu, o desgosto que seus pais sentiram e tudo por minha causa.

É isso. Estou decidida.

- Você comentou com ele sobre a mensagem?- Pergunto.

- Não. Fingi que nada aconteceu.- Ela diz desanimada.

- Então é isso, gata! Vamos chegar lá de surpresa e cortar as asinhas da calopsita!- Digo, arrancando uma risadinha de Mei.

Não vou contar o que sei à Mei, afinal, ainda nem tenho certeza de nada. Além do que se eu estiver certa, Mei nunca vai querer se meter na briga.

-Certo! Eu bato nele e você segura a tal Tigresa!- Mei diz.

-Combinado!- Rio.

Certo. Eu posso fazer isso.

-Aproveita que já está aqui e fica até irmos! Nós podemos fazer o almoço juntas!- Digo animada.

-Da última vez que disse isso eu fiz tudo sozinha!- Ela cruza os braços.

- É que você nasceu com o dom! Eu podia estragar a comida!

-Uhum... Interesseira!

Eu amo a comida de Mei! Sem brincadeira, é muito bom!

- Vou considerar como um sim.- Digo.

Ela se remexe em meu sofá e pega o controle da TV, ligando a mesma. Já eu me levanto, levando as louças que usei até a pia e lavando as mesmas.

Nós passamos o resto do dia de bobeira. Assistindo, comendo, rindo, conversando... Como verdadeiras adolescentes.

Agora são 19:30 e nós nos arrumamos juntas no meu banheiro. Eu estou com uma toalha na cabeça e outra no corpo enquanto passo hidratante. Mei está penteando seu cabelo molhado, ao contrário de mim ela já está vestida, ela veste uma calça jeans, uma blusa cinza de manga longa e um tênis branco.

Assim que termino de passar o hidratante corporal, tiro a toalha da cabeça e massageio meu couro cabeludo com a mesma antes de apertar meus cabelos com o tecido para secar mais rápido.

Assim que termino, vou para o quarto, tiro a toalha do corpo, visto uma lingerie preta simples, uma calça jeans, um cropped branco de gola alta, um tênis branco e pego uma bolsinha preta.

-Você veio de táxi?- Pergunto á Mei e ela afirma.

-Certo, então nós vamos na minha moto.- Digo e termino de me arrumar.

Mei agora estava sentada em minha cama olhando apreensiva para o celular, me aproximo e olho rapidamente para a tela. Ela observava sua última conversa com Hanma.

-Está realmente gostando desse cara?- Pergunto.

-Eu não sei...

-Eu não vou te julgar, saiba que o único que perdeu alguma coisa aqui foi ele... Aliás ele vai é ganhar umas boas palmadas!- Digo e ela sorri em minha direção, mudando completamente seu semblante.

-Nós não temos nada sério, Sn! Ele vai achar que sou emocionada! Só quero confirmar essa história e vazar!- Mei diz decepcionada.

-Então assim faremos! Vamos apenas tirar isso a limpo, somente.- Tranquilizo a ruiva.

Ela se levanta da cama e eu pego em sua mão, a guiando pelo meu apartamento. Deixo um último beijinho em Miya, tranco tudo e então nós vamos até o elevador. No andar de baixo, seguimos até minha moto, subimos na mesma e eu finalmente dou partida.

All for you | 𝗞𝗮𝘇𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮 𝗛𝗮𝗻𝗲𝗺𝗶𝘆𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora