| PRÓLOGO |

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24 DE JULHO | SEGUNDA - FEIRA | 19:05

JEON JUN-HO

Era fim de expediente, no estacionamento escuro da delegacia de Busan, quando Jun-Ho recebe uma ligação. Pelo número já imaginava quem era, olhou para os lados avistando alguns policiais andando até seus carros, então atendeu inicialmente falando em voz baixa até que estivesse novamente sozinho. O clima frio do litoral adentrava o lugar parcialmente fechado, gelando seu corpo fardado.

— Alô?

— Jun-Ho, o Lee... — É interrompido.

— Ah, é você Mu-Jin. Para estar me ligando, algo aconteceu e você precisa da minha ajuda. Acertei?

— Não me tira do sério, seu imbecil, seus policiais prenderam minha carga e um de meus homens. — Seu tom demonstrava o quão irritado estava. — Assim que eu meter uma bala na tua cara vai parar de ser marrentinho.

— Isso é óbvio, eu estaria morto. — Debocha, recebendo um rosnar como advertência.

— Quero minha carga de volta.

— Você sabe que eu não te devo mais nada. Terá que pagar para ter suas drogas de volta. Aliás, é o quê? Metanfetamina?

— Eu pago duzentos milhões de dólares ($200.000,00).

— Quero um milhão de dólares ($1.000.000,00) e a quantidade eu decido.

— Meio milhão ($500.000,00). — Jun-Ho, respirou fundo. Um rosnar escapou de sua garganta. Seu cheiro de eucalipto se intensifica demonstrando sua irritação.

Para o Jeon, nada podia ser pior que ouvir de traficantes suas mixarias de negociações. Seu preço era o mesmo. Não aceitava menos de um milhão e caso desejassem mais de suas cargas o valor teria que ser ainda maior. Não era de hoje que recebia de Mu-Jin para entregar parte das suas drogas apreendidas, mas o lúpus não compreendia o quão difícil era roubar de dentro da delegacia as drogas. Subornar outros policiais seria caro demais para no fim sair com o bolso vazio e o nome fichado.

— UM MILHÃO E PONTO FINAL CARALHO, NÃO VOU NEGOCIAR. — Diz gritando na ligação.

Sua presença forte e ameaçadora havia se intensificado grandiosamente, com as sobrancelhas franzidas e os punhos cerrados. Qualquer alma que o abordasse naquele segundo levaria um murro certeiro. Estava impaciente e violento como de costume.

— Um milhão se me entregar em 5 dias.

— É sempre bom fazer negócios com você, Choi Mu-Jin. Passo no galpão hoje para buscar meu dinheiro.

A entrega da carga não ocorreria hoje junto do pagamento, pois Jun-Ho sabia que seria muito arriscado pegá-la antes de ser arquivado o caso

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A entrega da carga não ocorreria hoje junto do pagamento, pois Jun-Ho sabia que seria muito arriscado pegá-la antes de ser arquivado o caso. Dependendo de como seguiria a investigação demoraria de cinco a quinze dias. Ele era responsável pela equipe da Narcóticos e fazia o papel de policial infiltrado, mas não investigava a gangue Lúpus de Choi, só seus rivais, o que o tornava alvo dos demais traficantes de Busan.

Inferno Particular | jjk + kthOnde histórias criam vida. Descubra agora