13. heaven

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oii! já vou deixar avisado que o capítulo vai se dividir em duas partes. a primeira, narrada pelo jungkook. a segunda, pelo jimin. vou deixar um emoji de pintinho na divisão entre as partes, pra vocês reconhecerem quando for o jimin a narrar!

pai do jk: heejun
mãe do jk: hyunjin

só pra não ficarem perdidos quanto aos nomes.

ah, e os asteriscos (*) representam referências diretas à música "heaven", título do capítulo e faixa do álbum rpwp, do namjoon. :)

boa leitura! <3



Naquela manhã de domingo, acordei quando já passava das onze horas. A paz do senhor reinava sobre o meu céu.

Eu havia chegado em casa para lá das três da madrugada. O passeio de carro com Jimin foi o ponto alto da noite, sem dúvidas! Ele dirigiu pela cidade, sem rumo, por mais de uma hora. Através da janela do banco de passageiro de Ziziu, avistei lugares que nunca antes havia conhecido, nem de vista. Também ouvimos música boa, falamos aleatoriedades e paramos no drive-through de um fast food, pedindo um milkshake de morango para mim e um de ovomaltine para ele.

Resumo da ópera: tive uma noite incrível e dormi que nem um anjinho.

Agora, de banho tomado, cheirosinho e devidamente higienizado, coloquei os pés para fora da minha caverna, vulgo meu quarto, e até me arrisquei em sorrir para meus pais e Heejin ao encontrá-los reunidos na sala.

No entanto, entreguei rosas e, de volta, recebi espinhos.

O olhar do meu pai me fuzilava, enquanto o da minha mãe transbordava lástima, e o de minha irmã era insignificante.

Não que fosse novidade ser recebido àquela moda, mas o clima parecia mais pesado que o costumeiro, o que me gerou uma aflição incompatível com o meu — até então — bom humor.

— Bom dia. — cumprimentei-os, receoso, tentando entender o que eu havia feito agora.

— Boa tarde, né? — a Jeon mais velha satirizou, levantando-se e cruzando o meu caminho para ir à cozinha.

— Fico pensando se três e meia da manhã é hora de chegar em casa. — meu pai foi o passivo agressivo da vez, nem fazendo menção de me olhar propriamente.

Eu precisei respirar fundo e engolir a réplica que estava na ponta da minha língua; Heejin vivia na rua até de manhã e, para eles, estava tudo bem, desde que a princesinha continuasse a salvo.

Aquela havia sido a primeira vez que eu voltava tão tarde para casa e, ainda assim, fora mais cedo que minha gêmea chegava da maioria de suas ritualísticas saídas de fim de semana.

Sério que eles precisavam pegar tanto no meu pé por um motivo tão bobo? Não era como se os dois realmente se importassem se eu estava dentro ou fora daquele lugar que chamavam de lar. Na maior parte do tempo, eu apostava que eles nem sabiam se eu estava presente ou ausente.

Era quase como se meus pais buscassem brechas para me repreender. Quaisquer que fossem, quando eles bem entendessem.

Quieto, fui à cozinha encher a minha garrafa de água. E, enquanto eu fazia, minha mãe soltou a bomba:

— Eu, seu pai e sua irmã vamos sair pra almoçar. Você, se vire e faça seu próprio almoço, se quiser.

Oi?

we can't be friends • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora