we can't be friends • jikook

25. epílogo: SGMB / life goes on

Que rufem os tambores!

Meu respeitado público, saudemos esta marcha dedicada às verdades não ditas por mim, Park Jimin, ao grande amor da minha vida, Jeon Jungkook!

Como devo abrir esta homenagem? Repitam comigo: "oh", e formemos um lindo coral para o meu menino, pois convenhamos, ele merece!

Para além de tributar esta harmonia ao meu namorado, também quero nomeá-la a vocês, caros leitores, que até então vêm prestigiando a nossa clichê — e, ainda, bacana — história de amor, majoritariamente sob a perspectiva do meu anjinho. Antes de mais nada, vocês hão de ser honrados em virtude do tempo e atenção prestados a esta obra que, não, não é um diário da nossa paixão, pois Jungkook não teve Alzheimer (e nunca terá; batam na madeira, repilam esse mal).

Bem, agora falemos sobre Jeongguk e eu. Apresentando-nos, tudo começou numa noite entre o dia trinta e um de agosto e o primeiro de setembro, que era aniversário do Jeon e, na época, eu nem sabia. Eis o que era do meu conhecimento: eu estava na festa de uma amiga de Dosie, Heejin, de quem eu não gostava tanto, mas compareci com o fim de beber e comer de graça, é lógico, e também porque minha ex ficante me obrigou, e eu não sabia como dizer não a ela.

Ademais, eu estava bêbado. Bastante alterado, sendo realista. Quando me dei por mim, eu cambaleava em meio às escadas daquela cobertura em que eu me perdi um par de vezes, e acabei trombando num garoto um tanto quanto esquisito — o que, vindo de mim, era elogio — e gente boa. Sentei-me ao seu lado, reparando que ele se parecia exatamente como um coelho, em vista dos seus olhões, narigão e dentes protuberantes. Sendo assim, fiz uma nota mental de comunicar a semelhança a ele, posteriormente. Antes, dividi meu whisky consigo e falei do elefante no cômodo: a música ruim que tocava ininterruptamente. Nem para ter qualquer uma do Namjoon na setlist, na moral! O guri foi logo concordando comigo e, quando vi, estávamos nos lamentando acerca da realidade de que nosso idol favorito se alistaria no exército e, em algum futuro, nós, também. Só nesse tópico, a gente se demorou por longos minutos. Depois, lembrei-me de que deveria discorrer sobre a sua similaridade com os coelhos, e mencionei o meu amor por gatos, que eu jamais fazia questão de esconder.

A gente deve ter trocado ideia por mais de uma hora. Notei que não sabia seu nome e, antes de perguntá-lo, Taehyung me encontrou e me puxou pelos degraus abaixo, mal me dando tempo de me despedir do menino! Tae foi àquela festa a contragosto, bem como eu, e estava puto comigo por ter sumido e o deixado a sós com um bando de gente chata. Justo de sua parte. Entretanto, nós não estávamos no melhor estágio da nossa relação, o que me guia ao segundo capítulo desta história, crucial para o seu desenrolar: o nosso afastamento.

Semanas depois do aniversário recém narrado, após muito ponderar e receber altas críticas partidas da minha outra versão ambulante — vulgo meu irmão-quase-gêmeo, Taemin — o tempo me inocentou (espero que vocês também tenham me inocentado, inclusive) e a minha decisão rendeu em frutos suculentos. No fim do dia, todos nós concordamos que RM é maior que Jennie e que Taehyung e eu precisávamos de um tempo. Poderíamos ter nos resolvido com uma conversa sincera? Evidentemente. No entanto, o senhor Kim não estava aberto para tal. Ele mesmo admite, beleza?

@/thv (Kim Taehyung):
"oi, Taehyung aqui, eu realmente assumo. :D"
"mas isso não justifica você simplesmente ter se afastado de mim"
"enfim, sorte a sua que o tempo foi necessário pra nós dois 💋"

Isso não deixa de implicar que eu fui egoísta — especialmente por me recusar a enxergar seus sentimentos românticos por mim — e mesquinho, em muitos aspectos, mas esse mal entendido foi necessário para um bem maior, que primeiro consistiu em Jungkook e eu e, mais tardiamente, na estabilidade da minha amizade com o Tae. Inclusive, a dita confusão também contribuiu na resolução do passado maluco e inesperado que Taehyung e Jungkook dividiam (que eu aposto que surpreendeu vocês, vai, confessem!).