— Parece que nada mudou entre a gente, sabe? — constatei, pensativo. — Só pra melhor, na verdade.
Eu e Seokjin batíamos papo enquanto nos organizávamos para fechar a Dynamite. Nosso expediente beirava os minutos finais, e a demanda de clientes já era nula.
Àquela hora, eu comentava sobre o atual estado da minha relação com Jimin. Como citado, a nossa dinâmica permanecia a mesma; agora, contudo, não havia margem para segredos, mas um espaço para que nos tocássemos e nos falássemos com base em um afeto mais íntimo. O que era estupendo, maravilhoso!
— Lógico, né, meu filho! Vocês já se tratavam que nem namoradinhos antes. Agora, só muda que tem beijo e sexo. — descarado como sempre, ao passo em que lavava as louças e eu varria o chão, pontuou. — Falando nisso, já transaram?
Corei frente à pergunta, balançando a cabeça para os lados, em negação. Não havia nem uma semana desde o nosso primeiro beijo, oras!
— Não, seu intrometido! — com um bico nos lábios, respondi.
Apoiando o queixo sobre o ombro, para me olhar, ele me apresentou um sorriso presunçoso, alertando-me para a bomba que sairia de sua boca suja.
— E, de zero a dez, o quão louco pra perder o cabaço você tá?
Repreendi-o ao, com o cabo da vassoura, cutucar sua coluna, utilizando-me de certa força.
— Ai, mal criado! Doeu! — reclamou, voltando-se para a pia.
— Era para doer! — devolvi, mostrando-lhe a língua, ainda que ele estivesse de costas para mim. — Mas eu quero. Só não sei se tô pronto... quer dizer, não sei muito sobre sexo. — assumi, pressionando os lábios.
— Posso te dar umas dicas, se quiser. — ofereceu, e eu neguei de prontidão. Estava repreendido! — Mas ele vai te ensinar direitinho, aposto!
Antes que eu pudesse proferir mais algo, o barulho da porta se abrindo, no salão principal — estávamos na cozinha — me chamou a atenção. Estranhei, dada a hora, mas corri para receber seja lá quem fosse o cliente, com a vassoura em mãos e tudo.
— Boa noite, me desculpe, mas já estamos fechan... — interrompi a mim mesmo quando meus olhos reconheceram a figura perante a mim.
Era Jimin.
Ele me sorria ladino e escondia algo atrás de si, cumprimentando-me: — Boa noite, lindo. O que dizia?
Um sorriso enorme tomou conta da minha expressão. Ele estava lindo naquele jeans azul rasgado e naquela blusa branca de botões, aberta na gola. Estonteante, sendo mais justo.
— Hyung... — larguei o utensílio de limpeza que segurava e me aproximei de si, bobo. — Por que você gosta tanto de vir sem avisar, hein? Tô todo feio! — fiz manha, mas ele não se importou. Isto é, a considerar que, com uma mão, puxou-me para mais perto ao me agarrar pela cintura, beijando-me na boca num selinho estalado e rápido, que já fora o suficiente para me deixar molinho.
— Porque eu gosto de surpreender meu garoto.
Meu garoto.
Por dentro, eu estava esperneando. Ainda não havia me acostumado nem um pouco com o êxtase de ser seu, na prática. Provavelmente, nunca iria.
— Trouxe pra você. — estendeu-me um buquê de orquídeas.
Então, era isso que ele estava acobertando por trás do corpo! Safado!
Flores, para mim, estavam inclusas no top melhores presentes! Sem mencionar quando eram — como era o caso — as suas favoritas. Isso simbolizava o cuidado que aquele que presenteava teve em escolher uma lembrança que sabia que te faria feliz.
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we can't be friends • jikook
Fiksi PenggemarPark Jimin precisava, urgentemente, de um novo melhor amigo após uma série de desentendimentos e divergências com Taehyung, a - até então - carne de sua unha. Jeon Jungkook era perfeito para o cargo. Dono de gostos e objetivos similares aos seus, J...